04 junho 2007

Estado de Leitores

em Boletim PNLL
4 junho 2007

Criado em 2003, São Paulo: Um Estado de Leitores é um projeto conjunto da Secretaria de Estado da Cultura com a prefeitura dos municípios e a iniciativa privada. Entre as ações, a revitalização das bibliotecas públicas de todo o Estado, aberturas de salas de leitura, formação de contadores de histórias, o corredor literário da Paulista e uma campanha permanente de captação de livros. Agora, o São Paulo: Um Estado de Leitores conta com sede própria na capital paulista, na Rua do Triunfo, 301 (próximo à Sala São Paulo, à Estação Julio Prestes e à Estação Luz do Metrô). Ali, serão oferecidos cursos e palestras ligados ao mundo da leitura.

Conceitos em má companhia

Por Aldo Barreto
em Avoantes Perdidos
2 junho 2007

Pelas minhas reflexões selvagens acredito que o conhecimento acontece no indivíduo que se apropria por sua percepção de informações remetidas pelo meio que habita. A geração de conhecimento é uma reconstrução das estruturas mentais do sujeito através de elaborações de sua consciência cognitiva, sensibilidade e inteligência.

Penso que esta apropriação é subjetiva e diferenciada para cada indivíduo e acontece na privacidade de sua solidão fundamental. É uma interiorização independente da estrutura em que está a informação ou do número de pessoas conectadas com a mesma informação. No final do processo de geração do conhecimento não haverá, no conjunto de pessoas, uma massa homogênea por ser fruto de uma fonte comum, mas uma coleção de percepções individualizadas.
Seja no isolamento da leitura individual ou no povoamento de uma rede na web a interiorização do conhecimento nuca será homogênea, de massa. Será sempre uma agregação de heterogeneidades.

O ser humano é privilegiadamente uno na lucidez de sua inteligência para assimilar a informação, mas nunca competitivo ou coletivo ao se posicionar no momento do conhecimento.

A inteligência como " lucidez é um dom e um castigo. Está tudo em uma palavra. Lúcido vem de Lúcifer, o arcanjo rebelde, o Demônio. Lúcifer é também o luzeiro do amanhecer, a primeira estrela, a que mais brilha e a última a se apagar. Lúcido vem de Lúcifer, Lúcifer, de Lux e Ferous que quer dizer: aquele que tem luz. Que gera luz. Que permite a visão interior. Deus e Demônio tudo junto. O prazer e a dor. Lucidez é dor, e o único prazer que podemos conhecer, o único que se parece remotamente à alegria é o prazer de permanecer consciente da própria lucidez. O silêncio da compreensão, o silêncio do simples estar. E nisto se vão os anos, nisto se foi a bela alegria animal". [Alejandra Pizarnik].

Conceitos como inteligência, conhecimento, percepção, competição, gestão, coletivo podem se juntar, e ficar em má companhia,. Isto para atender a interesse da moda ou de um marketing de atração ou para simular a novidade. No mundo do entretenimento ou do espetáculo podem ser combinações sem maldade para suprir a pauta do palco ou renomear o antigo para torná-lo mais atrativo na aprendizagem de extensão.

Se informação quer conduzir ao homem livre e iluminado; se a inteligência indica o entendimento e a articulação de significados para uma referência subjetiva entre o sinal e o referente; e se a competição relaciona uma busca simultânea, de dois ou mais indivíduos, por uma melhor vantagem individual, então a reunião dos três conceitos estabelece uma má companhia pelo menos na ética dos templos voltados ao saber.

Da mesma forma, entendemos que os modos de observar o mundo têm variado ao longo do tempo. Com a Internet foi prestigiada a idéia de que, na busca do conhecimento, o pensamento e o espaço coletivo, predominam sobre a individualidade da inteligência. Contudo, acredito que o espaço do conhecimento público agrega inteligências individuais e privadas. Estes espaços, ou redes, unem fragmentos que podem alinhavar um mosaico para se intuir um significado novo ou mais criativo. Nunca se deve confundir a informação que circula neste estado coletivo com uma massa homogênea e uniforme, fruto da reunião de muitas inteligências.

O escritor Pierre Lévy que cunhou o termo inteligência coletiva escreve logo no início do seu livro do mesmo nome: " Como deve ter ficado claro a inteligência coletiva não é um objeto puramente cognitivo. A inteligência deve ser aqui entendida como a expressão trabalhar em perfeito acordo ou no sentido que tem quando se fala em entendimento com o inimigo." *

Conceitos em má companhia são desculpáveis em alguns ambientes, mas completamente impróprios em outros.

***

* Levy, P, Inteligência Coletiva, Instituto Piaget, 1994,Lisboa

Bibliotecas do CCSP voltam a funcionar em SP depois de incêndio

em Folha Online
30 maio 2007

As reformas provisórias no Centro Cultural São Paulo (CCSP) terminam nesta quinta-feira (31) e as bibliotecas voltarão a funcionar normalmente, de acordo com informações do centro cultural.

As bibliotecas Sérgio Milliet e Volpi, a Gibiteca Henfil e a Discoteca Oneyda Alvarenga ficaram fechadas durante duas semanas após incêndio causado por um balão, que destruiu parte do telhado do local.

As reformas nas áreas de exposição ainda não foram finalizadas e os espaços continuam fechados. O fogo abriu um buraco de 400 metros quadrados no teto do CCSP.

Logo após a queda do balão, brigadas de combate a incêndio do Corpo de Bombeiros controlaram as chamas, mas a água utilizada pelos bombeiros escorreu para o subsolo e atingiu parte do acervo.

O complexo do CCSP possui 46 mil metros quadrados. Em 2006, 900 mil pessoas compareceram às diversas atividades artístico-culturais desenvolvidas no espaço como peças de teatro, show musicais e exibições de filmes.

O local atingido recebe diariamente 2.000 pessoas de segunda a sexta-feira, número que chega a 3.000 pessoas por dia aos finais de semana.

Aprovado projeto que deduz do IR doação de livros a bibliotecas públicas

Por Helena Daltro Pontual
em Agência Senado
em 29 maio 2007

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (29), em decisão terminativa, projeto que inclui a dedução de doações de livros a bibliotecas públicas no cálculo do imposto de renda devido por pessoas físicas (PLS 27/05). O projeto é do então senador Roberto Saturnino e foi relatado pelo senador Edison Lobão (DEM-MA).

A matéria já foi votada pela Comissão de Educação (CE), onde também recebeu parecer favorável. O projeto permite a dedução, no imposto de renda da pessoa física (IRPF) apurado, do valor de livros adquiridos pelo contribuinte e doados a bibliotecas públicas até a data-limite de entrega da declaração de ajuste, contanto que comprovadas por recibo da entidade beneficiada e pela nota fiscal correspondente ao livro doado.

O autor defende o projeto, argumentando que quer incentivar e difundir o hábito da leitura no país por meio de dois mecanismos: "facilitação da compra de títulos pelas pessoas de renda média e alta e circulação desses mesmos livros por toda a população nas bibliotecas públicas".

Segundo o relator da matéria, com a aprovação desse projeto e da Lei de Incentivo ao Esporte, que também prevê deduções, no imposto de renda, de contribuições ao setor, chegarão a cinco as hipóteses de dedução do imposto devido, que também estará nesse caso limitada ao teto de 6%. As outras possibilidades já previstas em lei são as contribuições para os fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, para o Programa Nacional de Apoio à Cultura e para incentivo às atividades audiovisuais. Lobão observou que o contribuinte terá, dessa forma, mais uma alternativa para direcionar o uso de parte do IR devido.

Interferir no fluxo de informação para benefício do usuário

Por Aldo Barreto

Em maio de 2006 o setor de Iniciativas Digitais da Biblioteca da Universidade de Washington iniciou um projeto para integrar a sua coleção digital no fluxo de informação de acesso dos seus alunos através da enciclopédia Wikipedia online.

Edição de Literatura Indígena

em Boletim PNLL
3 junho 2007

Desde 1995, o Ministério da Educação executa um programa de apoio à produção, impressão e distribuição de materiais didáticos diferenciados em português, bilíngües ou em línguas indígenas. Com experiência na formação de professores indígenas, a Universidade Federal de Minas Gerias também participa da edição de material de ensino de leitura . O projeto Edição de literatura indigena da UFM, conta com a com a participação de professores indígenas integrados às suas comunidades, através de laboratórios de escrita e tradução, apoio à produção de livros de autoria indígena. Em 2006, foram 20 os títulos publicados e o objetivo para 2007 é imprimir mais 20 novas obras de autoria indígena.

Acesso a publicações científicas deve ser livre e gratuito, diz especialista

Por Tatiana Fiuza para Gestão C&T
em Jornal da Ciência
25 maio 2007

A publicação científica no Brasil deve ser disponibilizada na íntegra e com livre acesso para a sociedade. Essa é a opinião do especialista Roberto Meneghini, da Bireme – Centro Latino-americano e do Caribe de Informação em Ciências Sociais.

Para o analista, como o Brasil é um país que possui poucos recursos, o acesso à informação científica deve ser sem custos. Meneghini participou do 7° Congresso Ibero-americano de Indicadores de C&T (Ricyt), que aconteceu em São Paulo (SP), nos dias 23 a 25.

O analista disse, na ocasião, que a ciência só é ciência desde que seja publicada. "Isso acontece desde a idade média", completou.

Na opinião de Meneghini, os periódicos científicos possuem um importante papel para a divulgação da ciência, ainda mais aqueles que são revistos por seus pares.

O analista explicou que os periódicos científicos são uma forma de os pesquisadores terem acesso às informações, além de proporcionarem visibilidade para quem publica, já que suas publicações são consultadas.

Para Meneghini, um forte indicador de C&T é a quantidade de citações de um autor ou de certos trabalhos, mesmo que não seja possível mensurar a qualidade dos trabalhos que utilizam as citações.

O Brasil possui uma cultura voltada para publicações internacionais. Mas, segundo o analista, isso gera um círculo vicioso, em que se tem o autor e o publisher, este com fortes interesses comerciais. "Nesse sentido, fica a pergunta: como o trabalho científico, do ponto de vista ético, pode levar a um grande lucro e a pouca acessibilidade?"

Meneghini lembrou a iniciativa do Scielo, da qual a Bireme participa, que atua na divulgação de publicações científicas de forma gratuita e na íntegra. O projeto nasceu no Brasil, mas hoje possui bases em outros países, como Argentina, por exemplo.

A base Scielo tem cadastradas 400 revistas científicas. O analista conta que todas passam por um processo de avaliação contínua e rigorosa. Além disso, ele afirmou que é possível saber quando algumas dessas revistas são citadas e esse pode ser um forte indicador. "Somos agora meta-publisher", avalia Meneghini.

Livros produzidos no Brasil passarão a ter “selo verde”

Por Andrea Vialli para O Estado de S. Paulo
em Jornal da Ciência
23 maio 2007

A Suzano Papel e Celulose iniciou um projeto que vai permitir a um grupo de gráficas brasileiras obter a certificação florestal FSC, selo internacional que reconhece o uso correto das florestas para fins econômicos. Até então, apenas as grandes papeleiras tinham acesso a essa certificação.

A certificação das gráficas permitirá que mais produtos com o selo, como livros e embalagens, cheguem às mãos dos consumidores. “O consumidor ganha a certeza de que aquele produto é feito com papel proveniente de áreas não degradadas”, diz Gustavo Couto, gerente de marketing da Suzano Papel e Celulose.

O projeto de apoio à certificação da Suzano deverá incluir 32 gráficas e distribuidores até 2008. Vinte deles já deram início ao processo. São gráficas promocionais (que imprimem panfletos e materiais de divulgação), de embalagens e editoras.

A Suzano arcará com os custos de capacitação e com o processo de certificação das empresas. Em média, uma certificação FSC custa R$ 40 mil, valor que varia conforme o porte da empresa.

Segundo Couto, essa será também uma oportunidade para as gráficas trabalharem com o marketing socioambiental em seus produtos. “Isso trará um diferencial para grandes clientes e nichos de mercado atentos à sustentabilidade”, diz.

TENDÊNCIA

Um dos principais objetivos do projeto é que as empresas se antecipem a uma tendência crescente entre consumidores de países desenvolvidos: a opção por produtos ecologicamente corretos.

O movimento é ainda incipiente no Brasil. Em 2005, uma iniciativa pioneira foi posta em prática: o livro As Intermitências da Morte, de José Saramago, foi o primeiro livro brasileiro a vir com selo FSC. Para isso, toda a cadeia de produção do livro, da fabricante de papel à editora, passou pelo processo de certificação.

“Isso requer uma auditoria completa na empresa, e o selo só é concedido se ficar comprovado que critérios sociais e ambientais estão sendo bem atendidos”, explica a diretora da FSC Brasil, Ana Yang.

O selo FSC - sigla em inglês para Conselho de Manejo Florestal, organismo internacional que atesta que a retirada da madeira da floresta foi feita de modo não predatório - já está presente em uma grande variedade de produtos, oriundos tanto de florestas nativas quanto das cultivadas.

Madeira para construção civil, fitoterápicos, óleos essenciais, embalagens, lápis e talheres estão entre os produtos com selo disponíveis no mercado brasileiro, que já tem 190 cadeias produtivas certificadas. “Na Inglaterra, até papel higiênico vem com o selo verde.”

ESTANTE

No mercado editorial, o selo verde começa a tomar força. A Companhia das Letras, que lançou o livro certificado de José Saramago, estendeu a certificação para outras obras do autor impressas após a obtenção do selo FSC, em 2005. A coleção de livros policiais da editora, que inclui autores como Tony Bellotto e Joaquim Nogueira, também é certificada.

A onda de livros “verdes” foi deflagrada por pressão de ONGs como o Greenpeace e pela adesão voluntária de autores de renome - o próprio José Saramago, Isabel Allende e J. K. Rowling, autora da série Harry Potter. Os livros do bruxo, por sinal, estão saindo com selo verde em vários países: Inglaterra, EUA, Canadá e agora Brasil, pela Editora Rocco.

Motor de buscas sensual Ms. Dewey

Por Paula Cosme Pinto
em Expresso
28 maio 2007

Gostava que uma bibliotecária sensual o ajudasse nas suas pesquisas na Internet? Se lhe agrada a ideia visite o novo motor de busca lançado pela Microsoft e encontre na web tudo o que precisa com a ajuda da sexy Ms. Dewey.

Vestida de preto e com uma pose autoritária, Ms. Dewey é a personagem do site de buscas interactivo, que realiza as pesquisas através do Windows LiveSearch. Num cenário futurista, a bibliotecária interpretada pela actriz Janina Gavankar vai dando dicas aos internautas, numa página toda feita em Flash.

Num campo destinado às buscas, os internautas escrevem a palavra que pretendem pesquisar e Ms. Dewey dá em poucos segundos uma extensa lista de «sites» relacionados com o tema. Para cada palavra pesquisada, a impertinente bibliotecária virtual tem reacções diferentes e, na maioria das vezes, um comentário sarcástico a fazer.

AS REAÇÕES DE MS. DEWEY

Se, por exemplo, pesquisar a palavra “arte”, Ms. Dewey vai pintar um quadro com uma pistola de paintball. Se pesquisar por “fotografia”, é bem provável que ela lhe tire uma foto numa máquina polaroid. Quando o utilizador demora muito a escrever, a bibliotecária vai demonstrar a sua impaciência e dar um valente raspanete.

Embora Ms. Dewey seja uma personagem virtual, não é fácil enganá-la. Caso escreva uma palavra que não existe ou com erros ortográficos, ela pode responder algo menos agradável: “não consigo perceber nada… será que estiveste nos copos até tarde?”.

Embora irreverente, o «site» Ms. Dewey ainda apresenta algumas falhas: as buscas só podem ser feitas em inglês e o número de resultados apresentados fica ainda bem abaixo de motores de busca como o Yahoo ou o Google. Uma vez que a página é toda feita em flash, pode demorar uns bons minutos a carregar pelo que, para pesquisas rápidas, Ms. Dewey ainda não é uma boa opção.

* Veja no YouTube um vídeo sobre Ms. Dewey

* Visite aqui o motor de buscas Ms. Dewey

Maior base de dados científicos do mundo estará no Portal de Periódicos da Capes

Por Capes
em Jornal da Ciência
23 maio 2007

Universidades e instituições de pesquisa brasileiras terão à disposição a maior base de dados e documentos científicos de referência do mundo, o Scopus, da Editora Campus/Elsevier.

A nova base fará parte do Portal de Periódicos da Capes/MEC. A solenidade de assinatura do contrato entre a Capes e a editora será realizada nesta quinta-feira, dia 24, às 15h, na Sala de Atos do Ministério da Educação, em Brasília.

Criado em 2004, o Scopus é um banco de dados e de busca refinada de documentos científicos de todo o mundo.

De forma ágil e objetiva, o usuário tem acesso a mais de 200 milhões de páginas de conteúdo, com links diretos, resumos de documentos, além da exata localização, com o título, autor, periódico no qual o trabalho foi publicado, entre outras referências.

Mais de 15 mil títulos científicos, de quatro mil editoras, estão indexados na área de busca do Scopus. Desse material, nove mil textos completos são encontrados no Portal de Periódicos da Capes.

Um dos maiores acervos de acesso a periódicos do mundo, o portal foi criado pela Capes em 2000 para democratizar o acesso às publicações científicas e tecnológicas de excelência produzidas no mundo. De 2004 até agora, o portal teve a coleção ampliada de 1,8 mil para mais de 11 mil revistas de títulos nacionais e internacionais.

O acesso ao portal passou de sete milhões em 2002 para 47 milhões em 2006, com média atual de 130 mil acessos diários. A consulta, gratuita, é oferecida a cientistas, pesquisadores, professores e estudantes de 188 instituições que desenvolvam programas de pós-graduação recomendados pela Capes.

Durante a solenidade, será entregue o Prêmio Portal de Periódicos, criado para estimular estudos sobre o portal e seu uso.

O concurso premia os vencedores nas categorias pesquisador-docente, bibliotecário, aluno de mestrado de pós-graduação de instituições usuárias do portal e aluno de doutorado.

O tema da primeira edição foi Influência do Portal de Periódicos na Pós-Graduação Brasileira.

Biblioteca lança serviço erótico para faturar

Por AP
em 24 Horas News
9 maio 2007

Uma biblioteca pública lançou uma "hotline" erótica para arrecadar dinheiro para uma reforma de expansão. A prefeitura de Viena está organizando o serviço, que cobra 39 centavos de euro (R$ 1,06) por minuto para que uma atriz leia passagens eróticas datadas da era vitoriana.

Anne Bennent, uma atriz famosa na Áustria por trabalhos no teatro e cinema, é responsável pela leitura de 1,2 mil textos eróticos que fazem parte da biblioteca de Viena. As obras são dos séculos XVIII, XIX e XX . A linha erótica estará em funcionamento até 31 de maio.

O livreiro best-seller

Por Sandra Soares
em Veja São Paulo
23 maio 2007

Dono da Livraria Cultura, o paulistano Pedro Herz inaugura no Conjunto Nacional uma loja de 4 300 metros quadrados,a maior do país. Com 2 milhões de títulos no acervo e planosde abrir três novas unidades até 2008, ele segue rumoao topo dos negócios no mercado das letras.

Morador do último andar de um edifício no centro, o livreiro Pedro Herz vê São Paulo a seus pés, a 115 metros de altura. A viagem ao apartamento, localizado no 32º andar, é tão longa (cerca de um minuto e meio) que um amigo dele já sugeriu que deveriam servir um lanche no elevador. Herz está habituado a observar a cidade ainda mais do alto. Há seis anos ele pilota um helicóptero modelo Robinson 44 em passeios de fim de semana a destinos como Monte Verde e Parati. "Chego a subir a 8 000 pés (aproximadamente 2 400 metros)", conta o empresário, que agora busca o topo também nos negócios.

A Livraria Cultura, uma empresa familiar comandada por ele desde 1969, será a partir desta segunda-feira (21) a maior do país, tanto em tamanho quanto em oferta de produtos. As quatro lojas que hoje ocupam o Conjunto Nacional serão transferidas para outro espaço no mesmo endereço, com 4 300 metros quadrados (três vezes mais que o somatório das unidades prestes a fechar as portas). No ambiente onde por quarenta anos funcionou o Cine Astor, desativado em 2001, estarão disponíveis mais de 150 000 títulos de livros nas prateleiras (há 2 milhões em catálogo) e 35 000 CDs e DVDs.

O acervo é mais variado que o de sua principal concorrente, a Fnac. Pela primeira vez desde sua fundação, sessenta anos atrás, uma loja da Cultura vai contar com um confortável teatro de 166 lugares, dirigido pelo ator Dan Stulbach. "Além de selecionar as peças da programação, vou organizar cursos e, futuramente, montar uma companhia ligada ao espaço", diz ele. Outra novidade é o V. Café, criado especialmente pelo grupo Viena para o novo ponto.

Depois de hesitar por anos em se tornar superlativa, a Cultura finalmente assumiu o rótulo de megastore em 2000, quando abriu a unidade do Shopping Villa-Lobos. Agora, como batizou Herz, se torna uma gigastore. Em meados dos anos 90, quando as megastores se popularizavam, o dono da Cultura costumava se referir a esse modelo de negócio como "supermercado de livros". Foi por influência dos filhos, Sergio, de 35 anos, e Fábio, de 33, há mais de dez anos trabalhando com ele, que o livreiro se tornou simpático à idéia de abrir espaço para CDs e DVDs.

"Afinal, são igualmente produtos culturais, parceiros dos livros", explica. Os filhos também o convenceram a crescer para além das estantes do Conjunto Nacional. Não que Herz, de 66 anos, fosse avesso a modernidades. Pelo contrário: a Cultura tornou-se a pioneira, em 1995, nas vendas pela internet – hoje recebe cerca de 1 500 pedidos por dia, com uma média de 110 reais por encomenda.

As restrições às mudanças apoiavam-se mais na preocupação em preservar as características que fizeram da livraria a preferida dos intelectuais paulistanos, como o clima intimista das lojas e o atendimento personalizado. Seus balconistas são famosos por procurar títulos do alemão Nietzsche ou do russo Dostoievski sem precisar pedir ao cliente para soletrar o nome dos autores. A exigência quanto ao nível de conhecimento dos vendedores é tamanha que os candidatos a trabalhar lá passam por um concorrido vestibular, com perguntas formuladas pelos próprios funcionários da empresa.

"Quando inauguramos a loja do Shopping Market Place, no ano passado, houve mais de 4 000 inscrições para 100 vagas", conta o livreiro. "E mesmo assim tivemos dificuldade em preenchê-las." Por causa disso, e por estar decidido a levar adiante o projeto de expansão da rede, Herz já fala em ser mais flexível no processo de seleção. "Podemos ajudar os bons candidatos a adquirir conhecimento." Nos últimos sete anos, a Cultura abriu cinco filiais. Duas em São Paulo e mais as unidades de Brasília, Recife e Porto Alegre. Juntas, elas faturaram 154 milhões de reais em 2006.

O namoro da Cultura com a intelectualidade paulistana ficou firme nos anos 90, quando a livraria passou a ser ponto de encontro, nas manhãs de sábado, de personalidades como os escritores Ignácio de Loyola Brandão, Lygia Fagundes Telles, Marcos Rey, Ivan Angelo e Mário Chamie, além do jurista Ives Gandra Martins. "Um dia o Pedro colocou umas mesinhas do lado de fora e o Ives comprou umas coxinhas no bar da frente", conta Loyola. "No fim de semana seguinte cada um trouxe seu uísque, e a coisa foi ganhando ares de tradição."

Herz passou a guardar em seu escritório as garrafas etiquetadas dos clientes, que a essa altura já consumiam livros no esquema "pendura". As despesas eram anotadas num caderninho e cobradas no fim do mês, como num botequim. E não havia perigo de o freguês desaparecer sem pagar a conta.

Além dos encontros aos sábados, desde os anos 70 eram realizadas ali longas e concorridas sessões de autógrafos, ainda hoje uma marca da Cultura. A de Fernando Gabeira, em 1979, quando lançou O que É Isso, Companheiro?, levou tanta gente ao Conjunto Nacional que houve um engarrafamento humano no saguão. "O Pedro é bom de papo e sempre teve uma personalidade gregária", diz o psicoterapeuta Flávio Gikovate, cliente há trinta anos e amigo de Herz há dez. "Naturalmente ele reúne pessoas em torno de si."

Esse clima de ação entre amigos está na origem da livraria. A Cultura nasceu quando a imigrante alemã Eva, mãe de Herz, começou a alugar aos membros da colônia germânica no Brasil dez volumes publicados em sua língua natal que ela trouxera na mala quando veio para cá, em 1938, fugida do nazismo, ao lado do marido, Kurt Herz. Ambos eram judeus. Para ajudar Kurt, que trabalhava como representante comercial, Eva começou, em 1947, a emprestar livros em troca de dinheiro. Os dois filhos, Pedro e Joaquim, cresceram entre os volumes, que iam se multiplicando na casa em que moravam, na Alameda Lorena, à medida que os negócios ganhavam força.

Os dois irmãos nunca se deram muito bem. Joaquim, que é três anos mais novo, não tem participação na empresa. "Fizemos um acerto em família em 1973", conta Pedro Herz. "Joaquim ficou com uma livraria que havíamos aberto na Rua Turiassu e eu com a Cultura." A Livraria Turiassu sobreviveu até 2001. Pedro e Joaquim não se falam desde a morte de Eva, em 2002.

Quem cumpre o papel de irmão na vida de Pedro Herz não tem laços de sangue com ele. Trata-se do psicanalista Contardo Calligaris, seu melhor amigo há treze anos. Os dois batem papo todos os dias pelo telefone e saem para jantar pelo menos duas vezes por semana. Só brigam quando o assunto em questão são vinhos – Herz prefere os argentinos e chilenos e Calligaris, os italianos e franceses. "Temos uma relação de muita confiança", diz Calligaris. "Somos um bom ouvido um para o outro." A pauta dos encontros da dupla inclui, claro, confidências amorosas.

Separado há quase trinta anos da nutricionista Rosa Maria Herz, com quem viveu por dez anos, Pedro Herz é namorador. "Mas é do tipo que vive longas relações", conta o dentista e amigo Rui Cardoso de Almeida. "Em 27 anos conheci sete namoradas dele e deu tempo de cinco virarem minhas pacientes." Herz não pensa em se casar de novo. Diz que se separou justamente porque não conseguiu se adaptar à condição de casado. "Gosto de ficar sozinho, com silêncio à minha volta, e de ter a liberdade de poder circular sem roupa." Em seu apartamento de 150 metros quadrados, ele vive na companhia de poucos livros e de muitos CDs de música clássica.

Como a Cultura empresta produtos aos funcionários, ele prefere utilizar esse benefício a manter uma biblioteca. Na semana passada, dividia-se entre dois títulos – As Leis da Simplicidade, de John Maeda, e Where Have All the Leaders Gone?, de Lee Iacocca. Herz lê em um canto de seu apartamento especialmente projetado para isso, refestelado em uma poltrona aconchegante, do tipo que abraça quem nela se senta. Uma luz poderosa incide do teto. Ao decorar o seu refúgio, o livreiro cuidou que a cadeira fosse colocada de costas para a bela vista da cidade. A explicação é que, com um cenário desses, seria difícil se concentrar no seu prazer e seu negócio: os livros.

A CONCORRÊNCIA CONTRA-ATACA

Vizinha da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, distante apenas 1 200 metros, a unidade da Fnac na Avenida Paulista entrará em reforma no fim do mês para ampliar sua seção de livros. Segundo o diretor da empresa no Brasil, Benjamin Dubost, não se trata de uma resposta à expansão da concorrente. "É apenas uma coincidência", garante ele. Quando for reinaugurada, em 15 de junho, a Fnac Paulista terá uma área de 780 metros quadrados dedicada aos livros, 30% maior que a atual. A repaginação inclui ainda a criação de um novo setor, batizado Fnac Júnior, voltado para o público infanto-juvenil. A rede francesa diz ter planos de lançar mais três lojas na capital paulista, mas não definiu datas ou endereços.

De seu lado, a Cultura já fechou contratos para instalar unidades no Shopping Iguatemi Campinas e no Shopping Bourbon Pompéia, atualmente em construção. "Abriremos outro ponto-de-venda em São Paulo até o fim de 2008, ainda sem local determinado", conta Pedro Herz. Em termos absolutos, a Fnac possui uma unidade maior que a "gigastore" da concorrente – a de Pinheiros, com 8 000 metros quadrados. Mas o tamanho cai para 1 720 metros quadrados se consideradas apenas as áreas de livros, DVDs, CDs, revistaria, café e auditório (os mesmos serviços encontrados na nova Cultura, cuja área aberta à circulação do público é de 3 026 metros quadrados). Em oferta de livros, a Cultura sai na frente: possui 2 milhões de títulos em catálogo, contra 150 000 da rede francesa.

Cartas de Darwin vão para a internet

Por Claudio Angelo
em Folha de S. Paulo
18 maio 2007

"Pode ser uma delícia para quem se interessa, mas como eu gosto mais de mulheres solteiras do que daquelas no estado abençoado, eu declaro [isso] um tédio."

O rapaz que declina os supostos prazeres do casamento na frase acima é provavelmente a última pessoa que poderia ser chamada de playboy mulherengo: Charles Robert Darwin, pai da teoria da evolução das espécies pela seleção natural.

A carta, endereçada à irmã Caroline em abril de 1832 (escrita, por sinal, no Rio de Janeiro), é uma das 5.000 correspondências de Charles Darwin que estão à disposição na internet desde ontem.

O site Darwin Correspondence Project é a primeira base de dados a reunir textos integrais das cartas que o naturalista inglês trocou com mais de 2.000 pessoas ao longo da vida.

Há correspondências de e para parentes (Caroline, irmã mais velha, era uma de suas maiores confidentes), amigos, como Charles Lyell, pai da geologia moderna, Thomas Huxley, maior defensor de Darwin, e Alfred Russel Wallace, co-descobridor da seleção natural.

Resultado de um esforço de dez anos para reunir e transcrever o acervo (mais de 14 mil cartas já foram localizadas) em formato digital, o site promete ser a fonte de muitas pesquisas sobre a trajetória intelectual de Darwin, e de algumas respostas sobre controvérsias históricas (como qual era de fato a posição do gênio britânico sobre a religião).

Mas, mais do que isso, dá vislumbres saborosos da vida pessoal do cientista -como uma carta, escrita aos 12 anos a um amigo não-identificado, na qual o jovem Charles confessa que só lava os pés uma vez por mês. "Não posso evitar", escorrega.

A afetividade na WEB 2

Por Aldo Barreto
em Avoantes Perdidos
19 maio 2007

A Web 2.0 é a mudança para uma Internet onde a regra a mais importante é desenvolver aplicativos e contextos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas em convivência, aproveitando a inteligência coletiva das comunidades de interesse comum.

Para que funcione este ambiente além de aplicativos tem que ter pessoas com algo mais que um interesse comum, com um conjunto de atitudes mentais, experimentadas e vivenciadas, na forma de emoções e de sentimentos ligadas a esta convivência comum. Uma afetividade de interesses.

As pessoas em comunidade devem ter, ainda, uma inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro e que, não obstante ser uma atuação espontânea, deve ser sempre aprimorada por atitudes pro ativas, evitando-se a ação antagônicas dos instintos naturais do egoísmo.

A convivência em rede é uma tecnologia que opera com a tendência ao desapego Agostiniano de uma mão dar sem a outra sequer perceber.

Existem, portanto, barreiras para a harmonia dessa vivência em rede, como o individualismo, a reconquista do controle e a censura.

A solidariedade orgânica é quebrada sempre que um participante desejando visibilidade individual exige distinção para seus atos realizados em prol do conjunto. Quando acontece esta intenção de sublinhar uma visibilidade a confiança que equilibra o grupo é quebrada e esta comunidade só se reorganiza com uma nova harmonia.

O sentido marcante de poder e controle anula , também, a vivência coletiva em rede. Quando acontece a ação, por exemplo, do desapego arrependido. Existem relatos de gerador de software livre doado a comunidade, que ao perceber o sucesso da sua aplicação na realização de terceiros, rápido comparece demandando reconhecimento e recompensas, por ser sua a criação original, que, contudo, seria livre para todos. Um desejo de reconquista do controle doado.

A censura promovida por instituições e governos na Internet cresce assustadoramente em todo o mundo, segundo um estudo divulgado pela ONG Open Net Initiative. Pesquisadores avaliaram 41 países e, em 25 deles, conseguiram identificar pelo menos um filtro de Internet, mecanismo que impede os usuários de terem acesso a sites sobre temas específicos.

A censura é entrave para a web das comunidades e como as outras barreiras gera tensão por competição individual, ciúme intelectual e desejo de retomada de uma posse transferida.

Bibliotecas possuem poucos livros por aluno, diz pesquisa do Idec

Por Fernanda Bassette e Luísa Brito
em G1
17 maio 2007

Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em bibliotecas de oito cursos de quatro universidades privadas no Rio de Janeiro e em São Paulo aponta que a maioria não possui todos os livros que são recomendados como leitura para os alunos no primeiro ano de graduação. Além disso, a quantidade de livros disponível por aluno está abaixo da média internacional - que é de cinco estudantes por obra, segundo estudo feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Foram analisadas a quantidade de livros por aluno, os preços dos exemplares e se as publicações estavam disponíveis nas bibliotecas dos cursos de direito, economia e administração da Ibmec-RJ, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) e Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP.

Para fazer o levantamento, o pesquisador pegou com os alunos a lista de obras básicas e conferiu o acervo on-line das bibliotecas, com exceção da FGV-Rio, que teve a consulta feita fisicamente. A pesquisa levou em consideração apenas as obras de leitura básica obrigatória e não as obras complementares.

As universidades contestam os dados referentes às bibliotecas, algumas afirmam que nem todas as obras estão disponíveis no acervo on-line e dizem que não foram consultadas pelo Idec no momento da pesquisa.

O objetivo da pesquisa, segundo Luiz Fernando Moncau, advogado do Idec, não é criticar as universidades e sim chamar a atenção para a importância do acesso ao material didático levando em consideração a rigidez da lei dos direitos autorais.

"A lei permite cópias de pequenos trechos de livros, mas não define legalmente o que seriam esses pequenos trechos. Não diz se são 10% dos livros ou metade, por exemplo. A USP [Universidade de São Paulo] regulamentou o que é permitido copiar dentro da universidade", disse Moncau.

NÚMERO DE LIVROS POR ALUNO

Entre os casos analisados, segundo o Idec, a biblioteca do curso de direito da PUC-SP oferece apenas um livro para cada grupo de cem alunos. Já o acervo de direito da FGV-Rio foi o que apresentou um resultado mais positivo, disponibilizando 17 livros para cada cem alunos.

No curso de administração da FGV-Rio, há 11 livros para cada cem universitários. O acervo de direito do Ibmec-Rio tem cinco livros para cada cem estudantes.

No caso do Mackenzie, segundo o levantamento do Idec, o curso de administração disponibiliza quatro livros para cada cem estudantes e o curso de economia oferece seis livros para o mesmo número de alunos.

LIVROS NÃO DISPONÍVEIS

Ainda conforme o levantamento do Idec, a maioria das bibliotecas consultadas não disponibiliza todos os exemplares das obras básicas cobradas dos alunos no primeiro ano da graduação. Em 32% dos casos analisados, a instituição não tinha o livro que pediu para o aluno ler.

O estudo mostra que, no caso do curso de direito da FGV-Rio, dos 235 livros recomendados no primeiro período, 120 não estão disponíveis (42%). No Ibmec-Rio, também no curso de direito, das 115 obras recomendadas, 47 não existem na biblioteca (41%). O curso de administração da FVG-Rio foi o único que colocou à disposição dos alunos os 11 livros que foram recomendados no início do ano.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Ensino Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC), não existe uma legislação que defina quantos livros cada biblioteca precisa oferecer por aluno, mas, de acordo com a Sesu, o acervo é um dos requisitos para a aprovação de um curso superior.

PREÇO DAS OBRAS

A relação dos preços dos livros pedidos pelos professores também foi observada pelo Idec. Segundo Moncau, as universidades pesquisadas pediram para cada aluno ler, em média, 82 livros por ano. O preço médio das obras é de R$ 67,37, o que totaliza um valor de R$ 5.549,26 gasto apenas no primeiro ano do curso.

"Os cursos de direito são os principais responsáveis por elevar essa média. Eles cobram muita leitura e as obras são muito caras. Depois que a lei que proíbe a cópia dos livros entrou em vigor [em 1998], ficou praticamente impossível o aluno ter acesso a todas as obras recomendadas", disse Moncau.

"Existe uma diferença muito grande entre fazer cópias em larga escala e fazer uma cópia para uso privado, sem fins lucrativos. O estudante não pode estar sujeito às mesmas sanções de uma pessoa que faz pirataria. Com esse estudo, queremos chamar a atenção para a necessidade de tornar os livros mais acessíveis e aumentar as discussões sobre a necessidade de alcançar um equilíbrio entre os direitos autorais e o direito do acesso ao conhecimento", afirmou Moncau.

O QUE DIZEM AS INSTITUIÇÕES

A PUC-SP disse, por meio da sua assessoria de imprensa, que a informação do Idec não é verdadeira e afirmou que vai verificar com o instituto a metodologia utilizada na pesquisa antes de avaliar o resultado, porque, para a entidade, não está claro como o pesquisador chegou aos números divulgados.

"O acervo da biblioteca da PUC-SP conta com dez mil títulos e cerca de 16 mil exemplares, exclusivamente de direito. Eles estão disponíveis para 2.700 alunos de graduação", informa o comunicado da universidade.

A assessoria de imprensa da FGV-Rio disse apenas que o acervo na área de direito é de 3.867 títulos, com 8.494 exemplares. A instituição, não informou, no entanto, quantos alunos fazem o curso.

Segundo a faculdade, caso o aluno precise de um livro que só tem na FGV-SP, a entidade encaminha o exemplar para o aluno num prazo de 24 horas. A instituição diz desconhecer a pesquisa do Idec e afirma que vai checar internamente as informações divulgadas.

A assessoria de imprensa do Mackenzie também contestou os dados da pesquisa e disse, em nota, que na área de ciências sociais e aplicadas, que engloba os cursos de administração e economia, o Mackenzie possui 66.046 livros, o que dá uma média de 12,42 livros por aluno.

Além disso, segundo a universidade, há 26 bases de dados eletrônicas disponíveis nos terminais eletrônicos das bibliotecas, que concentram cerca de 17 mil títulos, milhares de séries de periodicidades variadas e mais de dois milhões de registros de dissertações e resenhas literárias.

Ainda segundo a nota do Mackenzie, a instituição oferece 50 exemplares para cada cem alunos da bibliografia básica do curso de economia e entre 30 e 40 exemplares para cada cem estudantes da bibliografia básica de administração.

O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ibmec-Rio, mas não houve resposta até o horário de publicação dessa matéria.

Padaria vira centro de troca de livros

Por Leia Livro
em Special Book Services
26 abril 2007

Em fevereiro deste ano a padaria O Grão Mestre: Pães e Café, de Brasília, abriu um espaço para ser um ponto de encontro dos amantes do livro e da leitura, um local de distribuição dos livros, onde os freqüentadores poderão buscar ou liberar livros.

O espaço foi inaugurado com um acervo de 300 livros doados pelos moradores das quadras. A divulgação foi feita no cardápio da casa solicitando doação de livros. A padaria contou uma boa cobertura local da mídia televisiva e escrita. O acervo foi aumentando pela contribuição dos novos freqüentadores.

“A idéia não é criar uma biblioteca comunitária, mas transformar a cidade inteira em uma biblioteca livre, onde todos estão convidados a participar”, explica o proprietário, Edmir Passos, um dos pioneiros do movimento Livro Livre em Brasília.

A maioria das doações foi de literatura clássica e contemporânea e o perfil dos leitores é muito diversificado, vai de garçons dos restaurantes locais a professores, aposentados e crianças.

O Grão Mestre, com o Livro Livre, oferece um espaço exclusivo para estimular a troca dos livros e aproximar os leitores, no puro prazer de ler: romances, crônicas, poesias, contos, biografias, viagens, culinária e gastronomia, livros de auto-ajuda, religião, filosofia...

O Livro Livre pretende promover o hábito de compartilhar a leitura, multiplicar o número de leitores de cada livro e ainda propiciar o encontro de seus leitores e admiradores.

SOBRE O LIVRO LIVRE

O Livro Livre é liberação de livros em espaços públicos, na mesa de um bar, no banco de um ônibus ou metrô, no balcão de uma padaria ou de um banco, para permitir o amplo acesso aos livros. Cada pessoa pode deles se apropriar para lê-los e, depois, novamente, libertá-los.

O Livro Livre é inspirado em outras ações similares que ocorrem em cidades da América Latina e da Europa, como o www.loslibroslibres.com e www.bookcrossing.com, com pequenas variações e baseadas na mesma idéia: reunir os cidadãos no prazer da leitura e da troca de livros.

Fujitsu aprimora papel eletrônico

Por Martyn Williams
em IDG Now!
17 maio 2007

Depois de vários anos de desenvolvimento, a Fujitsu aprimorou a tecnologia de papel eletrônico a ponto de começar a usá-la em telas comerciais.

As telas são de plástico, portanto flexíveis e leves. A tecnologia não exige fonte de energia constante, o que a torna também eficiente do ponto de vista de autonomia.

Os modelos mais recentes da Fujitsu foram apresentados na quarta-feira (16/05), durante o Fórum Fujitsu em Tóquio, junto com um terminal que utiliza as telas.

Com telas de 12 e 8 polegadas, os papéis eletrônicos exibem 4.096 cores e recarregam completamente uma imagem de oito cores em dois segundos – para 4.096 cores, recarregam em 10 segundos.

O mercado inicial para os produtos devem ser vitrines de varejo, já que as telas podem ser atualizadas sem conexão por fio, facilitando, por exemplo, a troca de preços. A empresa quer oferecer a tecnologia comercialmente a partir de abril de 2008.

A Fujitsu também exibiu protótipos de tablet PCs com telas flexíveis e maior tempo de bateria. As telas trazem suporte a rede sem fio e navegador para web. A Fujitsu acredita que eles possam substituir formulários em bancos e consultórios médicos, por exemplo.

Para este público, as telas estão disponíveis em pedidos de no mínimo dez unidades, com preços de 2,1 mil dólares (12 polegadas) e 1,4 mil dólares (8 polegadas).

Sites dobram em dois anos e beiram 120 milhões

Por BBC Brasil
em UOL Tecnologia
17 maio 2007

O número de websites dobrou na Internet nos últimos dois anos, e alcançou em maio o número de 118 mil, segundo uma pesquisa realizada pela companhia de serviços de Internet Netcraft.

Em fevereiro de 2005, o total registrado era de 60 milhões. Depois de um período de estagnação no último trimestre daquele ano, o crescimento da rede parece ter sido retomado com fôlego.

Apenas neste ano, cerca de 12,8 milhões de sites foram adicionados ao ciberespaço.

Só entre abril e maio, cerca de 4,4 milhões de sites foram criados na rede.

Desses, mais de 1 milhão - cerca de um a cada quatro novos sites - foram blogs, sobretudo em grandes servidores, como blogger (que cria sites com a terminação '.blogspot.com') e MSN.

BLOGS

O porta-voz da Netcraft, Paul Mutton, disse que os blogs são o fator que mais aparece quando se observam os números de crescimento da Internet.

"As pessoas se sentem mais poderosas ao criar sites e postar notícias, postar suas impressões sobre o mundo na Internet", ele afirmou.

Baseados nos números da Netcraft, analistas independentes já colocam o número de webpages - cada website pode conter centenas ou milhares de webpages - em mais de 30 bilhões.

O ritmo de crescimento da rede mundial neste ano está seguindo o passo de 2006, quando 'nasceram' 30 milhões de sites.

Parte disto são domínios registrados por pessoas que planejam vendê-los mais tarde. Alguns, encalhados, acabam desaparecendo.

"Há muito sobe-e-desce nos números da Internet, mas à medida que o registro de domínios se torna mais barato e o acesso à tecnologia, mais fácil, é razoável pensar que o número de sites continuará crescendo", disse Paul Mutton.

Museus: Ilhas de conhecimento repletas de obras-primas

Por Mônica Nóbrega para O Estado de São Paulo
em Jornal da Ciência
15 maio 2007

Artes plásticas, história, língua portuguesa. Cartuns, moda, anatomia, crimes e sexo. Qualquer que seja o assunto do seu interesse, é quase certo que exista pelo menos um museu dedicado a ele em algum canto do mundo.

Motivos para conhecer esses espaços a qualquer tempo não faltam, mas esta semana é especial: sexta-feira é o Dia Mundial do Museu. Eventos, palestras e mostras estão programados para comemorar a data.

Neste ano, marcado pelas discussões a respeito do aquecimento global, o Conselho Internacional de Museus (Icom, na sigla em inglês), que congrega instituições em 145 países, definiu o tema Museus e Patrimônio Universal para as comemorações.

A programação vai abordar a preservação tanto do patrimônio natural quanto do cultural. Mas nem é preciso esperar pelos eventos para curtir espaços cheios de informação e entretenimento.

Se o destino é a Europa, você terá a chance de visitar os principais museus do mundo - como a National Gallery, em Londres (cidade onde os melhores têm entrada gratuita), e o Louvre, em Paris - e outros como o Guggenheim de Bilbao, interessante desde a arquitetura assinada pelo americano Frank O. Gehry.

Há também a opção de ir um pouco mais longe e ver o gigante Hermitage, em São Petersburgo, na Rússia. Aproveite que é primavera por lá e as temperaturas estão amenas para os padrões locais, entre 5 e 15 graus, em média.

Nos EUA, a cidade de Washington é sede do Instituto Smithsonian, o maior complexo de museus do mundo. São 19 instituições - apenas 2 ficam em outra cidade, Nova York - sobre os mais variados temas, que contam com acervo de 142 milhões de itens.

Você é do tipo que gosta de temas incomuns? O The Bata Shoe Museum, em Toronto, Canadá, conta a história dos sapatos e, no porão de um cinema em Dedham, nos EUA, o Museum of Bad Art expõe arte de qualidade duvidosa.

SEMANA

No Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) criou uma semana de comemorações que já está na quinta edição. A primeira foi em 2003, instituída com a Política Nacional de Museus, que pretende catalogar todas as entidades museológicas do país.

O cadastramento começou em março de 2006 e tem, até agora, 2.400 museus, com previsão de chegar a 4 mil até o fim do ano.

A semana comemorativa começou ontem e vai até domingo. O volume nada desprezível de 1.426 eventos em 464 instituições promete atividades para todos os gostos.

Ou seja, é um ótimo momento para ver (ou rever) riquezas abrigadas nos salões de palácios antigos, que recuperam a vida doméstica da família real no Brasil, como o Museu Imperial, em Petrópolis.

Ou a criatividade do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, sucesso de público em um ano de vida, com 580 mil visitantes.

Exposição virtual de livros

em Boletim PNLL
20 maio 2007

A Fundação Biblioteca Nacional colocou no ar a sua primeira exposição virtual. A mostra Medeiros e Albuquerque, João do Rio e Benjamim Costallat: pequena exposição de livros apresenta digitalmente uma parte da coleção de documentos escritos e iconográficos de autores e personagens da Belle Époque brasileira preservados na Biblioteca Nacional. Navegando pelo site da exposição, o usuário pode apreciar partes das primeiras edições destes três dos escritores representantes do Decadentismo nacional.

Bibliotecas de Conveniência

em Boletim PNLL
20 maio 2007

Estar onde é mais conveniente para o leitor. Este é o conceito que rege o projeto Bibliotecas de Conveniência, que integra o Eixo 1 (Democratização do acesso) do PNLL. Elas funcionam como postos avançados da Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro. Isso significa que o usuário encontra pontos de empréstimo de livros em seu trajeto cotidiano, em lugares como estações de transporte urbano e shopping centers. Além de facilitar o empréstimo de livros para os que já cultivam o hábito de ler e não têm aceso fácil a uma biblioteca, o projeto busca também estimular o público em geral para a prática da leitura, fortalecendo os laços entre biblioteca pública e comunidade.

A classificação do povo

Por Aldo Barreto

A classificação é definida como a reunião de entidades semelhantes e a separação das não afins. A diferenciação tem sido considerada uma característica básica na classificação. James Duff Brown estabeleceu em 1916 que a classificação era um "processo mental" constantemente executado de forma consciente e inconsciente por qualquer ser humano.

Mas a vasta possibilidade tecnológica associada à necessidade de inovação fez com que a Internet criasse conceitos bastante inovadores em termos de organizar o conhecimento digital. Um deles é a folksonomia ou, ainda, taxonomia popular. O termo original (“folksonomy”), em inglês, vem da junção de duas palavras: “folks” (povo, gente) e “taxonomy (taxonomia).

O site da Internet do Flickr, um espaço para armazenamento e compartilhar fotos, é um belo exemplo sobre o assunto. Quando um usuário coloca uma nova foto, ele pode atribuir tags ( etiquetas) à ela.

Qualquer visitante comum também pode fazer o mesmo. O sistema do Flickr então compila o que foi inserido e apresenta uma relação de palavras que tem pertinência àquela imagem. O resultado pode ser exibido como um simples ranking textual ou pelo Folksonomic Zeitgeist.

Esta é uma forma visual de expor a classificação do povo. É um quadrado as palavras (etiquetas), com o corpo da fonte em tamanhos variáveis, de acordo com seu número de votos. Quanto maior for a palavra, mais citada ela foi pela comunidade. O usuário tem a opção de navegar pelos rankings, de todos os usuários.

A folksonomia é uma classificação social onde pessoas que usam o mesmo código (vocabulário) esperam encontrar de novo o mesmo objeto. É um modo de as pessoas ‘etiquetarem’ objetos (qualquer coisa que possa estar na Internet ) usando o seu próprio vocabulário para que seja fácil encontrar a informação outra vez.

Ao abrir espaço para uma classificação dos conteúdos, a partir do ponto de vista de diferentes pessoas, permitindo que informações semelhantes tenham interpretações culturais distintas, acredita-se que as tags estejam preparando o terreno para um dos principais sonhos de Tim Berners-Lee , o do surgimento de uma web semântica.

Nossa nova Internet seria possível, graças a informações de um arquivo legivel apenas para os computadores, uma navegação e busca de dados baseada no sentido semântico da informação e não mais em expressões de busca como é hoje.

Sublime recapitulação

Por Aldo Barreto
em Avoantes Perdidos
13 maio 2007

Na idade média , considerado o período entre o fim do Império Romano e o nascimento da civilização da Grécia e Roma, algo entre os anos 900 e 1300 a informação era privilegio dos eruditos e estava retida pelos muros dos mosteiros cuidada e vigiada pelos monges. Umberto Eco em o Nome da Rosa visualiza esta prisão no discurso de Jorge, o bibliotecário chefe dos monges copistas da Itália medieval:

"...Mas é próprio de nosso trabalho, do trabalho de nossa ordem e em particular do trabalho deste mosteiro, aliás a sua substância – o estudo e a custódia do saber, a custódia digo não a busca, porque é próprio do saber coisa divina, ser completo e definido desde o inicio, na perfeição do verbo que exprime a si mesmo...."

"Não há progressos, não há revoluções de períodos na história do saber, mas no máximo, continua e sublime recapitulação.."

A informação esteve cativa de universos simbólicos divinos por longos anos. Entre alforrias e prisões chegou até a época da Internet onde grande parte dos textos são liberado completos em sua linguagem natural. Mas muitos insistem em continuar operando por uma sublime recapitulação do passado.

Por não acreditar que exista uma constituição final desta área e que esta se reconstrui ao sabor das inovações técnicas, prefiro sempre lidar com a sua historiografia . É assim que dos anos 50 ao final dos anos 90 a informação conviveu com forte instrumental de gerência construindo universos particulares de linguagem, para compatibilizar a entrada e saída de documentos nos estoques..

Eram condições necessárias devido ao custo de sua organização e, também, de sua trabalhosa disponibilização e distribuição aos receptores. A informação completa era "mascarada" pela sua imagem construída em reduzidos universos simbólicos privados. Sua revelação aos usuários era encenada em uma vivência que, escondia a sua completeza.

Com a possibilidade de contar com dos grandes arquivos digitais a informação se mostra hoje completa e livre para diversas opções de acesso, contando com instrumentais de pesquisa e de opções de escolha para vasculhar seu texto inteiro.

Assim, contar a história de como se operava no passado, desde o tempo "do saber coisa divina, ser completo e definido" ou rever os grilhões do aprisionamento, quando se mostrava a imagem como uma ilusão da coisa completa, é didático e fundamental para o entendimento da evolução das práticas da área e para a formação dos seus profissionais.

Viver operacionalmente esta época na realidade atual, de plena liberdade da vozes e dos textos, é uma triste volta ao passado. Até porque,grande parte da audiência conhece a história e saberá desconsiderar esta vivência como algo que não é do presente, efetivo, real.

Eric Bana, de "Hulk", fará filme sobre bibliotecário viajante do tempo

em Folha Online
18 abril 2007

O ator australiano Eric Bana, 38, será um dos protagonistas da adaptação do romance "Time Traveler's Wife" ("A mulher do viajante do tempo", em tradução livre), de Audrey Niffnegger, informou a revista "Hollywood Reporter".

Bana, que atuou em "Munique" e "Hulk", fará o papel de um bibliotecário que tem um gene que o faz viajar pelo tempo involuntariamente. No romance, toda vez que ele é "transportado" no tempo, o bibliotecário precisa correr --inclusive arrombar lojas-- para encontrar algo com que se vestir, já que suas roupas não viajam junto.

A atriz canadense Rachel McAdams, de "Penetras Bom de Bico" ("Wedding Crashers"), deverá ser o par romântico de Bana, que vive à espera dos momentos em que o bibliotecário aparece na sua frente. A estréia do filme está prevista para 2008.

Promulgada a criação da associação de bibliotecas ibero-americanas

em Gestão C&T
9 maio 2007

Foi publicado, no Diário Oficial da União de hoje (7), decreto presidencial que promulga a Ata Constitutiva da Associação de Estados Ibero-Americanos para o Desenvolvimento das Bibliotecas Nacionais dos Países Ibero-Americanos (Abinia).

Entre os objetivos da instância, estão: a manutenção de informações atualizadas sobre as bibliotecas desses países; adoção de políticas, estratégias, normas e programas de capacitação para a preservação das coleções das bibliotecas nacionais; adoção de normas técnicas compatíveis; e apoio a programas de formação acadêmica e capacitação em serviços orientados à atualização e aperfeiçoamento dos recursos humanos das bibliotecas nacionais.

A associação é composta pela Assembléia Geral, órgão máximo, pelo Conselho de Diretores e pela Secretaria Executiva. A sede do órgão será designada pela Assembléia Geral.

Mais histórias biblioteconômicas nas telonas

Por Andreisa Caminha
em Cimema com Rapadura
4 abril 2007

Pelo visto, mais uma história em quadrinhos será adaptada para o mundo cinematográfico. O alvo da vez é "Rex Libris", HQ desenvolvida por James Turner e que já conta com sete exemplares. A Warner Bros., visando a adaptação, já contratou Mark Burton para ser responsável pelo roteiro da futura produção.

A história gira em torno de Rex Libris, um homem normal que se torna parte de uma seita secreta de bibliotecários que se esforçam à procura daqueles que não devolvem os livros e pagam multas de devolução. A trama ainda acompanha Libris, na sua constante luta para proteger o conhecimento mundial e impedir que segredos perigosos caiam em mãos erradas.

Segundo a fonte de notícias Variety, a história não pára por aí. O filme ainda trará façanhas globais dos bibliotecários, que são ajudados por um deus antigo que vive embaixo da biblioteca. Também encontram "segurança" em várias armas de alta tecnologia, sem contar com o poderoso intelecto de cada um.

A HQ "Rex Libris" é publicada pela Slave Labor Graphics. O roteirista Burton, por sua vez, já tornou-se conhecido do grande público devido ao fato de ter roteirizado algumas animações de sucesso como "Madagascar" e "A Fuga das Galinhas". Até o momento, mais informações acerca do projeto, como, por exemplo, quem está atrelado à direção ou ao elenco, não foram divulgadas.

Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa on-line

em Boletim PNLL
13 maio 2007

A Academia Brasileira de Letras disponibiliza em seu site uma versão on-line do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. O banco de dados contém os verbetes, as respectivas classificações gramaticais e outras informações conforme descrito no Formulário Ortográfico. Organizado pela ABL, o Vocabulário Ortográfico determina a grafia de mais de 360.000 registros lexicais.

Democratizando a literatura acadêmica

em Boletim PNLL
13 maio 2007

O Projeto IEC/IPES: Democratizando a Literatura Acadêmica, tem por objetivo ampliar e renovar o acervo das bibliotecas do Instituto Ecológico e Cultural Martins Filho e do Instituto José Marrocos de Pesquisa e Estudos Sócio Culturais, no Ceará. Com as bibliotecas reequipadas, professores e alunos, assim como a comunidade em geral, ganham um espaço para a pesquisa, leitura e socialização de conhecimentos em História, Sociologia, Antropologia, Cultura e Ecologia.

Acesso livre à produção científica

O Deputado Rodrigo Rollemberg protocolou, no último dia 23 de maio de 2007, oprojeto de lei, PL 1120/2007. Este PL trata do processo de disseminação daprodução técnico-científica do Brasil e dá outras providências.

O PL propõe em seu artigo primeiro que todas as instituições de ensino superior,de caráter público, assim como as unidades de pesquisa, fiquem obrigadas aconstruir os seus repositórios institucionais.

Cabe aos atores da comunidade científica, o papel de continuar a sensibilizar,esclarecer e promover o acesso livre no país. Vamos todos lutar para aaprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de Lei nº 1120/2007.

Vamos acelerar a tramitação do PL 1120/2007, assinando a petição noendereço:
http://www.petitiononline.com/PL1120/petition.html

A sua assinatura contribuirá para agilizar o encaminhamento do PL 1120/2007.Se quiser conhecer o inteiro teor do referido PL, visite o site:
http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=352237.

Site envia trechos de livros para aparelhos móveis

Por Reuters
em Terra Tecnologia
23 maio 2007

Nunca teve tempo de ler Moby Dick e quer algo mais respeitável para ler do que spam em seu Blackberry a caminho do trabalho? Um novo site está oferecendo um serviço que envia clássicos da literatura na forma de pequenos trechos para computadores de mão ou por email a cada manhã, antes dos usuários saírem para o trabalho, ou no horário que eles preferirem, gratuitamente.

Os emails do dailylit foram concebidos para oferecer tempo de leitura inferior a cinco minutos. A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Julio Verne, está dividido em 82 partes, enquanto Anna Karenina, de Leon Tolstói, dividido em 430 partes, pode levar quase dois anos, em termos de dias de trabalho.

"Nossa audiência inclui pessoas como nós, que passam horas todos os dias enviando e recebendo emails, mas não encontram tempo para ler livros", disse Albert Wenger, co-fundador do DailyLit.

A empresa começou a operar em maio, com uma lista de cerca de 370 títulos, em sua maioria clássicos. Wenger disse que 50 mil pessoas assinaram o serviço, registrando mais de 75 mil títulos.

Já que os livros estão em domínio público, a empresa pode oferecê-los de graça, mas planeja se expandir e começar a cobrar uma taxa por títulos mais recentes, licenciados por grandes editoras, dentro de quatro ou cinco semanas. Os emails não contêm publicidade e o faturamento da empresa dependerá das taxas de assinatura, compartilhando a receita com as editoras.

"Nossa idéia é cobrar menos de cinco dólares por título", disse Susan Danziger, mulher de Wenger e também co-fundadora do site, que trabalhava para a editora Random House, em entrevista telefônica na terça-feira.

"As editoras gostam da idéia porque oferece um novo formato que elas ainda não exploraram", disse Danziger, acrescentando que estava negociando com editoras o lançamento de trechos de livros ainda inéditos, como forma de atrair o interesse de leitores.

A Berlitz, uma especialista em ensino de idiomas, é uma das cinco empresas que já fecharam acordo com o DailyLit, e em breve estará oferecendo aulas de idiomas estrangeiros em porções de cinco minutos.

Internet do futuro começa a ser desenvolvida

em Inovação Tecnológica
29 maio 2007

Um gênio lhe aparece e permite que você faça três pedidos, com a única condição de que seus desejos digam respeito à Internet e que possam ser incorporados à rede mundial. O que você pediria? Maior segurança nas compras online? Proteção total contra crackers e invasores de toda espécie? Ou talvez aplicações completamente novas que facilitem sua vida?

INTERNET DO FUTURO

Mesmo nos mundos virtuais, contudo, os gênios ainda não conseguem atender a pedidos dessa natureza. Mas uma equipe de pesquisadores está criando uma plataforma de desenvolvimento que poderá finalmente permitir que pesquisadores e visionários em geral testem suas idéias em um ambiente que praticamente equivale ao ambiente real da Internet.

O projeto foi batizado de GENI - "Global Environment for Network Innovations", ou Ambiente Global para Inovações de Rede - e permitirá o desenvolvimento e teste de projetos, conceitos e programas que deverão, no mínimo, influenciar como será a Internet no decorrer do século XXI.

"O projeto GENI dará aos cientistas um quadro branco sobre o qual eles poderão imaginar uma Internet completamente nova que poderá ser materialmente diferente do que é hoje. Nós queremos garantir que esse próximo estágio de transformação seja guiado pelo melhor da ciência de redes, dos projetos, da experimentação e da engenharia," diz o coordenador do projeto GENI, Chip Elliott.

LABORATÓRIO DA INTERNET

A primeira etapa do projeto deverá durar quatro anos e reunirá especialistas das áreas de rede, sistemas distribuídos, ciber-segurança e redes ópticas. O "laboratório de pesquisas" será formado por um link óptico, sistemas de transmissão, armazenamento, clusters de processadores e subredes sem fio, tudo espalhado por vários pontos dos Estados Unidos.

O programa de gerenciamento do projeto GENI permitirá que os diversos projetos em desenvolvimento sejam rodados em "fatias" desse substrato. Isso significa que os pesquisadores poderão testar conceitos radicalmente novos, sem nenhum compromisso com a atual estrutura da Internet, nem mesmo quanto a protocolos de comunicação.

O projeto também permitirá que usuários finais participem nos testes e avaliações dos novos conceitos em ambientes reais de operação.

Enciclopédia quer listar todas as espécies vivas na Web

Por AP
em Estadão.com.br
9 maio 2007

Uma nova iniciativa pode criar uma enciclopédia online com dados de todas as espécies vivas da Terra. A chamada EOL (Encyclopedia of Life, ainda não ativa) deve listar toda a informação conhecida sobre organismos vivos, listando de plantas a animais, passando por microorganismos.

Numa primeira fase, o projeto deve listar dados 1,8 milhão de espécies. O projeto, que terá a cooperação de centros de pesquisa e universidades em todo o mundo, deve consumir US$ 100 milhões em investimentos e, quando pronta, deve listar 8 e 10 milhões de verbetes.

Quando pronta, a enciclopédia online terá descrições, fotos, mapas, vídeos, sons e links para publicações científicas e até a descrição do genoma das espécies (quando mapeado), fornecendo dados de forma customizada para pesquisas escolares ou para biólogos profissionais.

Segundo as projeções iniciais, o novo banco de dados deve consumir 10 anos para ficar pronto. "Será como um zôo interativo", disse James Edwards, coordenador do projeto e que atualmente gerenciam um sistema de informações globais sobre biodiversidade.

LG e Philips mostram novo papel eletrônico colorido

Por Alexandre Barbosa
em Estadão.com.br
16 maio 2007

A joint-venture entre a holandesa Philips e a coreana LG anunciou uma nova versão de papel eletrônico colorido. A tela atual tem o tamanho de uma folha de papel de tamanho A4 e é capaz de exibir imagens com até 4096 cores diferentes.

A tela usa tecnologia similiar à desenvolvida pela E-Ink, e o novo ´papel eletrônico´ é flexível e ainda apresenta ângulo de visualização de 180º. A nova técnica usa um sistema similar ao utilizado pelas versões preto e branco desta tecnologia.

Nela, uma série de microesferas bicolores (branco de um lado, preto do outro) é colocada em uma matriz e, de acordo com impulsos elétricos ordenados, cria imagens PB ´girando´ as esferas desejadas até formar a imagem final, seja ela uma foto ou texto simples.

Na versão colorida, a evolução se dá pelo emprego de um substrato que ordena transistores em meio a uma camada metálica condutora, com mais resolução, já que há mais unidades formadoras de imagens comprimidas num espaço menor. Um filtro permite ao substrato exibir imagens coloridas.

Como as versões PB do papel eletrônico, o novo e-paper da LG.Philips só utiliza carga elétrica quando forma uma nova imagem.

Pesquisa indica aumento da censura estatal na internet

Por EFE
em Estadão.com.br
17 maio 2007

Vinte e seis de um total de 41 países de diversas partes do mundo estudados bloqueiam ou filtram os conteúdos de internet, segundo um relatório mundial publicado nesta quinta-feira pela aliança universitária OpenNet Initiative.

"O estudo mostra que a censura na internet está crescendo no mundo todo", diz John Palfrey, diretor-executivo do Centro Berkman da internet e professor de Direito na Universidade de Harvard (EUA). "O filtro e a vigilância pela internet podem erodir gravemente as liberdades civis e a privacidade e asfixiar as comunicações globais", acrescenta.

Os autores citam entre os motivos principais para censurar informações a política (são filtradas ou bloqueadas informações dos grupos de oposição), normas sociais (também os conteúdos considerados ofensivos), e a segurança nacional (portais de grupos radicais ou separatistas).

Segundo o relatório, cada vez mais países aderem a essas práticas de censura, caracterizadas por uma sofisticação crescente. O Irã, a China e a Arábia Saudita não só filtram material de vários tipos, mas também bloqueiam inúmeros conteúdos.

A Coréia do Sul é um caso interessante pois quase não pratica a censura em geral, exceto quando se trata da Coréia do Norte, observa o relatório.

Outros países que se dedicam substancialmente ao "filtro político" de informações na rede são a Birmânia, a Síria, a Tunísia e o Vietnã. Arábia Saudita e Iêmen também realizam muita censura relacionada a normas e hábitos sociais.

Birmânia, China, Irã, Paquistão e Coréia do Sul são os países pesquisados que mais bloqueiam as notícias relacionadas com a segurança nacional. Os alvos principais de seus Governos são portais de extremistas, separatistas ou relacionados com disputas fronteiriças.

Por outro lado, não foi detectado censura de internet em outros países, entre eles Venezuela, Nepal, Malásia, Zimbábue, Israel, Afeganistão e Egito, assim como a Cisjordânia e Gaza, em alguns dos quais os pesquisadores pensavam encontrar algum tipo de filtrado.

A OpenNet Iniciative, autora do estudo, é fruto da colaboração das universidades inglesas de Cambridge e Oxford, a americana de Harvard e a canadense de Toronto.

Google vai digitalizar 800 mil livros de universidade indiana

Por EFE
em Estadão.com.br
21 maio 2007

Pelo menos 800 mil livros e manuscritos da Universidade indiana de Mysore, incluindo os primeiros tratados políticos indianos, do século IV antes de Cristo, serão digitalizados pela empresa americana Google, informou neste domingo, 20, uma fonte do centro.

"Temos cerca de 100 mil manuscritos escritos em papel e sobre folha de palma, alguns deles do século VIII. O esforço é restaurar e preservar esta herança cultural para divulgar o conhecimento", disse em à agência indiana Ians o vice-reitor da Universidade, J. Shashidhara Prasad.

Segundo Prasad, o Google se ofereceu para digitalizar os manuscritos, assim como cerca de 700 mil livros, sem a necessidade de pagamento, mas obtendo, em troca, livre acesso às obras.

Fundada no ano de 1916, a Universidade de Mysore é um dos principais centros acadêmicos da Índia, com cerca de 55 mil estudantes

Google cria tecnologia para fazer Web funcionar offline

Por Reuters
em Estadão.com.br
31 maio 2007

O Google anunciou na quarta-feira ter criado um software baseado na Web que funciona tanto online quanto offline, o que representa uma enorme mudança para o setor de internet, ao permitir que usuários trabalhem em trens, aviões, locais com conexão de baixa qualidade e até mesmo em regiões muito remotas.

A tecnologia, chamada Google Gears, permite que usuários de computadores, celulares e outros aparelhos manipulem serviços de Web como e-mail, agendas online ou leitores de notícias tanto online quanto por meio de conexões intermitentes com a Web ou completamente offline.

Ao eliminar a brecha entre os novos serviços via Web e o velho mundo de software para computadores de mesa, no qual quaisquer mudanças eram armazenadas localmente, nas máquinas de cada usuário, o Google está levando a Web a esferas de atividade completamente novas e oferecendo desafio à rival Microsoft, a líder na era do software para desktops.

"A Web é excelente, mas não funciona muito bem se a pessoa não tiver uma conexão", disse Jeff Huber, vice-presidente de engenharia do Google, em entrevista. "O Gears elimina uma brecha na funcionalidade da Web."

O Google planeja tornar a tecnologia Gears disponível gratuitamente como software de código-aberto, o que significa que outros programadores poderão usar e aperfeiçoar o sistema em seus produtos.

O Gears promete ampliar o uso de dezenas de produtos e serviços do Google, bem como de milhares de programas de produtores independentes, ao torná-los mais acessíveis em locais e horários antes inconvenientes.

A tecnologia também permite que os criadores de software incorporem buscas e indexação de páginas da Web aos seus próprios aplicativos, segundo Huber.

Muitos desses produtos serão capazes de realizar buscas limitadas offline, já que, quando conectados, terão baixado dados automaticamente. As funções plenas de busca do Google voltam a estar disponíveis quando o usuário retomar a conexão com a Internet.

De acordo com o Google, os primeiros parceiros a usar o Gears incluem a líder no software para design Adobe Systems, a Opera, da Noruega, produtora de um browser popular para celulares; e a Mozilla, que desenvolve o browser Firefox, a mais séria alternativa ao Internet Explorer, da Microsoft.

Microsoft vai melhorar ferramentas para busca de livros

Por Reuters
em Estadão.com.br
1° junho 2007

A Microsoft anunciou na quinta-feira que irá oferecer capacidade melhorada de busca de livros protegidos por direitos autorais na internet, em sua batalha contra o Google pelas verbas publicitárias destinadas a serviços de internet.

A Microsoft anunciou ter recebido permissão de dezenas de editoras, entre as quais Cambridge University Press, McGraw-Hill e Simon & Schuster, subsidiária da CBS, para usar os títulos sobre os quais elas detém direitos autorais.

As mudanças no serviço Live Search Books surgem meses depois que a Microsoft atacou o Google pelo que definiu como "atitude desrespeitosa" quanto à proteção de direitos autorais, em serviços como o Google Book Search.

A principal produtora mundial de software alegou que o ambicioso plano do Google para digitalizar milhões de palavras publicadas e torná-las disponíveis via sistema de buscas sem obter autorização prévia dos detentores de direitos autorais poderia abrir as portas a imensas violações.

O Live Search Books da Microsoft é parte do serviço online Live, cujo objetivo é reforçar o domínio da empresa no setor de software para computadores por meio de um conjunto de ofertas de serviços que rivalizem com os do Google, na Web. Ambas as empresas pretendem ganhar dinheiro com seus serviços online por meio de publicidade.

A Microsoft anunciou que o Live Search Books agora incluiria um sistema de contagem que informaria ao leitor quantas páginas restavam da cota que ele está autorizado a ler sem pagar, bem como ferramentas que permitiriam que as pessoas realizassem buscas em livros mais facilmente e sem o uso de termos de busca.

O painel de previsão incluirá uma reprodução da capa, um resumo e o sumário do livro, e o sistema oferecerá links que permitirão que os leitores adquiram os títulos junto a serviços de varejo online ou editoras.

Pesquisas em alta velocidade

em Agência FAPESP
15 maio 2007

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) inaugurará no fim de maio, em Belém, a primeira rede óptica metropolitana para educação e pesquisa no Brasil – a Metrobel.

Até o fim de 2008, a meta é implantar pelo menos uma rede similar em cada estado da federação. Desenvolvido e executado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), o projeto da MetroBel, piloto da iniciativa das Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep), contou com R$ 1,3 milhão de investimentos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O objetivo da Redecomep é implantar redes ópticas metropolitanas de alta velocidade para as instituições de ensino superior e pesquisa em todo o país, ampliando a capacidade e a qualidade das conexões para a integração da comunidade acadêmica ao backbone da RNP. A iniciativa proporcionará o desenvolvimento e a utilização de aplicações avançadas e inovadoras, aumentando a colaboração entre universidades e centros de pesquisa.

Segundo a RNP, a Redecomep tem como premissa estimular o uso de fibras ópticas próprias na construção das redes metropolitanas. Em termos financeiros, são duas as vantagens: redução das despesas com infra-estrutura de comunicação e possibilidade de expansão da capacidade da rede de forma virtualmente ilimitada.

Para facilitar a implantação das redes ópticas, a Redecomep promove a formação de parcerias com empresas que possuem infra-estrutura física ou direitos de passagem (como é o caso das empresas distribuidoras de energia elétrica).

Contando com uma rede de 52 quilômetros de extensão, a MetroBel conecta 12 instituições de ensino e pesquisa ao backbone da RNP. O projeto MetroBel conta com recursos do CT-Amazon - Fundo Setorial da Amazônia, com financiamento da Finep. Foi elaborado com apoio da RNP, a partir de mobilização local por melhores condições de conectividade.

Semi-Árido ganha museu

em Agência FAPESP
17 maio 2007

O Museu Interativo do Semi-Árido (Misa) foi inaugurado na terça-feira (15/5), no campus da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba. Trata-se de uma iniciativa da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB), por meio do Programa de Estudos e Ações para o Semi-Árido (Peasa) da UFCG.

Segundo os idealizadores, a proposta do museu não é apresentar o passado, mas sim mostrar peculiaridades da região do Semi-Árido e permitir que os visitantes possam interagir com a vida e a beleza de algumas das espécies vegetais, os traços característicos do povo do sertão, sua cultura, seus costumes, seus artefatos e seus artesanatos. Serão organizadas também exposições itinerantes para percorrer municípios do Semi-Árido da Paraíba e de outros estados do Nordeste.

“Nossa expectativa é que o Misa estimule a população das áreas urbanas a conhecer melhor, a admirar, a respeitar e a valorizar a cultura do povo e as belezas naturais da região semi-árida, que, muitas vezes, só se apresenta na mente das pessoas como inóspita e sem perspectiva, por causa da seca, da miséria, da fome e da desertificação”, disse Vicente Araújo, coordenador-geral do Peasa/UFCG, durante a cerimônia de inauguração na reitoria da UFCG.

O Misa conta com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Prefeitura de Campina Grande, do Sistema Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).