07 agosto 2006

Museu da Língia Portuguesa Investe em portal com vídeos e áudios

Por Camila Rodrigues
em IDG Now!
4 agosto 2006

Do "ora pois" ao "orra meu", começou a ser construído um acervo histórico da língua portuguesa, o Museu da Língua Portuguesa, instalado fisicamente onde foram recebidos os primeiros imigrantes no Brasil: na Estação da Luz, região central de São Paulo. Mas a modernidade exigiu que os ácaros passassem pelos fios e que o conteúdo também fosse para a web.

O projeto Museu da Língua Portuguesa, realizado pelo Governo do Estado de São Paulo e pela Fundação Roberto Marinho com a parceria de empresas públicas e privadas, dispendeu um pouco mais de um ano para conceber a arquitetura e o formato do portal, lembra Gustavo Bastos, gerente de tecnologia da Fundação Roberto Marinho.

Segundo Bastos, a maior dificuldade foi encontrar um formato que tornasse um site sobre língua portuguesa atraente para pessoas de qualquer classe social ou formação educacional. “A gente tinha que alcançar uma estrutura que fosse agradável e cativante para todos os usuários. Tivemos a preocupação de que ninguém se sentisse excluído e não entendesse as informações”, conta.

Para compensar, o tempo de desenvolvimento foi "um recorde" e durou quatro meses, conforme observa Bastos. Para desenhar a arquitetura e desenvolver o portal, foram contratados os serviços da BRQ, que utilizou plataforma WebSphere baseada em Linux com banco de dados DB2. A segurança do portal foi garantida com um firewall também em plataforma aberta.

Bastos revela que a infra-estrutura do portal e as licenças dos softwares de publicação foram doadas pela IBM, um dos patrocinadores do museu. Ele calcula um investimento de120 mil reais na implantação e em torno de 280 mil reais com a produção de conteúdo - um total de 400 mil reais.

Dezenas de acadêmicos, escritores e professores participaram com coletâneas, artigo e aulas com registros da língua. Atualmente, já é possível conferir no portal artigos sobre música, futebol, festas, religião, etimologia (estudo da língua) e até uma lista classificada com frases de pára-choques de caminhão. Também estão inseridos pequenos áudios e vídeos, recurso a ser mais explorado em breve, de acordo com Bastos.

O gerente conta que serão inseridos o acervo com registros da língua falada, representando a evolução da língua no Brasil desde o inicio do século. No entanto, essa segunda fase do projeto deverá ser delegada à instituição que assumir a administração e a manutenção do Museu - tanto em sua versão física quanto online –, até o fim do ano. “Quem assumir o controle, então, será responsável por inserir mais recursos interativos”, diz Bastos. O nome da entidade ainda não foi definido.

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