28 agosto 2006

Vídeo mostra como funciona o papel eletrônico

Por Larissa Januário
em WNews
28 agosto 2006


O site Plastic Logic, empresa inglesa desenvolvedora do papel eletrônico, exibe um vídeo de como será o jornal do futuro. Formado por circuitos eletrônicos adaptados ao plástico impresso, o epaper é considerado pelos criadores uma alternativa aos jornais atuais.

Segundo o vídeo, o papel eletrônico é como um display flexível e permite que o conteúdo visto na tela seja atualizado rapidamente. Além disso, o filme faz um comparativo entre o epaper e um monitor de LCD (Crsital Líquido) de um laptop . Enquanto o papel eletrônico não sofre abalos por levar sapatadas, a tela do notebook aparece trincada. Em outra tomada, o vídeo compara o peso de um jornal impresso com o do papel eletrônico. Enquanto o primeiro pesa aproximadamente 375 g, o segundo fica por volta dos 62 g.


BELGAS JÁ USAM E-JORNAL

Desde abril deste ano o jornal "De Tijd", da Bélgica, oferece a versão eletrônica da publicação, conforme adiantado pelo WNews. Pela bagatela de 400 euros, cerca de 200 assinantes recebem o e-jornal. Para utilizar o equipamento todos os dias o leitor tem de conectar o e-jornal a um dispositivo portátil com acesso à Internet e baixar o conteúdo atualizado. A atualização inclui imagens e sons e pode ser feita várias vezes ao dia e de forma automática se o leitor tiver acesso wireless.

A tecnologia do papel digital, desenvolvida pela E-Ink Corporation do Media Lab do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), reproduz textos por meio da eletrização de elétrons na sua tela branca. O dispositivo gasta pouca energia, 100 vezes menos que um monitor portátil e permite leitura em diferentes variações de iluminação, como em ambientes abertos ou fechados. Com capacidade de armazenamento de 244 MB o e-jornal oferece, em até um mês, todas as edições do jornal e mais 30 livros.

China encerra 100 sites por desrespeito ao direito autoral

Por France Presse
em Folha Online
21 agosto 2006

A China encerrou mais de 100 sites por infringirem os direitos autorais desde a entrada em vigor de uma nova lei no país, no dia 1º de julho. Os endereços incluem os sites de download gratuito de filmes e músicas, segundo informou a agência de notícias Xinhua.

O governo instituiu a lei para conter o número crescente de downloads sem a autorização do titular do direito autoral. Sob a nova regulamentação, qualquer pessoa que quiser baixar textos, músicas e vídeos na internet, precisa ter permissão dos donos do direito autoral e ainda pagar uma taxa. Não foram revelados detalhes sobre os sites que foram fechados, mas alguns devem ser processados, divulgou a Xinhua.

UE pede que países digitalizem patrimônio cultural

Por ANSA
em Folha Online
25 agosto 2006

A Comissão Européia recomendou nesta sexta-feira a todos os Estados membros da UE (União Européia) que procurem disponibilizar com rapidez seu patrimônio cultural de forma digitalizada, para respeitar o objetivo de criar até 2010 uma biblioteca digital que conte com um arcevo de pelo menos 6 milhões de obras.

Por meio da colaboração entre público e privado, os vários Estados deverão disponibilizar na rede o conteúdo em formato digital e "agir em vários setores, das temáticas ligadas aos direitos autorais à conservação sistemática dos conteúdos digitais, para garantir o acesso a longo prazo de tal material", lê-se em um comunicado da Comissão da UE.

Até agora, está disponível em formato digital apenas um pequeno percentual do patrimônio cultural dos Estados membros. "O nosso objetivo é criar uma verdadeira biblioteca digital européia que constitua um ponto de acesso plurilingue aos recursos culturais europeus em formato digital", declarou Viviane Reding, Comissária responsável pela Sociedade da Informação e dos Media.

Dessa forma, praticamente todos os arquivos, museus e bibliotecas européias, que sozinhas reunem cerca de 138 milhões de obras registradas, poderão coligar seu conteúdo digital à biblioteca digital européia, que disponibilizará o material a todos os cidadãos do mundo.

Jornais se reinventam na web

Por Renato Cruz
em O Estado de S. Paulo
26 agosto 2006

Quem matou os jornais impressos?”, pergunta a capa da edição mais recente da revista The Economist. Resposta: a internet. Na verdade, a morte ainda não aconteceu. Nem ninguém espera que aconteça de uma hora para outra. Mas a migração de leitores e de anúncios do meio impresso para o eletrônico é um fenômeno que já deixa marcas profundas no mercado de comunicação, aqui e em outros países.

“De todos os meios ‘antigos’, os jornais são os que têm mais a perder para a internet”, aponta a revista. “A circulação tem caído nos Estados Unidos, na Europa ocidental, na América Latina, na Austrália e na Nova Zelândia (nos outros lugares, as vendas sobem).” No Brasil, a circulação média diária de jornais, que estava em 7,883 milhões no ano 2000, passou para 6,789 milhões em 2005, uma queda de 13,9%, segundo a Associação Nacional de Jornais (ANJ). A Economist cita o livro The Vanishing Newspaper, em que Philip Meyer calcula que o jornal impresso acabará nos Estados Unidos no primeiro trimestre de 2043, “quando o último leitor cansado colocar de lado a última edição amarrotada”.

Na verdade, assim como os leitores e os anúncios, os jornais migram para a rede mundial. O difícil é encontrar a estratégia certa para isso. “A salvação para o jornal impresso é a própria web - que muitos acusam de matá-lo. O futuro dirá...”, escreve Eliana, leitora de um blog no Portal Estadão, comentando o tema. Ainda não se vêem muitos jornais fechando, mas os empregos já desaparecem. De acordo com a Newspaper Association of America, citada pela revista, o total de empregados do setor caiu 18% entre 1990 e 2004.

A Economist destaca um caso de sucesso. As operações de internet da norueguesa Schibsted responderam por 35% do lucro operacional da empresa no ano passado. Há cinco anos, eram deficitárias. A Schibsted aproveitou o prestígio de suas marcas do mundo impresso para criar os dois sites de maior audiência na Escandinávia. Ela também criou novas marcas, como o serviço de buscas Sesam e o portal de anúncios Finn.no. Ano passado foi o melhor da história da empresa em receitas e lucros.

A Schibsted, no entanto, é exceção no mercado mundial. O modelo tradicional dos jornais, de vender leitores aos anunciantes, não pode ser transportado diretamente à internet. Os classificados migram rapidamente para a internet. A consultoria iMedia prevê, segundo a revista, que um quarto dos classificados impressos vai migrar para o mundo digital nos próximos 10 anos. A participação dos jornais no mercado mundial de publicidade caiu de 36% em 1995 para 30% em 2005. Mais cinco pontos porcentuais devem ser perdidos até 2015.

O problema é que o valor do internauta para o anunciante não é o mesmo que do leitor do impresso. A Economist cita estimativa de Vin Crosbie, da consultoria Digital Deliverance, para quem os jornais precisam de 20 a 100 leitores online para compensar a perda de somente um leitor do impresso. As pessoas lêem menos páginas na internet que no jornal de papel. Além disso, é muito mais fácil de qualificar o assinante que o internauta, muitas vezes um leitor casual, trazido por um mecanismo de busca.

A experiência mundial mostra a necessidade de adaptar o conteúdo. Em tempos de internet, o leitor estaria mais interessado em informações que melhorem a sua vida pessoal e no noticiário local. “Eles normalmente querem mais dos nossos suplementos de casa e cozinha e menos Hezbollah e terremotos”, afirma à Economist Marcelo Rech, editor do Zero Hora, sobre uma pesquisa diária com leitores.

Além da migração para a internet, os grupos tradicionais enfrentam o fenômeno dos jornais gratuitos. A sueca Metro International, pioneira deste mercado, estima que são impressas 28 milhões de cópias por dia de jornais gratuitos. Na Europa, eles já respondem por 16% da circulação.

Museu da Inconfidência reabre após reformas

em O Estado de S. Paulo
23 agosto 2006

Foi reaberto ontem ao público o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto (MG). Criado há 62 anos, com a instalação do panteão dos inconfidentes na antiga Casa de Câmara e Cadeia da cidade, o museu passou pela primeira vez por uma reformulação, que durou três anos e custou R$ 3,1 milhões. O museu ganhou nova exposição sobre a importância histórica da então Vila Rica e a constituição do primeiro núcleo urbano adensado do País, fundamental para o surgimento do movimento contra a dominação portuguesa.

Google Books ganha versão brasileira, a Pesquisa de Livros

Por Alexandre Barbosa
em Estadão.com.br
24 agosto 2006

O site de buscas Google iniciou nesta semana uma versão brasileira do Google Books, projeto polêmico em que o site disponibiliza versões digitalizadas de textos. Chamado de Pesquisa de Livros, a ferramenta possibilita procurar em textos em português por palavras-chave, a exemplo do que acontece na internet. Embora com livros digitalizados, os dados fazem parte de uma base comum do projeto Google Books e que já tem versões em diversos idiomas.

A empresa não divulgou qual é a quantidade nem quais são os livros em português disponíveis no serviço mas seguirá o mesmo modelo adotado nos EUA, em que são feitas parcerias com bibliotecas e editoras para a digitalização de livros. Os resultados das buscas trazem a reprodução de um número limitado de páginas das obras e, no caso de obras em catálogo, links para livrarias online.

O projeto, no entanto, é visto com desconfiança por parte dos grupos editoriais brasileiros, que temem a digitalização de conteúdos por achar que este processo facilita a pirataria. Como fonte de receita nos livros, o Google pode mostrar anúncios de texto no pé da página da versão digital dos livros, caso seja do interesse do editor, que recebe metade da receita gerada pelos cliques. Não há custo para o editor. Essa é a parte do projeto para livros sob direito autoral.

EUA testa novo serviço de jornalismo participativo na web

Por Alexandre Barbosa
em Estadão.com.br
28 agosto 2006

O grupo responsável pelo jornal norte-americano Los Angeles Daily News estreou hoje um novo projeto de jornalismo colaborativo, o Valleynews.com. O site permite a usuários cadastrados escrever e postar notícias acompanhadas de fotos, além de montar blogs.

A idéia é que os usuários façam a cobertura voluntária com a perspectiva de fatos e eventos que aconteçam em seus bairros. A equipe de coordenação responsável pelo endereço irá decidir entre as histórias publicadas quais irão para a página principal do site.

O experimento também é uma tentativa de criar um novo modelo de negócios com notícias, indo além da publicação em papel. A partir do dia 5 de outubro, o grupo também irá publicar as melhores histórias dos jornalistas-internautas em cadernos de edições regionais impressas (regiões norte, sul, leste e oeste de San Fernando Valley, e outras regiões como Burbank, Glendale, Santa Clarita e Antelope Valley.

Acesso livre ao conhecimento

em Agência FAPESP
22 agosto 2006

A comunidade científica mundial acaba de ganhar uma boa notícia com a ampliação do acesso gratuito e irrestrito a periódicos de alta qualidade. Foi lançado nesta segunda-feira (21/8), no Reino Unido, o BioMed Central, criado em 2000 e considerado um dos maiores portais, em termos de acesso aberto, em biomedicina. São mais de 160 periódicos, muitos com altos fatores de impacto.

No Open Acess Central também está presente o novo Chemistry Central, com o conteúdo completo de, por enquanto, cinco periódicos. Nos próximos meses um terceiro subportal será colocado em funcionamento, para abrigar revistas voltadas para os universos da física e da matemática.

Em todos os casos, as revistas disponibilizadas obedecem a critérios de avaliação por pares, o que torna o material publicado mais qualificado.

Sobre o bibliotecário

Por Lucília Maria Sousa Romão
em Gazeta de Ribeirão
24 agosto 2006

Um rápido olhar sobre a história da escrita e das bibliotecas é capaz de revelar a dimensão do passeio humano pelos caminhos de expressão, da tentativa de guarda e estocagem da memória. Mobilizando barro, cera, papiros, pedra, metal e couro animal, uma trilha de interpretações foi percorrida em suportes diversos, sinalizando a ilusão de que o tempo e o espaço poderiam ficar ali encapsulados. Deriva daí a superfície de um imaginário de suposto prestígio, dessa tarefa de preservar pensamentos para além do tempo de vida de seus atores e protagonistas.

O investimento humano na construção desses espaços é determinado por relações sociais, em que os lugares de posse eram reservados a determinados círculos, fechados e dominantes, posto que não eram todos que dispunham de autorização e poder para adentrar o mundo dos livros e dos acervos. A base de sustentação de tais círculos só pode ser compreendida na distribuição desigual de saberes e poderes. Apenas alguns eleitos debruçavam-se sobre os materiais guardados, assim, a marca de pertencimento a determinado grupo ou classe social era a senha para o acesso ao espaço físico e imaginário da leitura. A biblioteca, local já falado no Egito como: "O tesouro dos remédios da alma", não se apresentava aberta aos escravos, plebeus e analfabetos; também não guardava todo e qualquer documento. Algumas obras eram "escolhidas", pelo bibliotecário, para ocupar espaço nas estantes, institucionalizando, assim, a importância delas, ao mesmo tempo em que se excluíam outras obras, tidas como indesejáveis e, assim, merecedoras de um apagamento.

Pergunta-se: qual processo político define tal tarefa de selecionar? Como relações sócio-históricas estabelecem esse movimento de dar visibilidade a certos livros e não a outros? O que leva o profissional a identificar o lugar exato dos livros, tratado-os como importantes e merecedores de crédito, prontos a deitarem-se sob estantes das bibliotecas e integrarem acervos, enquanto outros livros são considerados menos valiosos? Tais questões sinalizam o processo sócio-histórico de saberes e poderes, que define o que pode e/ou deve ser guardado; o que merece persistir como vestígios do tempo para as gerações vindouras e quais escritos que devem ser destinados ao lodo do esquecimento.

Esse movimento basculante de guardar (e esquecer) livros constitui um exercício reflexivo que vai bem além do trabalho técnico de catalogar, indexar e afixar códigos e organizar acervos, visto que reclama a compreensão o que está nas bordas desse fazer, isto é, a interpretação de processos e não apenas de produtos. Exige também que, além de olhar, ler e conferir o que está escrito nas lombadas dos livros, eles sejam abertos e vasculhados em suas reentrâncias, opacidades e deslimites. Entretanto, o mais recorrente é o esquecimento desses fazeres e o aprisionamento do bibliotecário à tarefa de manter a ordem, resguardar o silêncio, conferir entradas e saídas, domesticar o uso e assumir o lugar de bedel das obras, enfim, um guarda a garantir a guarda do acervo. Há indícios de que, nos últimos vinte anos, vários profissionais têm buscado assumir novos sentidos, deslocando-se dessa posição e enunciando de outra forma, embora tais mudanças ainda sejam tímidas.

Boato do bem

Por Mônica Bergamo
em Folha de S. Paulo
24 agosto 2006

Circula, há cerca de dois meses, um e-mail dizendo que o site www.dominiopublico.gov.br irá sair do ar por falta de acessos. O boato é falso, mas ajudou o crescimento do portal. Em julho, houve 210 mil cliques a mais que em junho. O número é mais que o triplo do crescimento do mês anterior, quando o e-mail não circulava. As mensagens enviadas ao portal dobraram desde a divulgação do falso e-mail. Das cerca de 1.300 mensagens, 20% são relativas ao "fim do site".

22 agosto 2006

A informação é um espaço linear ou anárquico

Por Aldo de Albuquerque Barreto
22 agosto 2006

A socióloga holandesa Saskia Sassen, professora da Universidade de Chicago, EUA, profere a palestra de abertura do Seminário Internacional sobre "Desenvolvimento em questão", a realizar-se no Rio, neste final de agosto. O evento é promovido pelo IBICT e pela UFRJ.

A profssora Sassen doutora em sociologia tem visões fortes sobre as configurações da informação. Em entrevista ao Jornal da Ciência Impresso nº 581 de agosto de 2006 define a informação como:

"A informação é um espaço linear ou anárquico. O conhecimento tem uma arquitetura conceitual, e sabe disso - a refletividade do conhecimento."

Considera, a socióloga, um aspecto critico da idade contemporânea a "Era do Caos no universos da Informação".

Continua informando a professora: "Boa parte do que chamamos de informação e conhecimento foi produzida a partir de instrumentos culturais específicos, especialmente do Ocidente europeu. ....... no relacionamento da informação e o conhecimento com a inovação os grupos sociais, os povos, os setores de uma sociedade, cada um tem culturas e práticas que, em medidas variáveis, podem ser também transferidas ao espaço informático."

"Isso seria para mim um primeiro passo crítico: detectar e usar o que já existe - transformar certas práticas em capacidades informáticas. A questão do acesso às tecnologias e à competência técnica pode fluir daí. Começar pelo ensino de como usar os computadores e pensar que nisso está o potencial é realmente partir da cultura técnica que mencionei antes. Há que recuperar as capacidades e os conhecimentos que já estão ali e ver como podem ser transformadas em capacidades informáticas, em capital informático se o objetivo é maximizar o uso e a utilidade de tais tecnologias."

Fonte: fragmentos da entrevista da Dra. Sassen no Jornal da Ciência Impresso nº 581 de agosto de 2006. A entrevista deve ser lida em seu todo, pois é uma longa entrevista.


NOTA DO AUTOR

Não concordo com a definição de informação colocada acima. Creio que a informação pode estar em um espaço linear mais pode, também, estar em uma trajetória vagante e livre de textos entrelaçados e direcionados ao infinito. Ser um percurso de passos delirantes, sem destino certo ou explicações fáceis; um percorrer de labirintos de medusas entrelaçadas, mais sem anarquia ou caos. A informação institucionalizada é coerente e organizada.

Também não acredito quer que o computador e a cultura técnica, fatores intermediários na introdução do novo, resolverão o problema da inovação em contextos como o nosso. A apropriaçãodo conhecimento que pode gerar a difusão da inovação na sociedade está baseada no início detudo: no indivíduo e sua competência em assimilar a informação para proveito próprio e depois para disseminar na sua comunidade de convivência.

21 agosto 2006

Os 15 sites que mudaram a cara do mundo, segundo jornal britânico

Por Tatiana Schnoor
em WNews
17 agosto 2006

Considerados como fenômenos da Internet, os sites e-Bay, Yahoo!, Drudgereport e YouTube fazem parte da lista das 15 páginas web mais influentes da Internet nos últimos 12 anos. Elas foram consideradas importantes porque ajudaram a revolucionar a forma como vivemos, como fazemos compras, como ouvimos música , entre outros costumes. A seleção foi feita pelo jornal inglês The Observer.

Os primeiros colocados da lista são o eBay, que foi fundado em 1995, por Pierre Omidyar, em segundo está uma enciclopédia online wikipedia.com, fundada em 2001, por Jimmy Wales, e em terceiro está o napster.com, fundado em 1999, por Shawn Fanning. Confira a lista completa abaixo que mostra o nome do site, o ano de fundação e o responsável pelo negócio.

eBay.com - 1995 - Pierre Omidyar;
wikipedia.com - 2001 - Jimmy Wales;
napster.com - 1999 - Shawn Fanning;
youtube.com - 2005 - Chad Hurley, Steve Chen y Jawed Karim;
blogger.com - 1999 - Evan Williams;
friendsreunited.com - 1999 - Steve y Julie Pankhurst;
drudgereport.com - 1994 - Matt Drudge;
myspace.com - 2003 - Tom Anderson y Chris DeWolfe;
amazon.com - 1994 - Jeff Bezos;
slashdot.org - 1997 - Rob Malda;
salon.com - 1995 - David Talbot;
craigslist.org - 1995 - Craig Newmark;
google.com - 1998 - Larry Page y Sergey Brin;
yahoo.com - 1994 - David Filo e Jerry Yang;
easyjet.com - 1995 - Stelios Haji-Ioannou.

Coleções particulares e inusitadas viram museus

Por Shaonny Takaiama
em O Estado de S. Paulo
19 agosto 2006

Alguns paulistanos são tão apaixonados por suas profissões ou hobbies que, para preservar a memória de um ofício ou de um tema, criam verdadeiros museus. E colocam todas a relíquias e muitas curiosidades à disposição do público.

Segundo a São Paulo Turismo, há 69 museus na cidade, entre públicos e privados. "Os particulares são muito importantes para a história da cidade porque ajudam a preservar a cultura", diz Cristina Coelho Rocha, museóloga da Prefeitura.

Quem se interessa pela história do relógio, por exemplo, pode ver a evolução desse objeto no Museu do Relógio, que reúne 700 peças. Fundado em 1950, é fruto da coleção pessoal de Dimas de Melo Pimenta. Apaixonado pela arte da relojoaria, ele passava um terço do ano em feiras da Europa. Ao voltar ao Brasil, trazia sempre na bagagem novos itens para o museu, e nunca vendia nenhuma peça.

Perfeccionista, Dimas sempre sabia o lugar exato onde ficavam cada um de seus relógios. Certa vez, ficou exultante ao adquirir um relógio de 1535, peça muito rara por se tratar de um dos primeiros modelos portáteis. "Ele falava para todo mundo: 'Olha esse relógio!", lembra o curador Edson Moura.

Dimas faleceu há 10 anos e dentre as preciosidades de seu museu, atualmente mantido pela família, está um relógio-cafeteira (ao despertar, ele já preparava o café), fabricado nos Estados Unidos, em 1915.

O esteta ótico Miguel Gianinni é outro paulistano que possui um museu particular. "Comecei a trabalhar com óculos aos 13 anos. Aos poucos, me apaixonei pelo design das armações", conta Gianinni, no ramo há 50 anos. Devido ao ofício, ele sempre ganhou óculos antigos de clientes. Alguns dos quais famosos, como a cantora Rita Lee.Aos poucos, a coleção de 50 óculos se transformou em um acervo com 800 exemplares.

Há 9 anos, ele comprou um casarão de 1918 no bairro da Bela Vista, para abrigar sua segunda ótica e o museu. Pelo menos duas vezes por semana, sobe ao andar de cima para lamber as crias - sua peça preferida é um óculos do século 17, que recria o primeiro modelo, fabricado na China, em 500 a.C. Quando traz novas peças ao museu, elas são enviadas ao laboratório para serem ajustadas e higienizadas. "A peça tem de estar perfeita na vitrine", diz Ivani Migliaccio, braço-direito de Gianinni na manutenção do museu.


DENTISTA

A história da odontologia também está retratada numa coleção particular. O museu foi fundado em 1986 pelo dentista Elias Rosenthal, então presidente da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD). Falecido há 5 anos, Elias era apaixonado pela história da odontologia. Quando viajava ao exterior, voltava maravilhado com os museus odontológicos.

Graças ao seu círculo de amigos, conseguiu doações para formar o museu. "Ele era dedicado vinte e quatro horas a ele. Adorava pesquisar e catalogar as peças, e muitas vezes até as levava para casa para estudá-las", diz Paulo Bueno, curador do museu, que é mantido pela APCD a um custo mensal de R$ 3,5 mil. Para restaurar as peças, Rosenthal muitas vezes tirou dinheiro do bolso. Com cerca de 10 mil itens, o acervo possui preciosidades como instrumentos da Era Cristã.

Para os amantes das invenções, há também um museu. "Viajo muito e lá fora é um berço grande para todo tipo de inovações", diz o proprietário, Carlos Mazzei. Ele gosta tanto do ofício que leva muitas das criações que recebe dos inventores para sua casa. O museu existe há 10 anos e possui cerca de 300 peças. Dentre as maluquices, há um capacete com máquinas fotográficas para tirar fotos em 360° e uma esteira elétrica com laptop para os workaholics. A manutenção do acervo é de R$ 5 mil.

Revista Time Lista os 50 sites mais interessantes

Por BBC Brasil
em Estadão.com.br
15 agosto 2006

O site de vídeos YouTube e o site de relacionamentos e promoção pessoal MySpace fazem parte da lista dos 50 sites mais interessantes, feita pela revista americana Time. A lista da revista separa as publicações por categoria, incluindo entretenimento, compras e notícias. “Avaliamos centenas de candidatos - alguns sugeridos por leitores, amigos e colegas”, disse a repórter Maryanne Murray-Buechner.

A lista da Time vem sendo publicada desde 2003. Três anos atrás, websites como o eBay, Hotmail, Paypal, Google e Internet Movie Database estavam entre os principais. Neste ano, a Time diz que o MySpace “é o lugar onde surgem as estrelas da Internet, carreiras de artistas são lançadas e os solteiros conseguem encontrar companhia”.


USUÁRIOS REGISTRADOS

O MySpace já tem cerca de 100 milhões de usuários registrados, segundo a Time. Digg, o site que permite às pessoas avaliar notícias de outros sites da internet, foi uma das escolhas da revista em 2005, assim como o Kevin Sites in the Hot Zone (“Sites de Kevin nas áreas quentes"), que fala de regiões em conflito pelo mundo, e é hospedado pelo Yahoo.

“O veterano correspondente de guerra Kevin Sites, conhecido pelo seu habilidoso uso de tecnologia digital na cobertura de notícias, continua cobrindo conflitos de todas as partes do mundo”, diz a Time.

Muitos dos websites escolhidos para 2006 são exemplos dos chamados sites “2.0”, que dão ferramentas para os usuários criarem e dividirem seu próprio conteúdo online. Eles são “a próxima geração de sites, oferecendo novos modos dinâmicos de informação e lazer, sites com as ferramentas mais modernas para criar, consumir, compartilhar ou discutir diferentes tipos de mídia, do blog ao videoclip”, escreve a repórter da Time.

A lista também inclui o site de música Pandora, que cria estações de rádio personalizadas, baseadas nas preferências do usuário, o Meebo, um serviço de mensagens instantâneas online, o Google Spreadsheet (que permite o uso de planilhas) e os motores de busca Accoona e Pixsy, que combinam vídeo e fotos.

Estados Unidos prorrogam controle da internet até 2011

Por Jamil Chade
em Estadaõ.com.br
18 agosto 2006

O governo dos Estados Unidos mantém o controle técnico sobre a internet até 2011. Nesta semana, sem alarde, Washington renovou contrato com a Icann, empresa com sede na Califórnia e responsável pela gestão da rede mundial de computadores. A notícia é um balde de água fria nos objetivos do Brasil e de outros países emergentes que, desde 2003, vêm pressionando para que o controle da internet seja "democrático e multilateral".

O contrato foi renovado por um ano, mas com a opção de que o governo amplie o controle por mais quatro anos. Depois de anos sob controle do governo, a solução foi criar, nos anos 90, uma entidade que pudesse administrar a rede. Mas um entendimento foi concluído entre essa organização, a Icann, e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos para que a internet não se tornasse uma rede sem controle da Casa Branca.

Em 2002, o governo americano havia indicado que a renovação do acordo por mais quatro anos seria a última e, após esse período, a Icann poderia atuar de forma independente. Mas, desde o ano passado, a Casa Branca vem adotando uma posição diferente e favorável à manutenção do controle.

A maioria dos funcionários envolvidos admite que o governo americano está pronto para realizar uma transição para um sistema mais autônomo, mas isso não quer dizer o total afastamento da Casa Branca da administração da rede. Poucos, porém, se arriscam a dizer quanto tempo essa "transição" levaria. Por enquanto, portanto, Washington continua a poder interferir nas operações técnicas que administram os endereços da rede, se julgar necessário.

O próximo passo seria renovar outro contrato, também com a Icann, mas com um conteúdo mais político. Por este contrato, a Icann é obrigada a manter e fornecer informações sobre quem registra sites e endereços da web.


CONSULTA

O entendimento está sendo avaliado pelo governo americano que, desde maio, recebe comentários de cidadãos e organizações sobre o acordo. Até agora, a Casa Branca já recebeu mais de 400 sugestões. A decisão americana de renovar sua ligação com a Icann ocorre dois meses antes de uma reunião da ONU na Grécia, que vai discutir o futuro da internet. Em 2005, na Tunísia, uma cúpula das Nações Unidas terminou sem acordo sobre o tema.

De um lado, Brasil, China, África do Sul e Índia insistiam que a internet deveria ser controlada por todos e o monopólio da Icann - e portanto dos Estados Unidos - deveria ser revisto. Já Washington deixou claro que não abriria mão desse controle da tecnologia. A Icann alegava que, ao dividir o controle da rede com outros países, existiria o risco de quebra no sistema e mau funcionamento da rede. A ameaça era negada pelos países emergentes.


LOBBY

Sem consenso, a ONU optou pela criação de um grupo de trabalho que pudesse continuar avaliando o assunto. Mas um dos conselheiros da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Roberto Schaw, alerta que o primeiro encontro desse grupo na Grécia não estará autorizado a tratar do tema do controle da internet pela Icann. Isso porque os americanos conseguiram retirar o tema da agenda do encontro. "O lobby foi grande", disse Schaw.

O debate, portanto, ficará para o segundo semestre de 2007, quando o grupo se reúne no Rio. Apesar da renovação do contrato até 2011, o governo brasileiro vai manter sua posição de que a internet não pode mais ser controlada apenas por um país.

Outra preocupação dos países é quanto à falta de transparência sobre a interferência do governo americano na Icann. Nos últimos anos, dois acontecimentos levantaram dúvidas sobre a influência da Casa Branca na rede. Durante a Guerra do Iraque, em 2003, os sites iraquianos misteriosamente desapareceram por alguns dias. Questionada, a Icann nunca deu uma resposta sobre o fato.

Outro exemplo foi a rejeição dos Estados Unidos à criação do domínio .xxx, para sites de pornografia. "O contrato da Icann com o governo americano é um mistério. Não sabemos nem mesmo quem toma as decisões", afirmou Schaw, que esteve envolvido nas negociações sobre o controle da rede nos últimos anos.

Em discussão, o futuro do papel na era da internet

em Valor Online
18 agosto 2006

A dúvida sobre a perenidade do livro como objeto está na agenda de editores e livreiros. A última palestra de seu encontro nacional, marcada para amanhã, será uma mesa-redonda sobre o impacto da era digital sobre o futuro do livro.

O mercado está preparando-se para fazer parte desse novo movimento - e para atuar como protagonista. Essa é a aposta de Eduardo Blücher, da Editora Edgard Blücher, especializada em livros técnico-científicos nas áreas de matemática, física, química, arquitetura, entre outras. "O livro de papel continuará a existir, mas teremos que nos relacionar com o conteúdo de uma forma diferente."

Em outubro, Blücher lançará sua nova empresa, a Etenac, um serviço de venda de conteúdo pela internet. Para isso, ele contratou o grupo de tecnologia belga Bureau van Dijk Electronic Publishing (BvDEP). "Iremos usar a mesma plataforma utilizada pelas Câmaras do Livro da Alemanha e da França", diz, sem revelar o valor investido.

Em um site intitulado 18 Minutos, os consumidores poderão ler as obras por 18 minutos e decidir qual a melhor forma de compra-las - um capítulo, por algumas horas ou por alguns dias. Esse modelo facilitará o acesso dos leitores a muitos títulos, principalmente a obras técnicas-científicas. "Muitas vezes, o leitor precisa de apenas um trecho do livro. A relação de um livro técnico é diferente da relação com um romance, por exemplo", diz. E poderá contribuir para a diminuição da pirataria.

"É algo novo, as empresas querem experimentar antes." O portal 18 Minutos só poderá ser acessado dentro de uma livraria - onde o livro poderá, também, ser comprado.

Ministérios da Educação e Cultura instituem o Plano Nacional de Livro e Leitura

Por Ionice Lorenzoni
em Portal Mec
14 agosto 2006

Acesso ao livro, valorização da leitura e fortalecimento da produção do livro constituem as bases do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) instituído pelos ministérios da Educação e da Cultura. Com duração de três anos, o plano será executado em regime de colaboração entre os governos federal, distrital, estaduais e municipais.

A Portaria nº 1.442, assinada pelos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Cultura, Gilberto Gil, publicada no Diário Oficial da União em 11 de agosto, cria um conselho deliberativo, uma coordenação executiva e um conselho consultivo, que serão responsáveis pela dinamização das atividades do PNLL, e estabelece que os dois ministérios determinarão a cada ano um calendário de atividades e de eventos.

Além das áreas governamentais da educação e da cultura, participam dos conselhos e da coordenação representações dos autores, editores, bibliotecários, especialistas em leitura e a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), na condição de assessora.

14 agosto 2006

Site disponibiliza banco de dados com 1,6 milhões de nomes de animais

Por Reinaldo José Lopes
em Folha Online
10 agosto 2006

Já está on-line o protótipo do ZooBank, banco de dados cujo propósito é nada menos que reunir num único site, e de graça, todos os nomes científicos de espécies animais conhecidas pelo homem. A ferramenta já começa com quase 1,6 milhão de espécies em seu catálogo.

Segundo Andrew Polaszek, secretário-executivo da Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica, que coordena o esforço, a idéia é que, a partir de agora, todo novo nome de espécie passe a ser cadastrado no site para que seja cientificamente válido. "Continuaremos também a trabalhar retrospectivamente. No fim, teremos uma base completa", afirma.

Biólogos como o americano Edward O. Wilson disseram que a iniciativa é um passo crucial para entender e proteger a biodiversidade da Terra, ainda pouco conhecida (cerca de 16 mil novas espécies animais são descritas por ano). "Para especialistas, vai ser uma ferramenta de conveniência. Mas, para os que fazem estudos muito amplos, será um recurso mais importante e evitará erros básicos", diz Mário de Pinna, do Museu de Zoologia da USP.

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ONG denuncia Google, Yahoo e Microsoft por censura na China

Por Alexandre Barbosa
em Estadão.com.br
10 agosto 2006

Segundo a ONG Human Rights Watch, grandes empresas de internet como Google, Yahoo e Microsoft (por meio de sua divisão MSN) omitem propositalmente as referências aos sites da grande imprensa internacional, incluindo aí endereços como os da rede BBC, da revista ´Time´ ou do jornal ´The New York Times´.

Esta grave acusação é parte de um relatório divulgado nesta semana e evidencia a colaboração estrita destas empresas com a censura imposta na Web pelo governo chinês.

O relatório, de 149 páginas, intitulado "Cumplicidade corporativa na censura chinesa à Internet", estende ainda as críticas ao software de voz sobre IP Skype, que seria usado na China com a capacidade de filtrar palavras e expressões consideradas ´críticas´ pelo regime na opção de comunicação por texto.

Segundo porta-vozes do portal Yahoo, a empresa adota a filtragem dos endereços por ´preferir ter uma presença limitada na China e começar a exercer influência sobre a política e sociedade locais, a não ter qualquer posição no segundo país do mundo com mais internautas.´

A ONG pede ainda que os EUA e a União Européia aprovem uma lei proibindo as empresas de internet de colaborar com a censura e formar bancos de dados sobre os usuários chineses que permitam sua detenção, como já fez o Yahoo no passado.

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China desbloqueia Blogspot após anos de censura

Por EFE
em Estadão.com.br
10 agosto 2006

Após meses de aumento da censura na Internet por parte das autoridades, os internautas chineses receberam uma boa notícia: o servidor de blogs Blogspot, um dos mais populares do mundo, se tornou acessível após vários anos de bloqueio.

Desde ontem, o acesso a qualquer blog dos servidores Blogspot e Blog City é possível na China. Antes, só era possível ler as páginas recorrendo-se a servidores "proxy" ou truques semelhantes, o que impedia, entre outras coisas, deixar comentários.

O Blogspot, serviço muito popular entre os internautas devido a sua facilidade de manejo, aloja diversos blogs com conteúdo polêmico sobre a China. É o caso de "Sex and Shanghai", no qual um estrangeiro conta suas experiências sexuais na metrópole. Outros exemplos são "Angry Chinese Blogger", que comenta a política e as atualidades do país, e "China Confidential", escrito por um jornalista muito crítico ao regime comunista.

A censura não permitia ler os blogs em território chinês. Mas, curiosamente, permitia entrar nas páginas de edição. Assim, alguns blogs eram escritos no próprio país, apesar do bloqueio. Há duas semanas, um site em que intelectuais chineses comentavam temas de política e atualidade, "Century China", foi fechado por ordem das autoridades.

A China é o segundo país com mais internautas do mundo (123 milhões, atrás apenas dos EUA). O Governo incentiva o uso de novas tecnologias a fim de desenvolver o mercado, mas restringe cada vez mais a liberdade dos usuários da internet no interior do país.

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Google da mais um passo para a biblioteca digital

em Estadão.com.br
11 agosto 2006

O Google, maior site de buscas pela internet do mundo, anunciou ontem ter fechado um acordo para que os livros da biblioteca da Universidade da Califórnia fiquem acessíveis pela internet. O acordo reforça o projeto Google Book Search, uma controvertida tentativa do Google de digitalizar todos os livros do mundo e colocá-los na rede.

A Universidade da Califórnia tem mais de 100 livrarias espalhadas por suas dez unidades. A própria instituição classifica sua coleção de livros acadêmicos e de pesquisa como a maior do mundo. "Isto significa ainda mais acesso aos grandes trabalhos de áreas como história e cultura", informou a direção do Google, em comunicado.

O acesso a livros com direitos registrados ficará limitado ao título, ao autor e a umas poucas linhas de texto, vinculadas à busca e de onde o produto poderá ser comprado ou tomado emprestado, explicou o Google. Entre outras instituições que já fecharam parcerias com o site de buscas estão as universidades de Harvard e Stanford e a Livraria do Congresso dos Estados Unidos.

O projeto Google Book Search causa enorme polêmica desde que foi anunciado. Editoras e escritores temem as perdas com direitos autorais e relutam em ceder suas obras.

O Google argumenta que, pelo contrário, o projeto vai ajudar a vender mais livros, já que mostra apenas cinco páginas por busca: a mais relevantes, as duas anteriores e as duas posteriores.
Nos EUA, o projeto foi combinado com serviços que mostram as livrarias mais próximas do internauta.

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Novo aparelho portátil escreve em braile

Por Agência FAPESP
em Estadão.com.br
14 agosto 2006

Um grupo de alunos da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, acaba de desenvolver o protótipo de uma máquina portátil para escrever em Braille. O aparelho, que dispensa componentes eletrônicos, foi criado por estudantes de engenharia da universidade norte-americana. O objetivo era criar um dispositivo de pequeno tamanho e custo muito inferior ao das máquinas de escrever comuns em Braille.

Os inventores estimam que o aparelho, caso seja produzido em série, custaria cerca de US$ 10 a unidade, o que o tornaria bastante acessível. O protótipo foi testado por representantes da Federação Nacional do Cego, dos Estados Unidos.

“Estávamos procurando um dispositivo de escrita que fosse portátil e não precisasse de um computador. Queremos parabenizar os autores, que fizeram um trabalho excelente”, disse Marc Maurer, presidente da federação, em comunicado da Universidade Johns Hopkins.

Segundo Maurer, apesar de o protótipo ter algumas falhas, ele apresenta muitas novidades, como um mecanismo para criar múltiplas impressões. O objetivo da federação, que tem 50 mil associados no país, é que o protótipo sirva de ponto de partida para um projeto de difusão da escrita Braille, tanto nos Estados Unidos como em outros países.

O dispositivo é mecânico e simples de usar. Conta com seis botões, que podem ser pressionados para produzir qualquer um dos padrões que compõem as letras, números e sinais do sistema Braille. O aparelho tem pontas metálicas que permitem fazer seis marcas de uma vez, aumentando a velocidade da escrita.

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Os donos da internet

Por Ernesto Rinaldi
em Superinteressante
Agosto 2006

A rede foi projetada para resistir a uma guerra nuclear. Mas agora sofre com algo mais ameaçador: a fúria das empresas de telecomunicações. Elas querem acabar com a igualdade de condições entre todos os sites conectados à web. A coisa é simples: as gigantes de telecom, como a americana AT&T, controlam boa parte da infra-estrutura da rede (os cabos que conectam países e continentes). E agora elas querem fazer valer esse "direito de propriedade" cobrando taxas. Na prática, só os sites que pagarem uma tarifa mensal teriam a garantia de acesso rápido. Já os que não colocarem a mão no bolso podem acabar com páginas mais lentas.

"Essas empresas estão com a cabeça no século 19", afirma o engenheiro americano Vinton Cerf, um dos criadores da internet. Imagine pagar por uma conexão com velocidade de 500 Kbps, por exemplo, e descobrir que ela fica mais lenta quando você entra em alguns sites. Você tem de receber pela conexão que pagou. A proposta das empresas de telecomunicações deve ir a votação no Senado americano em setembro.

Gigantes da rede, como o Google, cogitam processar as telecoms. E não faltam usuários revoltados: o movimento Save the Internet, por exemplo, organiza um abaixo-assinado virtual, que já tem mais de 1 milhão de assinaturas. "A ameaça é que companhias determinem, por razões comerciais, o que você pode e o que você não pode acessar", diz Tim-Berners Lee, outro criador da rede.

As empresas de telefonia se defendem: o "imposto" seria uma forma de obter mais retorno pelo que elas investem. Só a AT&T gastou 11,5 bilhões de dólares com a infra-estrutura da web no último ano. Mas o objetivo central, dizem os especialistas, é outro: barrar o crescimento da telefonia via internet, bem mais barata que a tradicional, e que pode ser cortada pelas telecoms se a medida passar. O jornalista de tecnologia Robert Cringely, um dos mais influentes dos EUA, resume: "A telefonia é um negócio de 1 trilhão de dólares. Não é surpresa que desejem reassumir o controle".

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China planeja plataforma científica

Em Agência FAPESP
10 agosto 2006

A Academia de Ciências da China anunciou que pretende construir um grande sistema de gerenciamento de informações para integrar dados de 90 institutos de pesquisa espalhados pelo país. O projeto, chamado e-Science, prevê que nos próximos quatro anos dados dos institutos ligados à academia chinesa sejam inseridos em centenas de bancos de dados. Serão desenvolvidos programas específicos para que os pesquisadores envolvidos no projeto possam analisar os dados obtidos e reuni-los em uma única plataforma.

O objetivo da iniciativa, segundo o Centro de Informações em Redes de Computadores da academia, é resolver um problema da comunidade científica do país, em que informações de pesquisas feitas acabam isoladas e não compartilhadas. De acordo com o serviço de notícias SciDev.Net, o projeto tem custo estimado de US$ 62,5 milhões.

Para Luo Tiejian, um dos coordenadores da iniciativa, o potencial do e-Science é muito grande. O cientista da computação dá como exemplo o caso de um geólogo que queira construir uma representação do interior de um vulcão em erupção. Com o e-Science, esse pesquisador pode acessar rapidamente dados do exterior do vulcão e do interior de vulcões similares, o que ajudaria na hora de montar um modelo tridimensional.

Segundo representantes da Academia de Ciências da China, a plataforma, quando estiver concluída, deverá estar disponível gratuitamente a pesquisadores de qualquer instituição e ao público em geral.

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Blogosfera em debate

Em Agência FAPESP
11 agosto 2006

Atualmente, na internet, existem mais de 38 milhões de blogs. A estimativa é que em seis meses esse número deverá simplesmente dobrar. A incrível e dinâmica "blogosfera" será discutida este fim de semana pelo programa de rádio Pesquisa Brasil.

Os ouvintes terão oportunidade de conhecer o trabalho da pesquisadora Alessandra Aldé, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

A cientista social é uma das poucas brasileiras a se debruçar sobre o assunto a partir de uma visão científica. Essas publicações eletrônicas, por exemplo, já estão influenciando a vida política do país, como ocorreu durante o auge do chamado escândalo do mensalão.

Os interessados também podem ouvir o conteúdo do programa no site da revista Pesquisa FAPESP.

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Sebo nas ondas da internet

Em Livro e Leitura
14 agosto 2006

Encontrar um livro em um sebo nem sempre é tarefa simples. Por conta disso, livreiros de todo o Brasil buscam facilitar a vida dos compradores de livros usados reunindo seus acervos em sites como o portal Estante Virtual. Há nove meses no ar, o endereço já lidera o mercado, disponibilizando ao usuário uma lista de 250 mil livros online e mais de 3,5 milhões offline, deixando para trás – em número de livros cadastrados – o Arremate.com (37 mil) e o Mercado livre (28 mil).

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Livros em braile nas bibliotecas de São Paulo

em Livro e Leitura
14 agosto 2006

Em São Paulo, as bibliotecas Álvares de Azevedo, Padre José de Anchieta, Paulo Setúbal e Prefeito Prestes Maia dão continuidade à proposta iniciada pelo Centro Cultural São Paulo de oferecer aos freqüentadores um acervo em braile. Com o apoio da Fundação Dorina Nowill, essas unidades, irão disponibilizar (inclusive para empréstimo) livros, cassetes e CDs. A iniciativa permite, por exemplo, que um livro infanto-juvenil de cerca de 80 páginas se transforme em sete volumes em braile.

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Livros nos presídios do Rio de Janeiro

Em Livro e Leitura
14 agosto 2006

O projeto Sala de Leitura, uma parceria entre o Instituto Oldemburg de Desenvolvimento e o Grupo Editorial Record, desde agosto de 2003, vem instalando salas dedicadas à leitura em escolas, hospitais e penitenciárias de todo o país. Em julho, foram implantadas salas nas penitenciárias de Talavera Bruce, Alfredo Tranjan (Bangu II) e a Casa de Custódia Elizabeth de Sá Rego (Bangu V). Até agora já estão em funcionamento 300 salas de leitura que receberam recursos financeiros de grandes empresas por meio da Lei Rouanet. O nome de cada sala foi escolhido para homenagear autores brasileiros, como Heloisa Seixas (Penitenciária Talavera Bruce), Antônio Torres (Penitenciária Bangu V), e Guilherme Fiúza (Bangu II).

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Revitalização nas bibliotecas de Foraleza

em Livro e Leitura
14 agosto 2006

A Secretaria de Educação e Assistência Social de Fortaleza (CE) promove o Projeto de Revitalização das Bibliotecas Escolares da rede pública municipal de ensino. As ações incluem o incremento dos acervos com a aquisição de 55 títulos de Literatura Infantil e 195 títulos de Literatura Infanto-Juvenil, num total de 110.480 exemplares. Além disso, foram adquiridos 4 mil CD's infantis e mais de dez mil títulos de literatura teórica para o acervo do professor.

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Projeto na região de Brasília democratiza o acesso aos livros

Em Livro e Leitura
14 agosto 2006

Incentivar a leitura dos clássicos brasileiros e portugueses e apresentar os escritores contemporâneos aos alunos de escolas públicas da periferia e zonas rurais da região de Brasília (DF). Esta é a proposta do projeto O Livro na Rua que faz parte do Eixo 1 (Democratização do Acesso) do PNLL. Os livretos que têm distribuição gratuita foram organizados por uma equipe de 40 escritores e professores. O Livro na Rua também promove palestras denominadas "O Autor na Escola" que contribuem para diminuir a distância entre o escritor e o público e desmistificar a literatura.

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Bibliotecária brasileira representa país em evento na França

em Livro e Leitura
14 agosto 2006

Para comemorar 100 anos de existência, a Associação dos Bibliotecários Franceses (L' ABF) sediada em Paris, promoveu em junho o 56º Congresso de Biblioteconomia cujo tema era "Amanhã, a Biblioteca...". Uma brasileira teve participação especial no evento. Sônia Mara Saldanha Bach, bibliotecária de Curitiba, ministrou uma palestra na qual apresentou aos participantes o PNLL, Plano Nacional do Livro e Leitura e o prêmio Viva Leitura. Em sua visita à capital francesa, Sônia teve a oportunidade de conhecer algumas das maiores bibliotecas do país como a Biblioteca Municipal de Paris, a Biblioteca Nacional da França e a Biblioteca Forney.

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09 agosto 2006

O livro morreu? Viva o livro!

Por Paulo Roberto Pires
em No mínimo
9 agosto 2006

Éramos 148 editores de livros e revistas. Vindos de 32 países, de Ruanda à Suécia, isolamo-nos por onze dias no campus da Stanford University para, de longe, tentar enxergar melhor os desafios de nossos mundos. “Desafio”, aqui, não é figura de linguagem: de que serve o papel impresso num mundo atolado até o pescoço de informação, entretenimento e estímulos bem mais reluzentes do que a página de livro, revista e jornal?

Desde 1978 os Stanford Publishing Courses repetem o mesmo ritual, uma imersão nos problemas, complexidades, perdas (muitas) e ganhos (escassos) da cada vez mais difícil arte de ganhar a vida com a palavra impressa. No ar abafado de Palo Alto, pairava a tentação do diagnóstico alarmista: “o livro morreu?”. Nas entrelinhas de cada aula, uma resposta que tampouco se teve coragem de bradar: “viva o livro!”

Stanford é o berço das novas e novíssimas tecnologias de informação. Nos alojamentos da universidade, nasceram o Yahoo e o Google. Plantada no Silicon Valley, conjuga tradição inabalável com arrojos sem paralelo. E esta identidade da universidade funciona como uma metáfora perfeita para o curso de Book Publishing: afinal este é, em todo mundo, um business muito especial, que como um outro qualquer movimenta somas espetaculares e operações transnacionais mas que, como poucos outros, depende ainda fortemente de um núcleo artesanal – que é, finalmente, o trabalho do editor.

São assombrosos os números dos best sellers, assim como os valores das disputas por direitos autorais. Fenômenos como “Harry Potter” fazem com que o mundo inteiro gaste seus olhos com as mesmas histórias. Poucos grupos internacionais dominam editoras-chave em diversos países, uniformizando sucessos e buscando esconjurar o que se vê como “fracassos”. E, no fundo disso tudo, é preciso admitir, estão decisões pouco científicas ou calculadas que, por incrível que pareça, ainda fazem a diferença fundamental neste jogo pesado.

Um veteraníssimo executivo americano batizou sua aula de “Meus grandes erros”. Ao longo de uma hora, contou suas inúmeras decisões equivocadas – menos como uma lição de moral do tipo “meninos, não façam o que eu fiz” do que como uma sábia advertência: o imponderável ainda é um fator determinante neste negócio, por mais que o trabalho tenha se tornado quase científico. É assim, na base da intuição, que nascem best sellers e se perdem inúmeras oportunidades “imperdíveis”.

Um outro grande executivo, que saiu direto das revoltas estudantis de 1968 para o mercado do livro, não conseguiu até hoje decidir entre razão e sensibilidade. Ele já vendeu livros de livraria em livraria, já dirigiu uma mega-corporação e hoje é agente literário de sucesso. Para ele, os executivos “brincam de bingo” nas planilhas de custos enquanto o trabalho verdadeiro é decidido no olho-no-olho, no alarme que dispara na primeira leitura de um sucesso em potencial – um alarme que também, como se viu, pode perfeitamente “enguiçar”.

Ambos são legítimos representantes da “velha escola”, mas acabam tendo muito em comum com os defensores mais ferrenhos das novas tecnologias e estratégias minuciosamente planejadas para o mercado editorial. E este ponto em comum é, especialmente, o fascínio pela grande qualidade tecnológica deste estranho objeto que, em qualquer lugar, pode erguer e destruir mundos, disparar imaginação, levar à ação, emocionar e fazer pensar: o livro.

O fato é que não há palmtop, e-book ou qualquer outra traquitana mais inteligente do que os maços de papel encadernados que, como a gente, envelhecem e, diferentemente de nós, têm a virtude de permanecer no tempo. E aí vai pouco idealismo e bastante pragmatismo: livros e putas, escreveu Walter Benjamin, “podem-se levar para a cama”. E, relacionando uns e outras, o filósofo alemão continuava no célebre ensaio “Rua de mão única”: “Livros e putas – raramente vê seu fim alguém que os possui”.Éramos, como eu dizia, 148 editores – de revistas populares e chiques, de editoras de todos os tamanhos e personalidades, diretores editoriais e designers, proprietários de grandes empresas ou funcionário-diretor-office boy de um negócio nascente. Nas salas de aula, viramos... alunos. Havia intriga contra o colega mais chato (logo identificado), atenções especiais para as colegas bonitas, bagunça antes de começar a aula, festa depois da aula, tensão e correria na véspera de apresentação do trabalho final para os professores.

Assim, distantes de nossas rotinas até nos detalhes mais cotidianos, andando de bicicleta para não perder nenhum compromisso numa intensa agenda iniciada às 8 da manhã (sem sábado nem domingo de folga), pudemos perceber o quanto podemos ainda estar tateando as novas possibilidades do livro. E, também, constatar que a melhor solução para esta “crise” do livro está no próprio livro. Ou melhor, na óbvia e difícil aposta neste objeto genial, feito de papel, costura, cola e, por que não, muita confiança no poder, ainda inabalável, da palavra impressa.

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Pictograma de 7.000 anos pode ser ancestral da escrita linear

Por EFE
em Folha Online
4 agosto 2006

Uma tabuleta de barro com um pictograma que data do início do quinto milênio antes de Cristo, encontrada no sul da Bulgária, pode ser o protótipo da escrita linear, uma vez que é a peça mais antiga na Europa com essas características.

A tabuleta mede 7 centímetros de altura e 8 centímetros de largura, tem 1,3 centímetro de espessura e está dividida em cinco áreas, informou a imprensa búlgara. Cada setor, por sua vez, tem duas partes, com símbolos separados por linhas horizontais e verticais.

"No pictograma há um total de dez sinais divididos em cinco grupos. Podemos supor que há conceitos inteiros codificados em cada um dos campos", afirmou à imprensa o arqueólogo Nikolay Ovcharov.

Na tabuleta há um círculo, que os analistas interpretam como um símbolo do culto ao sol, e vários losangos e triângulos, que representam a deusa mãe e a fertilidade. O desenho mais surpreendente, porém, é uma figura humana com um braço estendido que pode representar um sacrifício humano.

A tabuleta pode ter sido utilizada em atos religiosos, contendo instruções para os sacerdotes sobre a execução de determinados rituais. Os arqueólogos também lidam com a possibilidade de o pictograma poder ser o protótipo da escrita minóica linear A, considerada até agora a mais antiga da Europa.

A peça foi doada ao arqueólogo recentemente por um empresário que a manteve em segredo em sua coleção particular por 20 anos.

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07 agosto 2006

Obra e vida de Monteiro Lobato ganham espaço na Web

Por Agência FAPESP
em WNews
1° agosto 2006

O escritor brasileiro Monteiro Lobato acaba de ganhar um novo site com o objetivo de divulgar informações a partir de fontes primárias de propriedade da família do autor e que foram arquivadas no Cedae (Centro de Documentação Alexandre Eulálio) do IEL (Instituto de Estudos da Linguagem).

Estão presentes trechos de livros, documentos de trabalho, fotos de família, desenhos e pinturas em aquarela feitos por Lobato, teses, dissertações e ensaios sobre o autor e até mesmo imagens digitalizadas de cartas enviadas por ele a amigos e a sua mulher Maria Pureza Natividade Gouvêa. Feito por pesquisadores do IEL, o site é resultado do projeto temático “Monteiro Lobato (1882-1948) e outros modernismos brasileiros”, que conta com apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da FAPESP.

“Nossa proposta é modificar parte da cultura arquivística brasileira de pouca divulgação online de documentos. A publicação de arquivos na Internet em nada prejudica a importância dos documentos originais”, disse Marisa. “Isso é importante para fortalecer a noção de memória cultural do país, permitindo que outros herdeiros de autores importantes se lembrem que também podem contribuir nesse sentido.”

Segundo a professora do IEL, outro dos objetivos do site é levantar a questão dos limites dos direitos autorais de domínio público e privado, no que se refere a objetos culturais pertencentes à memória nacional. “É comum ouvir dizer que o brasileiro não tem memória. Mas isso ocorre pela dificuldade de acesso aos documentos que marcam essa memória. Consultá-los, infelizmente, tem sido privilégio de poucos”, ressalta.

Um arquivo com a árvore genealógica de Lobato e a descrição de toda a bibliografia disponível sobre o autor, que inclui literatura infantil e adulta, obras de referência, artigos publicados em periódicos e textos em jornais e revistas completam a lista de assuntos do site. “Esse amplo conteúdo abre espaço para que sejam projetadas novas pesquisas sobre Monteiro Lobato, sobre o modernismo paulista e sobre literatura infantil, de modo que o conhecimento passe a ser construído de forma mais sistemática”, disse Marisa.

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Apenas 2% dos post em blogs no mundo são em português

Por Larissa Januário
em WNews
7 agosto 2006

Do total de conteúdo postado em blogs de todo o mundo, 2% é em língua portuguesa, segundo relatório divulgado pela Technorati, empresa que monitora a blogosfera. De acordo com o levantamento, referente a junho de 2006, a maioria dos posts (39%) são em inglês.

O japonês aparece em segundo lugar com 31%, seguido pelo chinês, com 12%. De acordo com o levantamento, o português aparece depois do espanhol e do italiano. O volume total de postagens diárias é de 1,6 milhão por dia, ou aproximadamente 18,6 posts por segundo no mundo.

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Sistema interativo substitui livros e mochilas nos EUA

em Terra Tecnologia
2 agosto 2006

A britânica Pearson, principal editora de de livros escolares do planeta, está promovendo o sua primeira experiência em larga escala com material educacional em formato digital. Cerca de metade dos estudantes de uma escola da California, nos Estados Unidos, irão aprender História e Ciências Sociais por meio de um sistema interativo, que inclui clipes de vídeo e atividades "vibrantes". São 1,5 milhão de alunos de cinco a 11 anos de idade.

"O desenvolvimento do (material) digital custa mais barato e exige menos tempo", justifica Marjorie Scardino, diretora da Pearson, ao jornal italiano La Repubblica. "Estamos nos preparando para lançar um sistema de aprendizam que dispensa os livros de texto", complementa Robin Freestone, responsável financeiro da editora. "É uma grande reviravolta."

Conforme estatísticas da Pearson, os custos necessários para a aplicação de testes com material suplementar cairão pela metade com o sistema interativo - que poderá ser responsável por cerca de 41% do mercado atual da editora de livros escolares. O contrato firmado na Californa é de US$ 70 milhões. Os especialistas, no entanto, pedem cautela: o sistema, considerado pouco complexo tecnologicamente, poderia ser facilmente copiado.

"A maior parte das escolas tem grossos livros de texto que não atraem os estudantes", argumenta Marjorie. "O novo software permitirá ao professor preparar lições personalizadas para cada estudante. E a criança poderá fazer o seu própio computador ler, em voz alta, textos em espanhol (por exemplo)", complementa a diretora da Pearson.

De acordo com o La Repubblica, O setor escolar, principal divisão da Pearson, movimentou 1,3 bilhão de libras (quase R$ 5,3 bilhões) no ano passado.

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Museu da Língia Portuguesa Investe em portal com vídeos e áudios

Por Camila Rodrigues
em IDG Now!
4 agosto 2006

Do "ora pois" ao "orra meu", começou a ser construído um acervo histórico da língua portuguesa, o Museu da Língua Portuguesa, instalado fisicamente onde foram recebidos os primeiros imigrantes no Brasil: na Estação da Luz, região central de São Paulo. Mas a modernidade exigiu que os ácaros passassem pelos fios e que o conteúdo também fosse para a web.

O projeto Museu da Língua Portuguesa, realizado pelo Governo do Estado de São Paulo e pela Fundação Roberto Marinho com a parceria de empresas públicas e privadas, dispendeu um pouco mais de um ano para conceber a arquitetura e o formato do portal, lembra Gustavo Bastos, gerente de tecnologia da Fundação Roberto Marinho.

Segundo Bastos, a maior dificuldade foi encontrar um formato que tornasse um site sobre língua portuguesa atraente para pessoas de qualquer classe social ou formação educacional. “A gente tinha que alcançar uma estrutura que fosse agradável e cativante para todos os usuários. Tivemos a preocupação de que ninguém se sentisse excluído e não entendesse as informações”, conta.

Para compensar, o tempo de desenvolvimento foi "um recorde" e durou quatro meses, conforme observa Bastos. Para desenhar a arquitetura e desenvolver o portal, foram contratados os serviços da BRQ, que utilizou plataforma WebSphere baseada em Linux com banco de dados DB2. A segurança do portal foi garantida com um firewall também em plataforma aberta.

Bastos revela que a infra-estrutura do portal e as licenças dos softwares de publicação foram doadas pela IBM, um dos patrocinadores do museu. Ele calcula um investimento de120 mil reais na implantação e em torno de 280 mil reais com a produção de conteúdo - um total de 400 mil reais.

Dezenas de acadêmicos, escritores e professores participaram com coletâneas, artigo e aulas com registros da língua. Atualmente, já é possível conferir no portal artigos sobre música, futebol, festas, religião, etimologia (estudo da língua) e até uma lista classificada com frases de pára-choques de caminhão. Também estão inseridos pequenos áudios e vídeos, recurso a ser mais explorado em breve, de acordo com Bastos.

O gerente conta que serão inseridos o acervo com registros da língua falada, representando a evolução da língua no Brasil desde o inicio do século. No entanto, essa segunda fase do projeto deverá ser delegada à instituição que assumir a administração e a manutenção do Museu - tanto em sua versão física quanto online –, até o fim do ano. “Quem assumir o controle, então, será responsável por inserir mais recursos interativos”, diz Bastos. O nome da entidade ainda não foi definido.

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Technorati contabiliza dois novos blogs por segundo

em IDG Now!
7 agosto 2006

No mesmo mês em que a "blogosfera" ultrapassou a barreira dos 50 milhões de endereços, o ritmo de crescimento de novos blog dobrou em comparação a meses convencionais, como mostra o estudo "State of the Blogosphere", divulgado nesta segunda-feira (07/08) pelo Technorati.

Segundo dados do sistema de buscas para blogs, foram criados cerca de 175 mil novos blogs diariamente durante julho, o que corresponde a, em média, dois novos diários por segundo no período.O número é o dobro em comparação à taxa registrada pelo mesmo levantamento do Technorati referente ao mês de abril.

Já a quantidade de posts publicados diariamente em julho ficou em 1.6 milhão de textos diários - média de 18,6 posts por segundo e aumento de 33% em relação à taxa referente a maio, de acordo com o Technorati.

Os 50,5 milhões de blogs registrados pelo Technorati atualmente representam um aumento de mais de 100 vezes pouco menos de quatro anos após o site começar a contabilizar os blogs online. Caso mantenha o ritmo, a “blogosfera” deverá atingir os 100 milhões de blog em fevereiro de 2007, segundo David Sifry, fundador e presidente do Technorati.

Sifry, no entanto, destaca que o alto ritmo de crescimento não significa crescente adoção pelos usuários. Cerca de 8% dos novos endereços indexados pelo sistema são blogs voltados ao spam, conhecidos tecnicamente como splogs, criados para que hackers consigam tráfego online.

A ação crescente dos "splogs" se reflete também no número de pedidos de indexação recebidas pelo Technorati - 70% delas são feitas a partir de fontes de spam já detectadas pelo serviço.

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Manuscrito de 920 anos pode ser acessado pela internet

em Folha Online
3 agosto 2006

A partir de amanhã, 920 anos depois de ter sido concluído por um anônimo escrevente, o Domesday Book --o primeiro cadastro no mundo encomendado na Inglaterra por Guilherme, o Conquistador em 1086-- estará disponível on-line no site dos Arquivos Nacionais de Kew, onde o manuscrito está exposto.

Mediante os minuciosos relatórios das posses individuais em vilas e condados distintos, os 800 pergaminhos do Domesday Book representam uma realidade surpreendente da vida na Inglaterra na época medieval.

Neles estão listadas um total de 13.418 vilas, posses de terra, igrejas, castelos e abadias e para cada uma se especifica o número de vassalos, de servos da gleba e o de homens livres, além de quantas taxas estes deviam ao rei.

O manuscrito é o último de uma série de registros públicos, incluídos os documentos sobre os censos da época vitoriana, a ser publicado na Internet e promete se tornar uma preciosa fonte de informações para os apaixonados em genealogia.

Digitando o nome do lugar ou o sobrenome da pessoa que se procura, o site fornecerá aos usuários todas as informações contidas no manuscrito e será possível comprar, a baixo custo, uma cópia da página sobre a própria pesquisa.

"É muito mais do que um documento fiscal, é um instrumento de controle feudal. Mostra que, como muitos conquistadores, Guilherme queria provar que o que ele tentava fazer era legítimo, além de dar uma impressão de continuidade histórica. Para os nobres era um modo de demonstrar que as posses adquiridas pelos anglo-saxões se tornaram propriedade sua; tudo o que estava por escrito era legítimo. A Inglaterra era tratada de forma colonial", disse Stephen Baxter, docente de história medieval no Kings College de Londres

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Funarte coloca gravações e imagens raras na internet

Por Raquel Cozer
em Folha Online
7 agosto 2006

O Projeto Pixinguinha, organizado pela Funarte (Fundação Nacional de Artes), deu pano para manga desde que surgiu, em 1977, tanto por trazer novos nomes da música nacional, como Djavan e Cássia Eller, quanto por promover memoráveis (e improváveis) encontros no palco, como Johnny Alf e o grupo A Cor do Som. Os shows foram interrompidos em 1997, voltaram em 2004, e, de lá para cá, seus registros em fitas cassete resistiram ao tempo nos arquivos da Funarte.

Nunca lançado em disco, o material passa direto para a era virtual. Mais de 4.000 canções interpretadas no projeto poderão ser ouvidas a partir de hoje no portal Canal Funarte. Na página, terão vizinhos igualmente nobres, também saídos do acervo da instituição.

Entre o mais de um milhão de itens que a Funarte adquiriu em 30 anos, foram selecionadas cerca de 20 mil imagens e 23 mil músicas. O portal sediará preciosidades como os prestigiados 65 álbuns da Coleção Funarte, com composições de gente como Garoto e Custódio Mesquita em interpretações de Ney Matogrosso, Marlene e outros, e fotos de peças de teatro montadas no Rio dos anos 40 aos 80.

O Canal Funarte, diz Vitor Ortiz, diretor do Centro de Programas Integrados da Funarte (Cepin), foi criado para ajudar no cumprimento de uma das finalidades da instituição: difundir a produção cultural do país. "Significa que uma parcela da arte nacional que até então estava restrita a quem ia pessoalmente à nossa sede, no Rio, estará ao alcance do mundo inteiro", diz Ortiz.

A exemplo do que acontece em outros acervos sonoros virtuais, como o do Centro Cultural São Paulo (CCSP) e o do Instituto Moreira Salles (IMS), as músicas ficarão disponíveis apenas para audição, e não para download. Isso acontece em respeito aos direitos autorais dos artistas envolvidos nas gravações --a Funarte assinou um contrato com a Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) para pagar os direitos referentes a cada música. Estas entrarão aos poucos na programação da rádio, que será atualizada semanalmente.

Levar o material para a internet é o movimento final de um trabalho --ainda em andamento-- que inclui a digitalização e catalogação do acervo. Para isso e para a criação do portal, a Funarte recebeu um patrocínio de R$ 2 milhões da Petrobrás via lei de incentivo. "A parte mais difícil é tratar, digitalizar e catalogar. Muitos dos negativos, por exemplo, estavam em envelopes sem nenhuma informação", conta Paulo Cesar Soares, coordenador artístico do Canal Funarte.

O portal deve servir ainda como instrumento de pesquisa. "Ele terá um papel de prestação de serviços, incluindo dados sobre leis de incentivo Brasil afora e informações sobre teatros no país", diz Antônio Grassi, presidente da Funarte.

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Blogosfera está perto de ter 50 milhões de blogs

em Estadão.com.br
31 julho 2006

A ´blogosfera´, termo que designa as redes de blogs na internet, ganhou cerca de 10 milhões de novos diários online nos últimos trinta dias, com uma média de 75 mil novos endereços, segundo levantamento da Technorati.

O aumento é de cerca de 58% na comparação com fevereiro de 2006, quando um outro estudo da Technorati indicava 30 milhões de blogs listados em seu serviço de buscas. Hoje, já existem 49,9 milhões de blogs indexados pela empresa.

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China fecha blogs de poeta tibetana

Por EFE
em Estadão.com.br
1° agosto 2006

Os diários virtuais da poeta tibetana Woeser, cuja obra está censurada na China, foram repentinamente fechados, denunciou hoje a organização Repórteres sem Fronteiras (RSF).
"Estamos indignados com o fechamento, na sexta-feira passada, dos ´blogs´ de Woeser, e solicitamos sua reabertura. Sua poesia é proibida na China, e suas páginas pessoais são o seu único meio de se expressar", diz o grupo em comunicado.

A organização acusa as autoridades chinesas de querer reduzir a cultura tibetana a "simples folclore turístico", e denuncia um controle informativo cada vez mais duro. Há poucos dias as autoridades já mandaram fechar o site Dijing-democracy.net, do marido da poeta, o escritor chinês Wang Lixiong, além do Century China, muito popular nos círculos intelectuais do país.
"Mais uma vez, pedimos às autoridades que respeitem a liberdade de expressão, um direito garantido pela Constituição", diz a RSF.

A poeta (conhecida também como Oser, ou Wei Se em chinês), contava com dois blogs, que atualmente estão fora do ar. Ela publicava seus poemas, ensaios sobre a cultura tibetana e artigos de seu marido.

Segundo explicaram responsáveis pela página, a decisão governamental se deve aos temas abordados, que incluíam comentários sobre o problema da aids no Tibet, o impacto da inauguração do trem Pequim-Lhasa sobre o povo tibetano e uma mensagem de aniversário para o Dalai Lama.

Woeser é uma das poucas escritoras tibetanas que escrevem em mandarim. De acordo com a RSF, a maioria dos visitantes de suas páginas era de estudantes que não querem perder sua identidade cultural.

Seu livro "Notas sobre o Tibet" foi censurado em 2004, também por falar de forma positiva sobre o Dalai Lama. O resultado foi a sua demissão e a obrigação de escrever uma carta de autocensura, confessando seus "erros políticos", acrescentou o grupo.

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Um em cada três norte-americanos vê notícias na Web

em Estadão.com.br
1° agosto 2006

Um levantamento realizado pela organização norte-americana Pew Research Center indica o crescimento no uso de sites noticiosos como fonte de informação para o público norte-americano. Segundo o levantamento, um em cada três norte-americanos usa a Web como fonte de notícias, contra apenas um em cada 50 há dez anos.

A análise indica também que a Web é fonte suplementar de informação para o norte-americano médio, sendo usada em conjunto com outros meios eletrônicos, jornais e revistas. Seu principal valor é a conveniência, e o noticiário em tempo real, ou seja, a mídia online não é utilizada como fonte de informação detalhada.

Jornais, que haviam perdido público com a internet, estão agora investindo em edições digitais para reter leitores, embora leitores exclusivos das edições online sejam poucos. Quatro em cada dez norte-americanos lê um jornal regularmente, mas apenas 6% acompanham versões online dos jornais; cerca de 4% lêem tanto a versão impressa como online e 2% lêem apenas a versão online.

Dos 23% que afirmaram que consultam o noticiário online regularmente, apenas uma minoria visita os sites de jornais, preferindo procurar portais e endereços que centralizam as principais manchetes e a cobertura do noticiário como os portais MSNBC, Yahoo e o site da CNN, que têm posição de destaque na cobertura online.

O estudo considerou entrevistas feitas com 3204 adultos entre o dia 27 de abril e 22 de maio.

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Programa permite visualizar amostra de livros

Por Associated Press
em Estadão.com.br
3 agosto 2006

A editora norte-americana HarperCollins, que anunciou no ano passado que iria digitalizar seu vasto catálogo, criou uma ferramenta, a ´Browse Inside´. que permite aos leitores ´folhearem´ o conteúdo de livros de autores como Michael Crichton, Isabel Allende e vários outros escritores. "Vemos isso como o próximo passo", disse a presidenta e CEO da HarperCollins, Jane Friedman.
Leitores querendo visualizar - mas não baixar - uma amostra do livro ´presa´, de Crichton, poderá visitar o site da HarperCollins e, eventualmente os sites dos autores e de lojas. Friedman também quer estabelecer links com o portal de relacionamentos MySpace e outras redes sociais na internet.

A HarperCollins já disponibilizava algo nesse sentido por meio da ferramenta ´Search Inside!´ da livraria virtual Amazon.com, mas vê o ´Browse Inside´ como uma nova forma de assegurar o controle de seu conteúdo em um momento em que empresas como a gigante de buscas Google e outras organizações estão criando grandes bancos de dados online com o conteúdo de livros.

O recurso ´Browse Inside´ foi lançado oficialmente hoje e a empresa espera expandir seu alcance ao longo do próximo ano. Friedman disse que a quantidade de texto disponível para um determinado livro dependerá da vontade do autor. "Neste momento, planejamos deixar os leitores visualizarem cerca de 5% de um livro online, mas eu posso imaginar que outros autores vão querer deixar porções maiores ou até mesmo o livro inteiro", disse ela. Enquanto Friedman afirma que está determinada a fazer a HarperCollins, uma divisão da News Corp., a ´número 1´ entre as editoras com operações online, ela não tem planos de se tornar uma livraria virtual.

Outras editoras como a Penguin Group USA e Random House Inc., entre outras, já estão vendendo livros diretamente para os leitores, uma política que tem desagradado os revendedores de livros. "Não vemos uma razão para duplicar um serviço que nossos amigos no varejo já fazem muito bem", acrescentou.

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Fundador quer uma Wikipedia com mais qualidade

Por Alexandre Barbosa
em Estadão.com.br
7 agosto 2006

O fundador da Wikipedia, Jimmy Wales, pediu aos usuários que invistam mais em qualidade do que em quantidade na hora de contribuírem para o serviço. O pedido foi feito na semana passada, durante o ´Wikimania´, uma convenção que durou três dias e reuniu colaboradores da enciclopédia online.

Segundo Wales, embora o serviço tenha atingido bons números com segurança, a meta agora é aprimorar a precisão dos verbetes da Wikipedia e fazer com que os usuários evitem postar informações de fontes desconhecidas nos verbetes. Para tanto, ele conta com a responsabilidade dos internautas. Além de atitude por parte dos usuários, Wales também anunciou uma nova ferramenta de edição, a "Wikiwyg", que deve facilitar o trabalho de mudar artigos.

Lançada em 2001, a Wikipedia conta com quase 1,3 milhão de verbetes em inglês, 165 mil verbetes em português, além de vários outros idiomas.

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Operadoras nos EUA tentam controlar a internet

em Estadão.com.br
7 agosto 2006

A internet é, desde que foi criada, uma rede neutra. Ou seja, não importa que tipo de conteúdo trafega por ela: cada pacote de informação recebe o mesmo tratamento, seja um resultado de busca do Google, a página do blog de um adolescente ou uma chamada telefônica via Skype.

As grandes operadoras americanas querem mudar isso, dando tratamento preferencial ao conteúdo das empresas que aceitarem pagar por isso. Se isso acontecer, a internet corre o risco de se tornar uma indústria de poucas opções de serviços para o usuário, controlada por grandes grupos, como é hoje o mercado americano de telefonia celular.

A comparação foi feita em um texto publicado no fim do mês passado no site NewsForge. Seu autor adotou o pseudônimo James Glass, pois atua no mercado de serviços via celular e teme retaliação das operadoras. As empresas celulares impõem uma série de restrições aos serviços prestados através de suas redes.

"As exigências variam de operadora a operadora, mas algumas proíbem a oferta de jogos ou premiações, ou exigem que os períodos de assinatura sejam somente mensais: não podem ser diários, semanais ou anuais", escreveu Glass. "Outras exigem que o conteúdo, como toques, sejam protegidos para que os clientes não possam enviá-lo de seu telefone para o de seus amigos."

A Cingular, a Sprint Nextel, a T-Mobile e a Verizon chegam a proibir a captação de fundos para caridade por meio de seus serviços de mensagem de texto. Segundo Glass, caso a neutralidade da internet chegue ao fim, as operadoras podem decidir impor esse tipo de restrição ao internauta.

A MIT Technology Review trouxe ontem outro exemplo de como a ausência de neutralidade de rede prejudicou o acesso à comunicação no passado. A Western Union adquiriu concorrentes durante a Guerra Civil americana e, em 1866, alcançou uma posição próxima do monopólio. A partir disso, impediu o desenvolvimento de concorrente e bloqueou a entrada dos Correios no mercado.

Durante duas décadas, a empresa manteve o foco nos clientes empresariais, impedindo a inovação que poderia tornar o serviço acessível ao cliente final. "Em ambos os casos, as empresas dominantes tentaram explorar sua posição existente ao invés de inovar", afirmou Paul Star, historiador social da Universidade de Princeton, à MIT Technology Review.

No Brasil, a discussão ainda está no começo. "Ainda não nos posicionamos", afirmou Luis Cuza, presidente-executivo da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp). Sua equivalente americana, chamada Comptel, é uma das defensoras da neutralidade da rede lá. "O assunto está ligado a questões comerciais, de inclusão digital e até de livre acesso à informação", destacou Cuza.

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