19 dezembro 2006

Inpa concentra maior acervo de livros raros sobre a Amazônia

Por Luís Mansuêto (INPA)
em Jornal da Ciência
12 dezembro 2006

Ao longo dos anos, boa parte do conhecimento científico gerado sobre a Amazônia, principalmente Ciências Puras e Aplicadas com ênfase às Ciências Biológicas, foi sendo armazenado e catalogado em livros, mapas, teses etc, que se encontram na Biblioteca do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Existem aproximadamente 200 mil exemplares que têm um valor científico imensurável. Isso faz da biblioteca do Inpa a maior do país e do mundo sobre a temática: Amazônia. No local, também é possível encontrar a coleção de “Obras Raras e Especiais” formada por 3 mil títulos, aproximadamente.

Mas o que é uma obra rara? A responsável pela coleção, Angela Panzu, bibliotecária há 30 anos e há quatro funcionária do Instituto, responde. Segundo ela, não é tarefa fácil caracterizar um livro raro, pois não é considerado apenas a antigüidade, “o que não é suficiente”. Ela explica que existem outras características que devem ser consideradas, como, a consulta em fontes bibliográficas, ser único e incomum em relação aos exemplares do mundo, estar dentro de um limite histórico ou ainda apresentar aspectos bibliográficos distintos (papel, ilustração, encadernação, dedicatória etc).

Ou seja, é preciso verificar os detalhes técnicos tanto na forma quanto no conteúdo, bem como a dificuldade na obtenção dos exemplares e o seu valor histórico e monetário. Ela afirma que em alguns casos é quase impossível recolocar uma obra rara no acervo caso desapareça. “Além disso, a coleção necessita de cuidados especiais quanto a sua segurança conservação preventiva”, alerta.

“A coleção de obras raras e especiais destaca-se por sua importância científica e institucional. Nela é possível encontrar raridades dos séculos XVIII e XIX, como, Biologia Centrali-Americana em 64 volumes. Além de obras clássicas de Wallace, Bates, Darwin, Spruce, La Condamine, D'Orbigny, Coudreau, Spix e Martius, Agassiz, Goeldi e seus colaboradores, Holhne, Koch-Grümberg, Keller, Barbosa Rodrigues. Além do primeiro livro registrado na biblioteca em 1954: Iconografia de Orchidaceas no Brasil, de F.C. Hoehne (1949)”, afirma.

Entre as raridades também pode-se encontrar o livro: “El Maranon y Amazonas. História los descvbrimentos”. Ele é datado de 1684 e foi escrito pelo padre padre Manuel Rodrigues da Companhia de Jesu. Contudo, devido a ação do tempo, o livro já passou por um processo de restauração, tendo a capa alterada a qual recebeu uma nova encadernação. O que demandou tempo, profissional especializado e custo elevado, pois o livro possui 600 páginas e foi preciso remontá-lo página por página.

Panzu destaca que na coleção há livros que contam a história da população ribeirinha de Manaus e do Rio Branco, como o livro: “Valle do Rio Branco”, datado de 1906, de Alfredo Ernesto Jacques Ourique. Ele é todo ilustrado com fotos da região e de locais que hoje não existem mais, além do mapa da cidade. A obra foi idealizada pelo então governador do Amazonas da época, Antônio Constantino Nery. O objetivo era promover o povoamento do Alto Rio Branco. O livro foi entregue ao Excelentíssimo Senhor Barão de Ramiz Galvão pelo pesquisador Alfredo da Mata.

Também há na coleção obras do pesquisador Alfredo da Mata, como, o “Amazonas Médico”. O periódico tratava de assuntos referentes aos problemas que assolavam a cidade na época, principalmente, doenças de pele. “O material foi doado pela família do médico”, afirma Panzu acrescentando que há obras que pertenceram à biblioteca do Museu Botânico de Barbosa Rodrigues, como, a História Natural de Buffon, em 94 volumes, Linnaea, Journal für die Botanik, Paxton's magazine of Botany e livros que não são encontrados nem na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Ela destaca que tanto o acervo geral da biblioteca quanto a coleção de “Obras Raras e Especiais” são visitadas por estudantes do ensino fundamental, médio e superior, além de pesquisadores do Brasil e de fora do país. Segundo Panzu, deve-se ao valor informacional da coleção e ao número reduzido de bibliotecas na região.

“Nosso objetivo é democratizar a informação, permitindo que um público cada vez maior e diversificado tenha acesso à cultura científica brasileira. Mas, para isso, também é necessário dar um tratamento adequado à coleção, pois necessita de cuidados técnicos de higienização, de conservação, de restauração e de encadernação que permita retardar o processo de deterioração dos livros e prolongar a vida útil do acervo”, alerta.

Panzu ressalta que o papel pode durar séculos se conservado com os devidos cuidados.

“Existem exemplares dos primeiros 50 anos de impressão à época de Gutenberg até 1500, os quais são chamados incunábulos encontrados no acervo da Biblioteca Nacional (RJ), que ainda resistem a ação do tempo”, diz. Por isso, o manuseio e o acondicionamento devem ser adequados para garantir a preservação da obra. Uma alternativa que pode ser utilizada é a adoção da microfilmagem ou duplicação fac-similar para evitar a constante manipulação do original.

Mas os livros não sofrem apenas com a ação do tempo. O grande inimigo, hoje, das obras raras são os ladrões que têm roubado, com freqüência, livros de Museus e Bibliotecas Nacionais. No mês de setembro, a Secretaria de Cultura de São Paulo divulgou uma lista com as obras raras furtadas do acervo da biblioteca Mário de Andrade. Entre elas estavam gravuras do artista francês Jean Baptiste Debret e do alemão Johan Moritz Rugendas, além de um livro de 1501.

BIBLIOTECA INPA

Foi criada em 1954. O primeiro livro registrado na biblioteca foi o “Iconografia de Orchidaceas no Brasil”, escrito por F.C. Hoehne. A coleção da biblioteca subdivide-se em acervos bibliográficos, arquivísticos, sonoros e visuais distribuídos em livros, teses, periódicos, materiais especiais como mapas, fitas de vídeo, CD Rom, DVD, microfilmes, microfichas, entre outros.

O Instituto também possui sua própria produção bibliográfica, como, a coleção completa da Acta Amazônica, responsável pela divulgação dos trabalhos dos pesquisadores do Inpa e de outras instituições de ensino e pesquisa da região.

Publicado o padrão ISO do OpenDocument

em Notícias Linux
12 dezembro 2006

"O padrão ISO/IEC 26300:2006 (que descreve o formato OpenDocument e tem 722 páginas) foi publicado finalmente depois de vários meses de revisões desde sua aprovação em maio e já pode ser adquirido por algo menos de 200 euros neste órgão.

Finalizado o processo burocrático podemos considerar OpenDocument o primeiro formato de documentos padrão, que além disso rompe com a política monopolística de lock-in através de formatos fechados que tem mantido muitas suites até hoje.

"O ODF - Open Document Format , é um formato de arquivo para documentos eletrônicos. O atual formato proprietário vastamente difundido como".doc" , deverá ser gradualmente eliminado em razão da normatização da ISO. O ODF é um substituto eficaz e agora internacionalmentenormatizado para o ".doc"

Planets: um projeto para preservar arquivos

Cerca de 5 bilhões de documentos são produzidos todos os anos só nos Estados Unidos. Desses, 2% - 100 milhões de documentos - são passíveis de arquivamento, para referência futura. Mas o que acontece se o programa que gerou determinado arquivo deixa de ser produzido, sai de linha? Simples: o arquivo, ao menos em seu formato original, deixa de ser acessível. Mais ou menos 2 milhões de arquivos estão em formatos que já desapareceram ou podem simplesmente desaparecer.

Para evitar esse problema, a União Européia está iniciando o consórcio Planet (de Preservation and Long-term Acces projet through Networked Services). O consórcio reúne bibliotecas, institutos de pesquisas e especialista em tecnologia de toda a Europa. Estão entre elas a Biblioteca Britânica; o Laboratório de Pesquisa da Microsoft em Cambridge, Reino Unido; a IBM da Holanda; a Biblioteca Nacional da Áustria; o Arquivo Federal da Suíça; e as universidades Freiburg e Colônia, da Alemanha. O consórcio vai estudar um meio de recuperar esses arquivos - seja para leitura direta ou por meio de conversão para algum programa atual.

Pedra fundamental da Biblioteca Guita e José Mindlin é inaugurada

Por Livia Deodato
em O Estado de S. Paulo
7 dezembro 2006

Desde 1927, o empresário e bibliófilo José Mindlin vem formando o que chama de um 'conjunto indivisível' de obras raras sobre o Brasil. Guita, sua mulher e companheira por 68 anos, foi sua maior incentivadora. Em maio, um mês antes de morrer, ela assinou o documento, junto com Mindlin, que autorizava a doação de todo este acervo para a Universidade de São Paulo. 'Sempre quisemos evitar que a biblioteca se dispersasse. Resolvemos doar à USP com a condição de que construíssem um prédio para abrigar todo o conjunto de obras', conta Mindlin, de 91 anos.

O acervo, intitulado Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, conta com mais de 17 mil títulos - entre os quais, a primeira edição de O Guarani, de José de Alencar, e o original de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa - que tratam somente da cultura brasileira. O prédio, que será construído entre os edifícios da reitoria e da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), também deve abrigar o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) e parte do acervo do bibliotecário Rubens Borba de Moraes (grande amigo de Mindlin, morto em 1986).

Hoje, às 11 horas, o governador de São Paulo, Cláudio Lembo, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o ministro da Educação, Fernando Haddad, a reitora da USP, Suely Vilela, e o coordenador do projeto, prof.º István Jancsó, além de Mindlin, participam do lançamento da pedra fundamental da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Como lembra Mindlin, a área de 14 mil m2, localizada atrás da reitoria e escolhida para a construção do prédio, já foi o terreno reservado para a Faculdade de Direito da USP, cuja coordenadoria não aceitou transferir-se do Largo São Francisco.

O prédio, que tem projeto arquitetônico desenvolvido pelo escritório Eduardo de Almeida e Rodrigo Mindlin Loeb (neto do bibliófilo), com assessoria da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, tem conclusão prevista para daqui no máximo três anos. 'A doação deste acervo atingiu proporções que excedem o que seria uma propaganda particular. É um bem público. A gente passa e os livros ficam. Temos de pensar no futuro', diz o generoso Mindlin.

Relatório do IBGE aponta a situação da cultura no país

Em 2003, atuavam no setor cultural mais de 269 mil empresas, que empregavam cerca de 1.430.000 pessooas que ganhavam em média 5,1 salários mínimos, atuando nos três segmentos econômicos: indústria, comércio e serviços.

A íntegra está disponível em:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/indic_culturais/2003/default.shtm

Projeto inaugura bibliotecas públicas

em PNLL
3 dezembro 2006

Bibliotecas do projeto "Livro Aberto" começam a ser inauguradas em 20 municípios do Mato Grosso. O programa tem como meta criar bibliotecas municipais em todas as cidades brasileiras. Em Mato Grosso, 98% dos municípios foram contemplados. O estado é formado por 142 municípios, destes, apenas 23 não tinham uma biblioteca municipal. A iniciativa é do MinC, em parceria com o governo estadual de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, com apoio das prefeituras municipais.

Acervo da BN protegido

em PNLL
3 dezembro 2006

Nove milhões de peças, entre as quais 800 mil manuscritos, 35 mil mapas e 60 mil títulos raros além de fotos, gravuras e partituras integram o acervo da Biblioteca Nacional que, a partir deste mês, está mais protegido. Por conta do patrocínio da Petrobras, a Biblioteca Nacional implementou um novo sistema de segurança que conta com 70 câmeras, mais de 150 sensores de movimento instalados em pontos estratégicos, uma central de monitoramento e oito catracas com leitura ótica conectados por 10 mil metros de fios.

Site divulga acervo de instituições culturai

em PNLL
3 dezembro 2006

A Fundação Biblioteca Nacional inaugurou em 14 de novembro a Rede da Memória Virtual Brasileira, na qual instituições culturais dispõem seus acervos conjuntamente. Além de documentos da FBN, estão reunidas cerca de 2.200 peças do Museu Histórico Nacional, Casa de Rui Barbosa, Museu Villa-Lobos, Museu do Índio, Fundação Oscar Niemeyer, Fundação Cultural de Curitiba e UERJ. O destaque fica por conta da Guerra do Paraguai, croquis do arquiteto Oscar Niemeyer, partituras, arquivos sonoros da Biblioteca Nacional e textos de historiadores com links para as biografias dos citados. O conteúdo está disponível no link.

Biblioteca Nacional finaliza a digitalização de raridades da MPB

em PNLL
3 dezembro 2006

A Biblioteca Nacional concluiu a segunda etapa do “Passado Musical”. Desenvolvido pela PUC Rio, com patrocínio da Petrobras, o projeto promoveu a digitalização de 4 mil discos de MPB de 78 RPM. Os vinis passaram também por um processo de limpeza e restauração e foram catalogados para facilitar a consulta por parte do público. As cerca de oito mil músicas compreendem obras do início do século XX e raridades como uma composição de Ataulfo Alves executada em japonês e canções de Noel Rosa, Ari Barroso, Dorival Caymmi, Francisco Alves e Braguinha. Todo o conteúdo pode ser acessado pela internet, através de um site agregado ao portal da Biblioteca Nacional.

Livro eletrônico garante a preservação de direitos autorais

em PNLL
3 dezembro 2006

Uma ferramenta que auxilia bibliotecas e instituições que promovem ensino à distância. Trata-se do livro eletrônico, desenvolvido pela empresa carioca E-papers, que criou um sistema de cópia de livros protegido por senha que amplia a venda também para pessoas jurídicas. Graças a um plug-in", enviado juntamente com o arquivo que controla o período e a forma de acesso ao exemplar eletrônico, a venda de livros pode ser ampliada pessoas jurídicas com garantias de respeito aos direitos autorais. O formato de livro eletrônico é o Portable Document Format (PDF) que permite a impressão do fac-símile do livro original, cujo arquivo é protegido por senha e contém o nome do usuário que adquiriu o exemplar.

Portal Domínio Público aumenta seu acervo

Por Maria Pereira (MEC)
em Jornal da Ciência
19 dezembro 2006

O Portal Domínio Público, administrado pelo Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica (Ditec), da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), terá sua capacidade duplicada no próximo ano e também colocará à disposição dos interessados as obras raras do acervo da Biblioteca da Universidade de Brasília (UnB).

Atualmente, o portal tem um acervo de 25.875 obras, nos formatos de texto, som, imagem e vídeos, e capacidade para cadastrar 1,5 mil novas obras mensalmente.

Nesta quinta-feira, 23, os técnicos que trabalham na administração do portal reuniram-se com funcionários da Biblioteca da UnB para detalhar a organização do trabalho. Com a digitalização dessas obras, além da maior divulgação das mesmas, outro importante objetivo será atingido: a preservação de obras raras.

No próximo ano, o Domínio Público também contará com o conteúdo do Projeto Gutemberg - primeira biblioteca virtual gratuita do mundo - que possui um acervo de 19 mil obras da literatura mundial.

Outra importante fonte de pesquisa é o banco de teses e dissertações da Capes. Já existem mais de duas mil teses e dissertações cadastradas no Domínio Público.

Segundo o diretor do Ditec, Espartaco Madureira, o cadastro do acervo da Capes é uma das principais atividades desenvolvidas já que, desde janeiro deste ano, a divulgação do conteúdo completo dos trabalhos de mestres e doutores bolsistas da Capes passou a ser obrigatória.

"E, em breve, será colocado no portal o livro Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa", anunciou.

HISTÓRICO

O Portal Domínio Público foi criado em novembro de 2004, com acervo inicial de 500 obras. No primeiro mês de funcionamento recebeu 60.289 acessos e, desde março deste ano, o volume mensal de acessos triplicou.

Em agosto, foram registradas 404.591 visitas, o maior número até agora. De novembro de 2004 até o mês passado, o portal recebeu mais de 2,5 milhões de acessos.

Entre as obras mais consultadas estão A Divina Comédia, de Dante Alighieri, com 44.460 acessos; A Comédia dos Erros, de William Shakespeare, com 17.507 acessos; e A Cartomante, de Machado de Assis, que já teve mais de 15 mil acessos.

Máquina permite imprimir o jornal que você quer

em Folha Online
18 dezembro 2006

A empresa Satellite Newspaper instalou 125 máquinas pelo mundo que permitem aos usuários selecionar os grandes jornais do mundo que mais lhe interessam e imprimi-los em formato PDF. A iniciativa oferece 184 grandes jornais de 54 países.

Trata-se do Satellite Newspaper Kiosk. A máquina mede 70cm de largura por 143cm de altura. Os consumidores pagam facilmente o serviço com cartão de crédito ou cartões pré-pagos Kiosk-card.

Entre os jornais brasileiros, estão disponíveis por enquanto Agora, Gazeta Mercantil e Estado de S.Paulo. Os Estados Unidos têm com o maior número de publicações, 21 jornais.

Google fecha acordo para disponibilizar coleção de imagens da Nasa

em Folha Online
18 dezembro 2006

A Nasa e o Google anunciaram hoje um acordo que, entre outras coisas, disponibilizará ao alcance do mouse boa parte da imensa coleção de imagens e informações da Nasa.

Os desejos de expansão do Google não têm limites, nem sequer os do espaço exterior, ou pelo menos é isso parece emanar de um acordo com o qual o principal buscador internet pretende estender seus tentáculos onde nenhum de seus rivais jamais chegou.

Trata-se de uma colaboração que permitirá que os internautas vejam no computador mapas tridimensionais em alta resolução da Lua e de Marte a partir da tecnologia do Google Earth, segundo anunciaram hoje o Centro de Pesquisa Ames da Nasa, na Califórnia, e o Google.

O acordo também incluirá a possibilidade de acompanhar a Estação Espacial Internacional (ISS) e as atividades das naves espaciais em tempo real, ou o acesso a informação sobre previsões meteorológicas.

A iniciativa não se limita a juntar os dados da Nasa com as funções do Google.

Outros projetos, sobre os que por enquanto não foram dados mais detalhes, dizem respeito à interação entre humanos e computadores e inclusive a missões conjuntas.

Nas palavras do administrador da Nasa, Michael Griffin, é um acordo que em breve permitirá que os internautas "façam um vôo virtual sobre a Lua ou sobre os canais de Marte".

"A inovadora combinação de tecnologia da informação e de ciência espacial tornará o trabalho de prospecção espacial da Nasa disponível para todo mundo", disse Griffin.

A colaboração, por outro lado, "mostra que os setores público e privado podem trabalhar juntos com sucesso", disse S. Pete Worden, diretor do Centro de Pesquisa Ames.

Enquanto isso, o diretor de desenvolvimento de negócios estratégicos do Ames, Chris C. Kemp, lembrou que a Nasa tem mais informações sobre nosso planeta e o universo que nenhuma outra entidade na história da humanidade e, no entanto, apesar de boa parte destes dados serem de domínio público, estão muito dispersos e são difíceis de achar e de entender. E esta é a especialidade do Google.

O projeto espacial não é tão ambicioso se for comparado com a biblioteca virtual do Google, que inclui a digitalização de milhões de livros de todo o mundo, com o Google Maps ou com o espetacular Google Earth.

"Se aliar com a Nasa faz muito sentido para o Google. O conhecimento técnico e de informação será muito útil", disse Eric Schmidt, diretor-executivo da empresa.

Na realidade, Schmidt já anunciou uma colaboração com o Centro de Pesquisa Ames que incluía a criação de um campus do Google em terreno da Nasa há mais de um ano, mas, apesar da repercussão que o anúncio teve, o projeto perdeu ímpeto.

Ambas as entidades prometem levá-lo adiante agora com um acordo que, apesar de se propor a explorar as galáxias, dá frutos a partir da mais elementar proximidade física.

O Ames, um centro especializado em projetos de ciência e engenharia de vanguarda, fica em Moffett Field, no centro do californiano Vale do Silício, perto dos quartéis-gerais da Google em Mountain View.

Museus do Brasil e entidades do setor ganham site

em Folha Online
28 novembro 2006

Nesta quarta-feira (29), às 18h, será lançado em Brasília o Portal do Sistema Brasileiro de Museus (SBM).

O Site do SBM funcionará como uma rede de parceiros, que contribuirá para a comunicação entre os museus, sistemas e redes locais, escolas, universidades e entidades que atuam no campo museológico. O Portal abrigará o Cadastro Nacional de Museus, os relatórios do Observatório de Museus, as legislações da área, informações sobre eventos e oficinas, dentre outros assuntos de interesse do setor.

Na ocasião, também será comemorado o lançamento do livro "Há uma gota de sangue em cada museu", de Mário Chagas, professor, poeta, sociólogo, museólogo e coordenador técnico do Demu/Iphan. A obra trata de questões referentes às propostas e pensamentos museológicos de Mário de Andrade.

A ação, coordenada pelo Departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Demu/Iphan), é resultado da parceria entre os Ministérios da Cultura do Brasil e da Espanha e a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI).

Site mostra as palavras mais usadas da língua portuguesa

Por Carlos Kauffmann
em Folha de S. Paulo
6 dezembro 2006

O Corpus do Português, site aberto no início de novembro, oferece um meio inédito de esquadrinhar a língua portuguesa. Ele funciona como um "quem é quem" do idioma mostrando a popularidade de palavras ou de frases buscadas entre milhares de textos.

Esse grande arquivo forma o corpus da língua, que representa as diversas variedades lingüísticas do português. O corpus reúne mais de 50 mil textos, de diversas fontes (entre elas, a Folha), somando 45 milhões de palavras.

Há quatro registros principais: jornalístico, acadêmico, falado e de ficção. O site permite fazer comparações de várias naturezas, como ver a freqüência de palavras e de frases análogas nos diferentes registros, constatar diferenças de uso da língua entre o português europeu e o brasileiro e verificar a evolução do idioma, do século 14 ao século 20. Oferece ainda o recurso da visualização do entorno textual da palavra ou da frase buscada.

JANELAS

A página principal é dividida em janelas. Na da esquerda, ficam vários campos para busca, que podem ser de palavras, de frases ou de categorias gramaticais, como verbos, substantivos e adjetivos. A resposta da busca é apresentada à direita, com a respectiva contagem de freqüência. Clicando nos resultados, aparecem abaixo os trechos onde ocorrem a palavra ou a expressão buscada.

O site foi desenvolvido por dois pesquisadores norte-americanos, Mark Davies, da Universidade Brigham Young (Utah, EUA), e Michael Ferreira, da Universidade de Georgetown (Distrito de Columbia, EUA). O acesso é livre e gratuito. Depois de algumas consultas, é solicitado um registro simples (nome e e-mail). A utilidade dessa ferramenta de busca do idioma é múltipla: para os estudantes, é uma chance de ver a língua exemplificada pelo uso real; para os lingüistas, renova a descrição da linguagem e possibilita a criação de melhores dicionários e gramáticas; para os escritores, cria alternativas estilísticas inovadoras e amplia os horizontes da criação literária.

Outras iniciativas que visam englobar o corpus da língua portuguesa: Projeto Linguateca e Banco de Português.

Google permite ler livros online

Por Alexandre Barbosa
em Estadão.com.br
24 novembro 2006

A gigante de buscas Google implementou uma inovação na ferramenta Book Search, que tem a versão em português de Busca de livros, e que permitirá visualizar trechos ou livros inteiros diretamente na Web.

O aplicativo possibilita visualizar arquivos digitalizados de livros e possui suporte a zoom ou modo de tela cheia, para facilitar a leitura.

O site mantém a utilização do formato PDF, da Adobe, mas dispensa que o usuário acione o programa leitor Adobe Reader, gratuito, porém pesado, o que aumentará a agilidade na consulta aos documentos.

Mas o número de obras com trechos em português é limitado. Uma das razões para essa limitação é que o acervo em português do serviço é pequeno comparado ao inglês, já que o Google tem mais acordos firmados com bibliotecas norte-americanas em seu mega-projeto de digitalização de livros.

O site do Busca de Livros, a exemplo do original em inglês Book Search, traz links para lojas que vendem livros online.

O funcionamento do sistema é o mesmo: basta digitar uma sentença de busca no mecanismo e, no caso de buscar livros completos, selecionar a opção Livros com visualização completa.

Em seguida, aparece o mini-aplicativo que exibe, direto na janela do programa navegador, a obra escolhida, com o termo de busca em destaque.

Xerox propõe papel reciclável para copiadoras

em Estadão.com.br
27 novembro 2006

Cientistas do laboratório da Xerox em Palo Alto, nos EUA, criaram um novo sistema que permite criara papel ´reciclável´ para copiadoras. O sistema permitiria reutilizar a mesma folha num número infinito de vezes.

A tecnologia desenvolvida pela empresa usa um papel levemente amarelado e tratado quimicamente para, uma vez submetido a uma tinta especial, gerar documentos que se apagam sozinhos no prazo de 16 horas.

Testes feitos provaram ser possível reutilizar o papel cerca de 50 vezes, processo limitado apenas pela vida útil do papel.

Segundo a empresa, a lógica por trás do sistema é que o papel assumiu um novo papel nos escritórios modernos, servindo mais como mídia de exibição de informação do que de armazenamento, o que a empresa constatou que o papel de impressões ou cópias acabava na pilha de papel para reciclagem no mesmo dia em que eram produzidos (21% do total).

Segundo o mesmo levantamento, das 1200 páginas de uma impressora média de escritório, 44,5% são para uso diário, com tarefas, rascunhos ou mensagens de e-mail.

A Xerox ainda não sabe se irá comercializar a tecnologia ou se será possível tornar seus custos atraentes na comparação com o uso de papel convencional ou frente a outras tecnologias emergentes.

O laboratório da empresa também é um dos centros de desenvolvimento da tecnologia de papel eletrônico, em que uma camada de esferas contidas entre duas películas flexíveis pode ser utilizado incontáveis vezes.

Estudante indiano propõe armazenar dados em papel

em Estadão.com.br
27 novembro 2006

Usando algoritmos matemáticos de compressão e um código baseado em formatos geométricos e cores, o estudante Sainul Abideen, do estado de Kerala, sudoeste da índia, criou um novo sistema para codificar dados em impressos. A chamada ´Rainbow Technology´ pode gravar de 90 a 450 GB de dados em uma folha de papel.

Um scanner utilizando um software especial pode ler as informações e convertê-las para dados novamente. Os dados não precisam ser impressos necessariamente em papel, já que a técnica também funcionaria em lâminas de plástico e poderia baixar tremendamente os custos de armazenamento de informação.

Segundo seu criador, a técnica poderia ser usada para condensar quantidades menores de informação em pedaços menores de papel ou plástico. Um dos conceitos propostos por ele prevê a existência dos ´Rainbow Cards´, lâminas do tamanho de um SIM card (aqueles usados em celulares GSM) e que poderiam guardar até 5 GB de dados.

Wikipedia em português chega a 200 mil verbetes

em Estadão.com.br
4 dezembro 2006

A versão em português da enciclopédia virtual Wikipedia atingiu na quarta-feira passada, dia 29 de novembro, a marca de 200 mil verbetes no idioma. O número foi alcançado com a publicação do verbete “Copa América 2007”. A versão em português do site já é a oitava maior do mundo.

Com isso, o número de artigos em português praticamente dobrou desde fevereiro de 2006, quando a Wikipedia quebrou a barreira de 100 mil verbetes.

Atualmente a enciclopédia online está disponível em diversos idiomas, embora o inglês ainda seja o mais utilizado, com mais de 1,5 milhão de verbetes.

HP e Amazon imprimirão livros sob demanda

Por Alexandre Barbosa
em Estadão.com.br
5 dezembro 2006

A fabricante de computadores HP e a livraria virtual Amazon firmaram um acordo pelo qual a primeira irá fornecer serviços de impressão colorida para um novo serviço de livros sob demanda pela internet.

Para a HP, a parceria permite estabelecer um novo posicionamento para a empresa, que expandiria sua identidade do ´negócio de impressoras para o de impressões.'

A parceria estabelecida permitirá, por exemplo, a impressão por encomenda de livros fora de catálogo ou esgotados na loja virtual da Amazon, além de pavimentar o terreno para a divulgação de títulos com tiragens menores, que teriam um custo de produção mais atraente graças às tecnologias de digitalização. Os termos financeiros do acordo não foram divulgados.

Deficiente é privado de acessar grandes sites da Web, diz ONU

Por Reuters
em Estadão.com.br
6 dezembro 2006

Muitos sites ao redor do mundo estão além do alcance de deficientes físicos, mas poderiam facilmente ser alterados para atender aos padrões internacionais de acessibilidade, constatou uma pesquisa fornecida pela Organização das Nações Unidas nesta terça-feira.

O estudo, conduzido para a organização internacional pela Nomensa, um grupo britânico de pesquisa de tecnologia, observou 100 sites populares em 20 países, e constatou que a ampla maioria não atendia aos padrões internacionais de acessibilidade.

"Nós claramente temos alguns obstáculos a superar", disse Leonie Watson, da Nomensa, que é deficiente visual, em entrevista coletiva na sede da ONU.

Embora muitos sites tenham tomado medidas para oferecer maior acessibilidade, é preciso que façam mais para se tornar plenamente utilizáveis por pessoas que não podem usar mouses, tenham deficiências visuais ou sejam cegas, disse Watson.

Entre os problemas mais comuns encontrados pelo levantamento estão o uso de uma linguagem de programação muito difundida, conhecida como JavaScript, e de recursos gráficos desprovidos de explicação em texto, mencionou ela.

O uso intensivo da linguagem JavaScript torna impossível a cerca de 10 por cento dos usuários de internet obter acesso a informações essenciais, porque não dispõem do software necessário, afirmou Watson.

Segundo ela, descrições textuais de recursos gráficos permitem que indivíduos cegos os "vejam" por meio do uso de software de leitura de telas que converte textos em fala eletrônica.

Outro problema constatado pela pesquisa foi o uso de combinações de cores com contraste inadequado, o que torna páginas da Web impossíveis de ler para pessoas com problemas visuais amenos como o daltonismo.

A pesquisa observou sites de viagens, finanças, mídia, governos e varejo de alta popularidade, em países com infra-estrutura de internet relativamente desenvolvida.

O estudo constatou que três dos sites avaliados atendem aos critérios de acessibilidade básica -- o da chancelaria alemã, o do governo espanhol e o do gabinete do primeiro-ministro britânico.

Microsoft concorrerá com o Busca de Livros do Google

Por Alexandre Barbosa
em Estadão.com.br
7 dezembro 2006

A Microsoft divulgou nesta quinta-feira o início de seu projeto para digitalização e busca de conteúdos em livros na internet com o anúncio do Windows Live Book Search.

Para de sua nova ferramenta de busca, a ferramenta online da Microsoft concorrerá diretamente com o projeto da rival em buscas Google para a digitalização de livros e a indexação de seu conteúdo.

Por enquanto a ferramenta, ainda numa versão de avaliação, ficará restrita aos EUA, indexando num primeiro momento conteúdos de livros que caíram em domínio público, ou seja, livres de direitos autorais.

Quando ativo, a ferramenta permitirá, segundo a Microsoft, que editoras e autores disponibilizem versões eletrônicas de livros com controle sobre quanto de suas obras poderão ser visualizadas pelos internautas.

Site Lulu.com cresce publicando livros de desconhecidos

Por Reuters
em Estadão.com.br
12 dezembro 2006

Em uma área pelo menos a nova economia está cumprindo sua promessa. Diferente do caro processo de publicação de livros do passado, hoje em dia um autor não precisa gastar um tostão para ver sua palavras publicadas, e até pode ganhar dinheiro com isso.

Em apenas três anos, o empreendimento do canadense Bob Young, Lulu.com, saiu do zero para um faturamento de US$ 16 milhões, com a publicação de 2.500 novos títulos por semana, escritos por autores desconhecidos do grande público ao redor do mundo.

"Nossa missão não é descobrir o próximo Harry Potter -- apesar de que cada autor que recorre à Lulu acredita que tem o próximo Harry Potter -- mas fornecer um meio de publicação para as pessoas comuns", disse Young à Reuters.

"Editores comuns querem 100 autores que vendam um milhão de livros cada. Nós queremos 1 milhão de autores que vendam 100 livros cada."

Atualmente o site tem mais de 100 mil títulos disponíveis para impressão ou download e está vendendo mais de 90 mil livros por mês. A expectativa é vender até 2 milhões no próximo ano.

"É nosso objetivo chegar a todos os principais mercados do mundo", disse Young, que visita a Inglaterra para acompanhar o desempenho de sua crescente operação européia.

A editora online publica principalmente em inglês, mas já trabalhou com obras de autores de 80 países e as vendeu para 60 países diferentes.

FACILIDADE

Não custa nada para um autor tornar sua obra disponível para compra online, diferente da publicação pelos métodos tradicionais, que pode ser cara.

O autor tem completo controle sobre título, conteúdo, páginas e preço, cobrando o que quiser, desde que cubra o custo de cerca de 8 dólares por cópia.

Assim que o custo é deduzido, a quantia remanescente é dividida entre o autor, que fica com 80 por cento, e a Lulu, que fica com o restante.

E como a Lulu opera sob demanda, a editora online não precisa de estoques com livros impressos que esperam para serem vendidos.

Isso é um ponto importante para Young, que tem uma mesa e uma cadeira construídas com cópias não vendidas de seu livro "Under the Radar", que conta sua experiência como co-fundador da distribuidora do sistema operacional Linux, Had Hat.

Um exemplo de livro de sucesso na Lulu é "The Replica Watch Report", sobre as diferenças entre relógios reais e falsificados. A obra foi escrita pelo especialista no assunto Richard Brown.

Brown levou o projeto a uma editora que o recusou porque as vendas previstas eram de apenas 1.000 cópias por ano. Então ele decidiu recorrer à Lulu, onde de fato vende 1.000 unidades por ano, mas ele tem um lucro de 28 dólares por cópia. "Um acordo com uma editora tradicional não iria dar ele nada parecido com isso", disse Young.

Google apresenta nova ferramenta para busca de patentes

Por EFE
em Estadão.com.br
15 dezembro 2006

O gigante da internet Google lançou na quinta-feira em modo de teste o serviço Google Patent Search, uma nova ferramenta que serve para buscar milhões de patentes registradas nos Estados Unidos.

A última incorporação à ampla coleção de ferramentas especializadas do Google permite buscar entre aproximadamente 7 milhões de patentes, usando parâmetros como número, data e nome do inventor.

O servidor inclui todas as invenções de 1790 a meados de 2006, exceto as que estão com aprovação pendente e as internacionais.

O serviço, competirá com o motor de busca do Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos EUA, a agência oficial americana, utilizada por historiadores, inventores e advogados, entre outros.

"É uma extensão natural de nossa missão para tornar a informação pública mais facilmente acessível", disse Doug Banks, engenheiro da companhia, no "blog" corporativo.