26 abril 2006

Apartheid digital está diminuindo, diz estudo

em Agência EFE
26 abril 2006

Com mais de um bilhão de internautas e dois bilhões de usuários de telefones celulares, o mundo está cada vez mais preparado para a internet e o apartheid digital vêm diminuindo pouco a pouco, indicou um relatório britânico. Praticamente todos os países presentes na lista publicada há sete anos pelo Economist Intelligence Unit, mesmo grupo da revista The Economist, conseguiram em 2006 pontuações melhores na maioria dos indicadores sobre desenvolvimento tecnológico usados para a análise.

O estudo utiliza cerca de cem critérios quantitativos e qualitativos, organizados em seis categorias, como a conectividade e a infra-estrutura tecnológica, o ambiente para os negócios, a adoção das novas tecnologias por empresas e particulares, a legislação e os serviços eletrônicos de apoio. O mais importante, em termos relativos e absolutos, são os maiores progressos no final da lista, o que representa uma redução na distância entre os países.

A Europa lidera a lista de preparação tecnológica para a era digital, com a Dinamarca em primeiro lugar (9 pontos em um total de 10), seguida por Estados Unidos (8.88), Suíça (8.81), Suécia, Reino Unido, Holanda, Finlândia, Austrália, Canadá, Hong Kong, Noruega e Alemanha. O Brasil melhorou sua pontuação, com 5.29, contra os 5.07 do ano passado, mas caiu da 38ª para a 41ª posição. O mesmo aconteceu com a Argentina, que passou dos 5.05 para os 5.27 pontos, mas caiu da 39ª para a 42ª colocação.

O Chile é o país latino-americano mais bem colocado e melhorou sua pontuação - passou de 5.97 pontos para 6.19 -, mas manteve a 31ª posição, na frente da República Tcheca, da Hungria e da Polônia. O México aumentou sua pontuação, de 5.21 em 2005 para 5.30, mas caiu três posições, ocupando a 39ª colocação.

A Venezuela é uma exceção entre os países latino-americanos avaliados, pois, além de cair três posições, também perdeu pontos, obtendo 4.47 em 2006, contra 4.53 no ano passado. O Peru subiu na classificação, com 4.44 pontos, ficando na 50ª posição, enquanto a Colômbia melhorou sua pontuação, com 4.41, mas perdeu três posições e caiu para a 51ª colocação.

O Equador também demonstra uma melhor preparação para a era tecnológica, com 3.88 pontos, ocupando a 58ª colocação, logo atrás da China, que obteve 4.02 este ano.

Proposta de atualização na lei de direitos autorais nos EUA

Por Rodrigo Martin de Macedo
em MAGNET
26 abril 2006

A nova proposta de lei de proteção a direitos autorais está provocando revolta no pessoal mais antenado no mundo digital. O Digital Millenium Copyright Act, ou DMCA, que visa acabar com a troca, comercialização, e agora posse, de materiais que infrinjam os direitos autorais, propõe o aumento de 5 para 10 anos de cadeia para piratas de software ou música.

A DMCA daria, entre outras coisas, acesso a logs de sistema, com relatórios de IPs que conectaram em determinados serviços, até a possibilidade de instalar uma escuta telefônica.

O site The Inquirer, por exemplo, aponta a mudança de valores morais advindas da nova DMCA. Nos Estados Unidos, assaltar um policial dá ao assaltante cinco anos de cadeia. Baixar pornografia infantil, sete anos, e assaltar sem uma arma, dez anos. Tendo em vista tais fatos, o site comenta que gravar um CD da Disney e vendê-lo colocaria o pirata no mesmo patamar de alguém que distribuísse fotos de abuso sexual a crianças.

De acordo com uma matéria no site CNet, a nova lei exigiria a criação de uma unidade dedicada no FBI, apenas para a verificação de crimes de direitos autorais. Pirataria não comercial, como por exemplo a inclusão de fotos, vídeos ou artigos em um site, também seria considerada criminosa e estaria dentro da nova lei, caso ultrapassasse o valor de US$ 1.000.

Leitores do site IP Democracy se revoltaram e comentaram que a este ponto, roubar um CD ou DVD de uma loja seria menos perigoso.

A nova proposta deve ser anunciada em breve, conforme noticiou o site CNet na página que pode ser acessada pelo atalho snurl.com/pog7 .

24 abril 2006

Os blogs, como descritos em 1918

Por Verlyn Klinklenborg
em O Estado de S. Paulo
23 abril 2006

Freqüentemente, recebo no computador uma lista dos novos livros acrescentados ao catálogo de obras online da Biblioteca da Universidade da Pensilvânia. Para mim essa é a versão de longa distância do tipo de pesca que fiz a maior parte da minha vida, vagando através das bibliotecas, fazendo descobertas acidentais nas prateleiras ao longo do caminho.

Porém, há um paradoxo aqui. Essa é uma biblioteca de alta tecnologia repleta de livros antigos. É verdade que, por causa das restrições impostas pelos direitos autorais, é raro encontrar uma publicação cuja data seja anterior a meados da década de 1920. Não conheço nenhum lugar no qual você possa sentir tão claramente a diferença entre as águas protegidas pelo direito autoral e o mar aberto do domínio público.

Na maioria das vezes, apenas dou uma passada de olhos nos títulos. Mas um dia desses me deparei com The Free Press ('A Imprensa Livre'), de Hilaire Belloc, publicado em 1918. Belloc, que morreu em 1953, está bem representado online. O Projeto Gutenberg já publicou dez de seus livros, o que parece muito até você considerar quantos livros ele publicou em sua vida - quase 150.

Belloc era versátil, firme em suas opiniões e não poupava esforços. Certa vez, assim resumiu sua filosofia sobre o ato de escrever: "A arte toda consiste em escrever e escrever e escrever e depois oferecer para venda, exatamente como manteiga".

The Free Press é um longo ensaio que examina a história do que Belloc chama de imprensa oficial na Inglaterra e o surgimento de imprensa livre rival, na forma de pequenos jornais, freqüentemente de vida curta.

A imprensa oficial, afirma Belloc, é centralizada e Capitalista (ele sempre escreveu Capitalista com inicial maiúscula) e seus proprietários são "o verdadeiro poder governante no mecanismo político do Estado, superior ao das autoridades estatais, nomeando e demitindo ministros, impondo políticas e, em geral, usurpando a soberania - tudo isso de maneira secreta e sem responsabilidade". O resultado "é que a massa dos ingleses parou de ter ou até mesmo de esperar informações sobre a maneira como são governados".

É uma delicada tarefa histórica transplantar o argumento de Belloc da época dele para a nossa. Talvez nada distancie tanto seu ensaio como a pressuposição de que os principais jornais moldavam o poder político da nação - que os políticos governavam com o consentimento tácito dos donos de jornais.

Nenhum jornal ou rede de TV da nossa era pode ocupar o lugar do conjunto dominante de jornais de lorde Northcliffe (1865- 1922, jornalista britânico nascido na Irlanda, o mais espetacular jornalista e editor de jornais da imprensa britânica. Fundou o Daily Mail em 1896 e o Daily Mirror em 1903), incluindo o The Times de Londres, que incorporava a idéia de Belloc de imprensa oficial. O equilíbrio de poder mudou e muitos dos ideais implícitos da imprensa livre ou independente, como Belloc a descreve, foram absorvidos por jornais modernos. Também não faltam jornais pequenos, opinativos e independentes que ele defendeu.

Mas ainda vale a pena ler The Free Press, pois descreve, com algumas importantes adaptações, a relação em evolução entre blogueiros políticos e a mídia da corrente central do pensamento nacional. A imprensa livre descrita por Belloc era uma horda de pequenos jornais altamente opinativos, às vezes propagandísticos, que surgiram em reação à "imprensa oficial do Capitalismo". Segundo Belloc, o que caracterizou a imprensa livre foi um "particularismo discrepante".

Como ele diz, "a imprensa livre lhe dá a verdade, mas somente em seções desarticuladas, porque é discrepante e é particularista (para "particularismo", Belloc oferece "excentricidade" como sinônimo). Para chegar à verdade lendo os órgãos da imprensa livre, você precisa "juntar tudo e anular uma declaração exagerada comparando-a com outra".

Mas o que ele quer provar é que você pode chegar à verdade.

Há parágrafos inteiros no ensaio de Belloc nos quais se você substituir imprensa livre por blogs ficará surpreso com as semelhanças. Ele observa que os jornais da imprensa livre raramente se pagam e que muitas vezes tropeçam na "informação imperfeita", simplesmente porque não é de interesse dos políticos falar com eles.

Eles tendem a pregar para os convertidos. E são limitados pela visão do seu fundador. "É difícil", escreve Belloc, "ver de que forma alguns dos jornais que mencionei vão sobreviver muito tempo à perda de seu atual editor".

A intenção de Belloc não é trazer à luz as limitações dos blogueiros - perdoe-me, da imprensa livre. É mostrar como, por mais imperfeitos que sejam, eles podem contribuir enormemente para nossa capacidade de conhecer o que está acontecendo. Qualquer pessoa que passa muito tempo lendo blogs políticos detectará uma nota familiar - numa prosa muito melhor - entre as certezas de Belloc. Em resumo, ele escreve como um blogueiro do seu tempo.

20 abril 2006

Terra estréia revista online

Por Danilo Gregório
em INFO Online
19 abril 2006

O portal Terra colocou no ar, na segunda-feira, dia 17, o site Terra Magazine, que tem como objetivo ser uma espécie de revista online.

Para atender a essa proposta, o veículo pretende investir em jornalismo investigativo, com textos mais analíticos e reportagens aprofundadas. Entre os assuntos abordados, estão cultura, política, economia, esportes, mídia e saúde.

Segundo o diretor de conteúdo do Terra, Antonio Prado, a idéia é que a revista online aproveite os serviços multimídia do portal, como a Rádio e a TV Terra, distribuindo conteúdo em áudio e vídeo.

Ainda nesta semana, o Terra Magazine deve levar ao ar um podcast, com trechos de entrevistas e resumos de matérias. Um videocast também está nos planos da revista online, mas ainda há previsão de estréia, de acordo com Prado.

O Terra Magazine é comandado pelo jornalista Bob Fernandes e conta com a colaboração de vários colunistas, entre eles, o cineasta Jorge Furtado e o escritor Milton Hatoum.

Brasil é representado no congresso mundial de informática

Por Hugo Cesar Hoeschl
em Consultor Jurídico
5 abril 2006

A IFIP — Federação Internacional de Processamento de Informações promove, acada dois anos, um encontro mundial científico e técnico com o objetivo dereunir as últimas inovações internacionais em termos de tecnologia da informação e comunicação. Trata-se do World Computer Congress, ou CongressoMundial de Informática. Sua última edição aconteceu em Toulouse, na França, em2004, onde foram apresentados, por exemplo, o webcar da Mercedes e o sistema de navegação do Airbus A380 (o maior avião do mundo).

A edição de 2006 será em Santiago, no Chile, onde, além da apresentação deinovações tecnológicas, também serão discutidos temas como cidadania digital,inteligência artificial, novas técnicas de segurança de dados, evoluçãohistórica das novas tecnologias e aplicações pedagógicas da informática, entreoutros assuntos. A boa notícia é que um grupo de pesquisadores do Brasil teve um significativo número de trabalhos selecionados para apresentação epublicação no evento, num total de seis pesquisas selecionadas na área deInteligência Artificial (TC12) e no Symposium on Professional Practice in Artificial Intelligence.

A outra boa notícia é que essas pesquisas estão focadas exatamente nodesenvolvimento de ferramentas para a ampliação da cidadania. Embora ainda nãotenham sido divulgadas as estatísticas oficiais, é grande a probabilidade da equipe de brasileiros ter ficado em primeiro lugar mundial nos indicadoresquantitativos globais do WCC, superando instituições tradicionais como, porexemplo, a Nasa, que participa com regularidade do evento, além das mais prestigiadas universidades americanas e européias.

Inseridos entre os aspectos mais importantes a serem discutidos em Santiago,estão as formas digitais de interação entre Estado e cidadãos e asalternativas de exercício de poder delas decorrentes. Não há poder sem informação, e a principal pesquisa do grupo de cientistas brasileiros estáfocada exatamente nesse aspecto. O trabalho intitulado "InteligênciaArtificial e Gestão do Conhecimento", desenvolvido pelos pesquisadores do Ijuris — Instituto de Governo Eletrônico, Inteligência Jurídica e Sistemas,relata uma série de pesquisas desenvolvidas em solo nacional nos últimos 15anos, cujo objetivo é fortalecer a relação informacional do cidadão com o Estado, culminando na geração de ferramentas inteligentes.

Nesse contexto, destaca-se o Ontoweb, desenvolvido pelo grupo e caracterizadocomo uma inovadora ferramenta semântica de gestão do conhecimento online, eis que monitora fontes governamentais de informação digital e permite análises ediagnósticos sobre as ações de governo, com base nas informações relatadaspelas próprias fontes oficiais.

O Ontoweb também é o foco central de outros três trabalhos aprovados pela equipe do Ijuris no WCC. O projeto foi lançado no início de fevereiro de 2006e já recebe acessos de mais de 30 países diferentes, de todos os continentes,mesmo sendo integralmente construído em português. Ele está referenciado na pesquisa brasileira como uma nova e consistente alternativa de fortalecimentoda cidadania, além de atuar também como ferramenta de busca de informações,sendo considerado, atualmente, como o estágio mais avançado das pesquisas desenvolvidas pelo grupo de brazucas, o qual já conta com mais de 150trabalhos científicos publicados internacionalmente.

As comunicações de aprovação vieram assinadas pelos professores Max Bramer,PhD da University of Portsmouth, na Inglaterra, e John Debenham, da Universityof Technology, de Sydney, na Austrália. O fato coincide com o momento em que o Ontoweb passou a ser referenciado pela Wikipedia, a maior enciclopédiacolaborativa online do mundo, confirmando a qualidade da pesquisa feita noBrasil.

19 abril 2006

Site vai transmitir debates do Fórum do Software Livre

O site InfomediaTV vai transmitir online, ao vivo, alguns dos debates e palestras técnicas da sétima edição do Fórum Internacional Software Livre , que começou nesta quarta-feira, em Porto Alegre. Os usuários podem acompanhar a programação no endereço infomediatv.terra.com.br/fisl.

Estão programados os seguintes temas: "Tarde do KDE", "Estudo de caso do porte de PDA´s ARM que originalmente rodam Windows CE", "Interoperabilidade e modelo de negócios Open Source" e "Off Topic: como encorajar mulheres a contribuirem no mundo FOSS".
Na sexta-feira, a partir das 14h, o InfomediaTV também vai transmitir um anúncio exclusivo, além de divulgar outros temas.

Porto Alegre recebe 7º Fórum Internacional de Software Livre

em Terra Tecnologia
19 abril 2006

Começou, nesta quarta-feira, a sétima edição do Fórum Internacional Software Livre, que reune no centro de eventos da FIERGS, em Porto Alegre, mais de quatro mil participantes interessados em discutir os avanços, as novidades e as estratégias do segmento. Até sábado, uma extensa programação de palestras e debates abrange 16 categorias, incluindo desenvolvimento, banco de Dados, desktop, inclusão digital, jogos livres e multimídia.

A abertura oficial do evento será às 15h, mas uma série de pré-eventos movimenta a comunidade. A maioria dos encontros é organizada por seus próprios integrantes dos grupos de usuários. Nesse leque, entram palestras com títulos "Como implantar tecnologia IP usando Asterisk", "Linux para seres humanos", "Software Livre no combate à pornografia infantil na Internet", "Computador para todos: os próximos passos", "As mulheres do Software Livre" e "Software Livre no Nintendo DS".

Entre os palestrantes, destacam-se Richard Stallman, criador da Licença Pública Geral (GPL) e um dos pioneiros do Software Livre. Na quarta-feira, a partir das 19h, ele vai participar de um debate sobre "Comunidade, filosofia e cultura livre". Na sexta, a partir das 16h, Stallman vai falar sobre a terceira versão da GPL. Além disso, estarão no evento Marcelo Tosatti, mantenedor do núcleo do Linux, Miguel de Icaza, fundador dos projetos GNOME e Mono, e Randall Schwartz, um dos principais desenvolvedores da linguagem Perl.

Relação da biodiversidade brasileira pretende evitar patentes irregulares

Por Fabíola Salvador e Lígia Formenti
em O Estado de S. Paulo
19 abril 2006

O governo preparou uma relação com 3 mil nomes tradicionais da biodiversidade brasileira para divulgar internacionalmente e, assim, evitar que virem marca em outros países. Entre os itens estão o cupuaçu, o açaí, o maracujá, o pinhão, o umbu e o cajá. A lista, que deve ser apresentada na semana que vem, será entregue em forma de software aos maiores escritórios de patente mundiais localizados na Europa, Estados Unidos e Japão. Todas as vezes que um pedido de marca for apresentado, esses escritórios poderão consultar a compilação de nomes comuns da biodiversidade brasileira e, dessa forma, evitar o registro.

Trata-se de uma iniciativa inédita no mundo, segundo integrantes do grupo que a formulou. E deve evitar casos como o do registro indevido do cupuaçu. Em 1998, a empresa japonesa Asahi Food registrou o nome da fruta e, depois disso, passou a exigir o pagamento de US$ 10 mil em royalties sobre qualquer produto que levasse o nome no rótulo. Foi preciso que organizações não-governamentais ingressassem com uma ação e derrubassem o registro, o que ocorreu em 2004.

Um levantamento da Associação Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI) divulgado em março identificou 84 casos em que nomes típicos da fauna brasileira são usados como marcas em outros países.


MAL-ESTAR

A relação deveria ter sido lançada ontem com pompa por representantes de todos os ministérios envolvidos - Agricultura, Meio Ambiente , Relações Exteriores e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Mas Agricultura antecipou-se e fez um comunicado sobre o lançamento, provocando imenso mal-estar. As outras pastas ressentiram-se e o evento acabou adiado, provavelmente, para a próxima semana.

O Ministério da Agricultura divulgou que a lista seria mais extensa, com cerca de 5 mil itens, incluindo nomes da fauna, flora e microorganismos da biodiversidade brasileira, como a espirulina, uma espécie de alga. Integrantes de outros ministérios, no entanto, afirmam que a relação de nomes, em sua primeira versão, poderá ser mais enxuta e conter apenas termos da flora, totalizando 3 mil itens.

Os nomes foram escolhidos nos últimos dois anos. Para a compilação, integrantes do Grupo de Propriedade Intelectual se valeu de material de internet, trabalhos publicados em revistas especializadas e pesquisas sobre cultura popular. Do grupo faziam parte representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ( Ibama), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Brasileiro de Propriedade Intelectual ( INPI).

Alemanha abrirá arquivos nazistas

em O Estado de S. Paulo
19 abril 2006

A Alemanha adotará medidas para abrir os arquivos nazistas sobre o Holocausto para historiadores e sobreviventes, anunciou ontem a ministra da Justiça, Brigitte Zypries. Ela disse que a Alemanha trabalhará em parceria com os EUA para tornar públicos 30 milhões de documentos guardados na localidade alemã de Bad Arolsen.

FAPESP apoia compra de 130 mil livros

em Agência FAPESP
19 abril 2006

A FAPESP está divulgando os resultados da quinta chamada do Programa FAP-Livros, para apoio à aquisição de livros para a pesquisa científica e tecnológica e atualização do acervo de bibliotecas vinculadas a instituições de ensino superior e de pesquisa do Estado de São Paulo.

Foram aprovadas 161 solicitações, de um total de 172, para a compra de cerca de 130 mil livros nacionais e estrangeiros. No total, a FAPESP investirá R$ 27 milhões. O FAP-Livros Fase V previa inicialmente o apoio de R$ 20 milhões, valor que foi aumentado devido ao volume de solicitações qualificadas e por incluir um novo tipo de publicação, o e-book, não contemplado nas chamadas anteriores.

Na análise e seleção foi considerada principalmente a intensidade das atividades de pesquisa desenvolvidas na instituição solicitante com apoio da FAPESP. As instituições selecionadas serão comunicadas pela Fundação. Os resultados também estarão no Sistema de Apoio a Gestão da FAPESP (SAGe).

O Portal dos Sistemas de Bibliotecas das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), consórcio que reúne 92 bibliotecas que atendem a mais de 230 mil estudantes, foi a instituição com o maior número de títulos aprovados. A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas vêm em seguida.

"O FAP-Livros representa uma iniciativa fundamental para o desenvolvimento das bibliotecas acadêmicas, cujo acervo representa um dos principais elementos que garantem a qualidade da atividade de pesquisa no Estado de São Paulo", diz Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Até 1992, as solicitações para compra de livros apresentadas à Fundação eram feitas diretamente pelos pesquisadores e aprovadas como auxílios a pesquisa. Com a definição das bases do programa, a FAPESP lançou a segunda fase do FAP-Livros, tendo atendido a solicitação de compra de 51.222 títulos entre 1992 e 1993.

Na Fase III, em 1995, foram aprovadas as aquisições de 114.441 livros, no valor de R$ 7,2 milhões. O FAP-Livros Fase IV, entre 1999 e 2000, concedeu a compra de 97.453 livros, num total de R$ 15,4 milhões.

18 abril 2006

Blogsfera dobra a cada 6 meses

Por Alexandre Barbosa
em Estadão.com.br
18 abril 2006

A blogsfera, expressão que designa os web logs, ou simplesmente blogs - os diários da internet, praticamente dobra a cada 5,5 meses. A cifra é do portal de blogs Technorati, especializado nesse tipo de meio e indica que o número de diários online cresceram 60 vezes nos últimos três anos.

O site divulgou nesta semana os números de um levantamento recente e que indicam que são criados cerca de 75 mil novos blogs diariamente, praticamente um novo blog a cada segundo. Muitos são abandonados em pouco tempo, mas cerca de 13,7 milhões de blogueiros fazem de seus diários um hábito, mantendo seus relatos e comentários até 3 meses após sua criação. Em outubro do ano passado, quando a Technorati acompanhava 19 milhões de blogs, esta cifra era de apenas 10,4 milhões. Atualmente o site acompanha a atividade de 27,2 milhões de blogs.

O instituto Pew Internet, que analisa o impacto da tecnologia nos hábitos dos norte-americanos, estima que cerca de 11% dos internautas, ou cerca de 50 milhões pessoas, são leitores regulares de blogs.

17 abril 2006

Biblioteca Monteiro Lobato comemora 70 anos

em O Estado de S. Paulo
14 abril 2006

Hoje a primeira biblioteca infantil de São Paulo, Biblioteca Monteiro Lobato faz 70 anos. Amigo da fundadora, Lenyra Fraccaroli, o escritor Monteiro Lobato, que dá nome ao local, costumava freqüentar o espaço e falar com freqüentadores. As comemorações seguem durante o mês, com direito a hora da leitura, saraus, shows, filmes e narração de histórias.

Museu Nacional de Belas Artes sob nova direção

em O Estado de S. Paulo
14 abril 2006

O ministro da Cultura, Gilberto Gil, empossou ontem a nova diretora do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), aquele que mais verbas recebeu em sua gestão. Museóloga com mestrado em História da Arte, Mônica Xexeo é funcionária da instituição há 25 anos - ela começou a trabalhar no MNBA como estagiária. O museu, que hoje passa por obras de restauração, já recebeu R$ 15 milhões desde o início do governo Lula.

13 abril 2006

Livro atinge 1,5 mil downloads em 10 dias

Por Larissa Januário
em WNews
12 abril 2006

Versão online do livro "Escolha seu.com", que fala sobre o registro de domínios Web, registra 1,5 mil downloads em dez dias. Segundo o autor do livro Ricardo Vaz Monteiro, a publicação em formato PDF conseguiu em dez dias o que a versão impressa levou seis meses para atingir. "São realizados cerca de 100 downloads por dia".

Monteiro explica que a vantagem da versão online é que ela pode ser baixada gratuitamente. "Na época da negociação com a editora para a impressão do livro acordamos que depois de um período iríamos oferecê-lo na Internet na íntegra". Mas o autor explica que o arquivo em PDF não permite a impressão.

Ao contrário do que possa parecer Monteiro diz que o download gratuito incentivou ainda mais a venda de versões offline. "Por ser um livro voltado para consultas, as pessoas acabam lendo na Web e depois adquirindo uma versão impressa", justifica. O livro funciona como um guia para adquirir domínios de acordo com as necessidades do interessado.

O escritor orienta que para baixar o arquivo o internauta deve acessar o site Nomer.com. O Arquivo tem 400 kb e o download pode ser feito em poucos minutos dependendo da velocidade de acesso que o leitor possui. Os interessados em comprar um exemplar impresso podem fazê-lo via Web nos sites da Livraria Cultura, Livraria Saraiva e Submarino. O preço estimado é de R$ 31.

Brasil assina acordo de TV digital com Japão

Por Renato Cruz
em Estadão.com.br
13 abril 2006

As emissoras de TV venceram a guerra da TV digital. Na última quarta-feira à noite, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, assinou em Tóquio, com o chanceler japonês Taro Aso, um memorando de entendimento para instalação no Brasil de um sistema de TV digital baseado no padrão japonês ISDB. Agora, só falta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ratificar a escolha. O que deve acontecer em breve, já que ele dificilmente iria contrariar os radiodifusores em ano eleitoral. As redes de TV fizeram campanha pelo ISDB.

"Nossa missão está cumprida", afirmou o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Em visita à emissora estatal japonesa NHK, Costa ressaltou sua trajetória de homem de televisão. Ele assumiu a pasta com o objetivo de garantir a transição do rádio e da televisão brasileira para a tecnologia digital com o mínimo de impacto possível no modelo atual de negócios. Acionista de uma rádio em Barbacena (MG), sua cidade natal, Costa foi repórter do programa Fantástico e chefe da sucursal da Rede Globo nos Estados Unidos, antes de ingressar na política.


SEMICONDUTORES

O memorando não garante a instalação de uma fábrica de semicondutores no Brasil, uma das principais demandas. O documento diz que "o governo japonês valoriza as empresas japonesas que cooperem com nos vários estudos para a modernização das indústrias relacionadas a serem feitos pelo Brasil, e estudem a possibilidade investimentos futuros na indústria eletroeletrônica, incluindo a indústria de semicondutores e correlatos e cooperação na capacitação de recursos humanos".


NOVAS INSTALAÇÕES

Apesar disso, o governo está animado. "Seja mais otimista", sugeriu Costa à imprensa, ao ser questionado sobre a fábrica. "A versão assinada do documento foi a quinta, e está muito mais objetiva do que as anteriores." Segundo ele, a Toshiba enviará ao Brasil, em duas semanas, uma equipe técnica para trabalhar no projeto de viabilização da indústria de semicondutores. Técnicos do governo destacaram que a sul-coreana Samsung também estaria interessada em instalar uma unidade fabril no Brasil, logo depois dos japoneses.

Os representantes dos dois países ficaram trabalhando no documento até as 6 horas da manhã de da última quarta. Os integrantes da comitiva consideram que todas as demandas brasileiras foram atendidas naquilo que alguns chamaram, em tom de brincadeira, de "a batalha de Tóquio". O memorando prevê a absorção de tecnologia desenvolvida no Brasil pelo padrão ISDB, a participação brasileira no consórcio responsável pela tecnologia, a criação de um centro e desenvolvimento brasileiro, a dispensa de pagamento de royalties e o financiamento, pelo Japan Bank for International Cooperation (JBIC), da transição dos radiodifusores brasileiros para o sistema digital.

O memorando confirmou a escolha do padrão japonês pelo Brasil, apesar de não dizê-lo textualmente. "Tudo está encaminhado neste sentido, a menos que ocorra algum desastre", afirmou Amorim. O chanceler brasileiro afirmou que a instalação de uma fábrica de semicondutores japonesa no País é "muito viável", mas que não havia como o governo do Japão firmar compromisso sobre uma decisão da iniciativa privada.

O documento trata da escolha como uma decisão ainda a ser tomada, para não passar por cima do presidente Lula. "O Brasil vem estudando favoravelmente a implementação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital com base no padrão ISDB-T", diz o memorando. "Caso esta opção venha a ser adotada, este memorando terá como objetivo essa implementação e a construção das bases para a viabilização e o desenvolvimento conjunto da respectiva plataforma industrial eletroeletrônica brasileira."

12 abril 2006

Blogueiros riem por último e invadem "show business"

Por Sérgio Ripardo
em Folha Online
11 abril 2006

Os blogueiros riram por último. No início, eram esnobados pela mídia tradicional, vistos como uma brincadeira inconseqüente, de alcance restrito, sem viabilidade econômica nem prestígio. Estavam condenados ao esquecimento. Jamais fincariam pé na arena pública, ameaçando o espaço das castas, com interferências no discurso veiculado ao grande público. A reviravolta aconteceu. Os blogs invadiram o "show business" e se adaptam às velhas regras do jogo.

Maior emissora de TV do país, a Globo se rendeu ao poder dos blogs --pelo menos, o "Caldeirão do Huck", programa para jovens nas tardes de sábado, horário que, no passado, era ocupado por um ícone como Chacrinha ("quem não se comunica se trumbica"; morreu em 1988; se vivo, já teria seu blog). No próximo sábado, durante dez minutos, o blogueiro Antonio Tabet, criador do " Kibe Loco", terá um quadro de humor no programa de Luciano Huck, popularizando sua máquina de zoar tudo.

É evidente que, em uma TV comercial como a Globo, os blogueiros vão ter menos liberdade e enfrentar mais pressões para produzir e veicular seus conteúdos --o que descaracteriza o sentido e as expectativas que marcam as características originais e revolucionárias de um blog. É melhor encarar esse movimento como um esforço da mídia tradicional de absorver o fenômeno dos blogueiros, capitalizando esse novo formato. A lógica é: se o Kibe Loco tem uma audiência cativa na web, por que não arriscar e fisgar esses internautas para a TV aberta?

A MTV, emissora que hipnotiza a geração "teen" e um termômetro comportamental das tribos urbanas, também aderiu à estética blogueira na temporada 2006. Criou o " VidaLog", onde jovens participam do programa falando sobre seus gostos musicais como um blog.

Não é só na TV que os blogueiros estão virando celebridades. Nas estantes das livrarias, há o fenômeno Bruna Surfistinha, cujo "O Doce Veneno do Escorpião" ficou no topo dos livros mais vendidos no país por quase seis meses. Antes, a história da ex-prostituta que relatava suas experiências sexuais em um blog era citada apenas em notinhas em revistas masculinas. Após o lançamento do livro pela editora Panda, ganhou capas de revistas, presença obrigatória em telebarracos e agora se prepara para lançar o segundo livro e estrear um filme.

Transformar um blog em uma máquina de fazer dinheiro (ou pelo menos pagar as contas do mês) é o desejo íntimo de quem se aventura nesse meio. Pode ser que um blogueiro queira, no final das contas, ser "cooptado pelo sistema" (um verbo típico dos anos 70, hoje uma licença poética), e o blog seja apenas um trampolim fácil e barato para o "pulo do gato", rumo ao "mainstream" (mídia reconhecida e tradicional). Ou talvez, o mundo seja perfeito, e o blog seja um filho que se embala para sempre.

Hoje, o marketing passa pelo blog. Atrizes como Luana Piovani e Samara Felippo, a dançarina Sheilla Mello usam esses espaços no contato com fãs e com a mídia de celebridades. Neste mês, foi a vez do cantor Felipe Dylon lançar seu blog. Daqui a pouco, quem sabe, até o presidente, o governador e o prefeito de seu cidade decidam lançar seus próprios blogs, atualizados por seus assessores --além de Suzane Richthofen (no caso, com mensagens postadas por seu advogado).

No futuro, a massificação de novos formatos de transmitir conteúdos, como o poadcast e o videocast, deve implodir o atual esqueleto dos blogs. Por que o internauta vai se contentar com blocos de texto e imagens estáticas se é cada vez mais comum divulgar vídeos e arquivos de voz pela web (vide YouTube)? Mas o alcance dessas novas ferramentas (vídeo e áudio na web) esbarra na desigualdade social. Nem todo mundo tem banda larga, e as medidas de inclusão digital (barateamento dos micros e expansão da internet nas escolas públicas e comunidades pobres, por exemplo) ainda são tímidas.

A atual geração de "celebridades blogueiras" pode desaparecer na esquina, substituída por outro modismo da internet. Ninguém pergunta mais sobre o seu ICQ, o seu mIRC, o GeoCities e o Cadê viraram um serviço do Yahoo, e ninguém lembra mais do Baby Cha Cha (animação de um bebê virtual dançando, criada em 1996 e popular no final dos anos 90). Os blogueiros correm esse risco na arqueologia da internet, mas por enquanto eles estão dando as cartas.

11 abril 2006

Jornais dos EUA ajudam a divulgar blogs especializados

Por EFE
em Folha Online
11 abril 2006

Um serviço criado por uma empresa americana distribuirá, a partir de hoje, o conteúdo de 600 blogs dos EUA sobre os mais variados assuntos.

Jornais de alta tiragem como o " Washington Post", o "San Francisco Chronicle" e o "San Antonio Express" contrataram o BlogBurst, da empresa Pluck. Nas próximas semanas, ele deve estar disponível nas edições on-line das publicações.

O objetivo é oferecer material especializado em áreas como turismo ou tecnologia, afirmou Dave Panos, diretor-executivo da Pluck. "Queremos aproveitar a especialização de muitos blogs", disse Jim Brady, diretor da edição on-line do "Washington Post". "Este material servirá como complemento para as seções já disponíveis", continuou.

Os sites são selecionados pela Pluck, que envia aos jornais uma lista dos aprovados. Os editores podem, então, escolher quais querem distribuir e por quanto tempo. Os "blogueiros" serão beneficiados, porque receberão um número maior de visitas em suas páginas.

Mentira e verdade

Por Carlos Heitor Cony
em Folha Online
11 abril 2006

Alguns estudiosos afirmam que a mercadoria mais importante do mundo moderno é a informação. Pensando bem, foi sempre mais ou menos assim. Quem detinha a informação era poderoso --daí que a mídia foi elevada a quarto poder, tese contra a qual sempre me manifestei, achando que a mídia é uma força mas não o poder.

Com a chegada da internet, suas imensas e inesperadas oportunidades, o monopólio da informação pulverizou-se. Os jornais, creio eu, foram os primeiros a sentir o golpe, os livros logo em seguida, havendo até a previsão de que ele acabará na medida em que se limitar ao seu atual desenho gráfico, que vem de Gutenberg.

Acontece que, mais cedo ou mais tarde, a mídia impressa ficará dependente não dos seus quadros profissionais, de sua estrutura de captação das informações. Qualquer pessoa, a qualquer hora do dia ou da noite, acessando blogs e sites individualizados, ficará por dentro do que acontece ou acontecerá.

Na atual crise que o país atravessa, a imprensa em muitas ocasiões foi caudatária do que os blogs informavam duas, três vezes ao dia. Em termos de amplidão, eles sempre ganharão de goleada da imprensa escrita e falada.

O gigantismo da internet tem porém pés de barro. Se ganha no alcance, perde no poder de concentração e análise. Qualquer pessoa, medianamente informada ou sem informação alguma, pode manter uma fonte de notícias ou comentários com responsabilidade zero, credibilidade zero, coerência zero.

O mercado da informação, que formaria o poder no mundo moderno, em breve estará tão poluído que dificilmente saberemos o que ainda não sabemos: o que é mentira e o que é verdade.

10 abril 2006

Número de páginas online dobra em 2 anos

em IDG Now!
10 abril 2006

O serviço de medição online Netcraft contabilizou mais de 80 milhões de páginas publicadas na internet mundial. Em medição feita referente ao mês de março, a companhia registrou 80.655.992 sites, crescimento de 3,1 milhões de endereços virtuais frente ao número de abril.

Ao quebrar a barreira dos 80 milhões de páginas, a NetCraft afirma que a internet dobrou de tamanho nos últimos três anos. Em abril de 2003, a mesma pesquisa apontou que a web tinha 40 milhões de páginas.

Para realizar o estudo, a NetCraft manda requisições para todos os servidores online pedindo referências sobre as páginas armazenadas. Com isso, além de contabilizar os sites, a empresa mede o uso das diferentes ferramentas para servidores.

Além do recorde, o principal destaque na pesquisa é aumento da participação dos servidores com sistema operacional Windows Server 2003, que cresceu 4,7% em referência ao mês anterior e diminui a diferença para o sistema Apache, que viu sua participação cair 5,98%.

De acordo com a NetCraft, a instabilidade teve como causa a mudança de um grande registrar (órgão responsável pelo registro de domínios), o GoDaddy.com, de um servidor em Apache para um com o sistema da Microsoft. A migração levou 4,4 milhões de novos endereços para o Windows Server 2003.

Uso de mídia impressa predomina no ensino a distância no Brasil

Por Fábio Takahashi
em Folha de São Paulo
9 abril 2006

Apesar de normalmente ser relacionada à internet, a educação a distância no Brasil ainda é dominada por um meio rudimentar: o material impresso, geralmente em forma de apostilas. Isso é o que mostra o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância 2006, que será lançado na próxima segunda-feira e foi antecipado à Folha.

O estudo, que conta com o patrocínio do Ministério da Educação (MEC), mostra que 84,7% das instituições que oferecem ensino a distância utilizam a mídia impressa. Atrás do papel, vêm o e-learning (internet), com 61,2% e o CD-Rom, com 41,8% -a soma passa dos 100% porque a mesma instituição pode usar mais de uma mídia como método de aprendizagem.

A pesquisa aponta que 504 mil pessoas no país usaram o ensino a distância no ano passado, somente nas escolas autorizadas. A predominância do material impresso é explicada pela baixa presença do computador no país. Segundo a Pnad 2004 (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), apenas 16,3% dos domicílios do país têm computador e 12,2% possuem internet.

"O material impresso tem a vantagem de estarmos acostumados a ler no papel. Tirando isso, não há mais nenhuma vantagem nele", afirma o presidente do Instituto Monitor , Roberto Palhares - sua instituição oferece ensino técnico a distância por meio de apostilas há 60 anos.

"Imagine uma aula de geografia. Pelo e-learning, você pode ver um mapa animado mostrando a evolução do desmatamento da Amazônia", aponta o coordenador do anuário, Fábio Sanchez.

"Além disso, você pode ter um contato imediato com o professor e com colegas, por meio de salas de bate-papo. Isso mostra que o país ainda não aproveita todos os recursos da educação a distância, apesar de o papel ter a vantagem de poder ser acessado onde você estiver", afirma Sanchez.


PREDOMÍNIO

Os dois especialistas dizem que a tendência é que, no curto e médio prazo, o material impresso vire um apoio ao sistema virtual. O avanço do aprendizado via internet depende, porém, do maior acesso ao computador no país.

Atualmente, a mídia impressa predomina em todos os tipos de ensino oferecidos a distância: 81,3% das instituições com credenciamento federal, que oferecem cursos de nível superior, utilizam o papel, contra 73,4% do e-learning.

Já as com autorização em âmbito estadual, com cursos de educação básica e técnica, utilizam a mídia impressa em 93,9% dos casos, ante 39,4% do e-learning.


PERFIL

O anuário da educação a distância, feito pela segunda vez, considerou as 217 instituições credenciadas no Ministério da Educação ou nos conselhos estaduais de educação. As que possuem autorização federal oferecem cursos de graduação, tecnológicos, de pós-graduação e seqüenciais.

Já as instituições com credenciamento estadual mantêm cursos de EJA (educação de jovens e adultos), ensino fundamental, médio e técnico.

O anuário foi desenvolvido pela Abed (Associação Brasileira de Ensino a Distância) e pelo Instituto Monitor. A apresentação do estudo será feita durante o 4º seminário da Abed, que começa neste domingo e vai até terça-feira.


ALUNOS E CURSOS TIVERAM AUMENTO

O número de alunos em cursos a distância credenciados em âmbito federal ou estadual aumentou 62,6% entre 2004 e 2005, aponta o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância 2006, que usa como base o ano passado. Em termos absolutos, o número de estudantes passou de 309 mil para 504 mil.

Desse total, 59,7% estão em cursos de graduação, tecnológico ou de pós-graduação. Os outros 40,3% cursaram EJA (educação de jovens e adultos), ensino fundamental, médio ou técnico. Essas informações referem-se às instituições com registros nos conselhos nacionais e estaduais de educação.

Se considerados projetos não-credenciados, mas "relevantes", segundo o anuário (como o Sebrae e Fundação Roberto Marinho), o número de estudantes em cursos a distância sobe de 504 mil para 1,2 milhão. O ritmo de abertura de cursos cresceu 473%: em 2004, foram criados 56; em 2005,321.

O coordenador do anuário, Fábio Sanchez, dá quatro justificativas: a demanda, principalmente dos professores da educação básica sem formação superior; mudança na legislação, que deixou mais claro o processo de credenciamento; o crescimento da banda larga no país; e o fato de a União adotar projetos de longo prazo no setor, como a criação da Universidade Aberta do Brasil.
Também cresceu a verba para a Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação: aumento de R$ 64 milhões para R$ 96,8 milhões entre 2004 e 2005.

Diretor da Biblioteca Nacional da França fala sobre difusão cultural na Internet

Por Beatriz Coelho Silva
em O Estado de S. Paulo
10 abril 2006

A difusão de livros na internet vai provocar uma revolução semelhante à invenção da imprensa, mas é preciso estar atento para evitar que se torne monopólio de países ou empresas e que sufoque a diversidade cultural que se anuncia neste século 21. Essa é, em resumo, a idéia defendida pelo diretor da Biblioteca Nacional da França, Jean-Nõel Jeanneney, que esteve no Rio na semana passada para participar do Colóquio de Bibliotecas Digitais, na Maison de France. Ele veio também lançar o livro " Quando o Google Desafia a Europa: Em Defesa de uma Reação" (Contra Capa Editora, R$ 22), uma resposta à promessa do site de buscas de digitalizar e colocar na rede mundial 7 milhões de títulos até 2010.

"O livro foi conseqüência de um artigo que escrevi no Le Monde no início de 2005, logo após o anúncio do Google. É claro que é bom ter acesso à informação, mas é preciso que seu controle não fique só com uma empresa, que seu financiamento não se dê só pela publicidade e que essa grande quantidade de informação seja ordenada", afirma Jeanneney, que é historiador, foi diretor da Rádio France e assumiu a Biblioteca Nacional de lá há quatro anos. "Não se pode deixar a cultura e a difusão da língua só nas mãos do mercado. Quem é a favor dessa liberdade absoluta acha que tudo se resolverá se não houver controle, mas posso afirmar, como historiador, que não é isso que acontece."

Jeanneney lembrou que a invenção da imprensa, no século 15, ao mesmo tempo que democratizou o conhecimento, até então guardado nos mosteiros e nas poucas universidades existentes, eliminou culturas e línguas que não tinham acesso fácil a esse meio. "É preciso evitar que isso ocorra novamente. Além disso, o Estado sempre interveio nos meios de comunicação, criando barreiras aos produtos estrangeiros ou cotas", lembrou ele. "Na internet é impossível intervir dessa forma, mas pode-se agir afirmativamente, criando ou estimulando a criação de bibliotecas virtuais e a publicação de mais e mais títulos nessa nova mídia."

Segundo Jeanneney, o anúncio do Google chamou atenção dos governos europeus para o controle da difusão cultural pela internet. "Há um consenso entre governos de que é preciso ordenar a publicação de livros na internet, uniformizar a forma de digitalização e de acesso do público e também a preservação do direito do autor, detalhe que o Google tinha esquecido." Para o diretor da Biblioteca Nacional da França, a participação da Alemanha no colóquio evidencia essa preocupação. "Acordamos para a questão em 2005, tomamos iniciativas em 2006 e teremos velocidade de cruzeiro em 2007."

Por velocidade de cruzeiro ele entende a digitalização de livros e seu controle pelo Estado, mas sempre ouvindo a iniciativa privada, especialmente as grandes empresas que podem patrocinar o processo e acelerá-lo. "É preciso encontrar um equilíbrio, pois Estado e mercado devem ser parceiros nesse processo. Há consenso na Europa de que não se pode deixar a preservação das culturas nacionais e regionais nas mãos da iniciativa privada, mas esta pode ser sócia nessa empreitada."Vi entre vocês uma procupação com a preservação da cultura, sua difusão e o cuidado com a diversificação. O Brasil tem também muita força intelectual e econômica, apesar das desigualdades sociais. Mas a difusão de livros na internet pode contribuir para diminuir essa desigualdade, pois é sabido que a cultura é uma das ferramentas para chegar a esse resultado."

Como historiador e professor universitário, Jeanneney sempre viveu entre livros, escrevendo-os - é autor de uma história dos meios de comunicação adotada nas universidades européias, de um dicionário sobre rádio e televisão franceses, ensaios sobre Victor Hugo e Clemenceau e outros gêneros. Para ele, o livro físico é uma fonte de prazer única, não só pelo conteúdo, mas também pelo tato e até o cheiro. "Livros novos têm um odor particular, que faz parte do prazer da leitura", lembrou ele. "Hoje em dia leio tanto na tela do computador quanto o livro físico. Quando quero uma informação técnica, rápida, vou para a tela, mas se é por prazer, nada se compara ao livro de papel."

Elevado nível de leitura entre brasileiros é "um longo caminho", afirma o coordenador do PNLL

Por Alana Gandra
em Agência Brasil
9 abril 2006

O coordenador do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), Galeno Amorim, comentou, em entrevista à Agência Brasil, que há "um longo caminho a ser percorrido no país para se aproximar dos índices de leitura registrados nos Estados Unidos e Inglaterra, de cinco livros por habitante/ano cada, ou da França, de sete livros por habitante/ano".

O plano, lançado pelos ministérios da Cultura e da Educação mês passado, tem como meta elevar em 50%, nos próximos três anos, o índice brasileiro de leitura. Hoje esse índice é de 1,8 livro por habitante/ano, considerado muito baixo inclusive em relação aos países latino-americanos. Na Colômbia, por exemplo, o índice de leitura é de 2,4 livros por habitante/ano.

Neste ano, segundo informa Amorim, serão feitas pesquisas em alguns países visando começar a padronizar esse índice para, inclusive, estabelecer comparações.

A base do plano foi o extinto programa Fome de Livro, da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O PNLL é formado por projetos e programas de iniciativa do Estado, setor privado e terceiro setor na área do livro, incentivando a leitura de qualquer cidadão sem restrições de idade.

Entre as ações que integram o PNLL, há a implantação de bibliotecas públicas, a distribuição de livros, os financiamentos para a cadeia produtiva do livro, o projeto de formação de mediadores de leitura e a criação de outros espaços de leitura.

O Brasil tem de 10 a 12 mil bibliotecas em funcionamento, segundo Amorim. Ele destacou, contudo, que não basta democratizar o acesso à leitura para a população. Daí a importância de ações concretas que levem a esse resultado e que compõem o programa do PNLL. Segundo ele, caiu pela metade o número de brasileiros sem acesso à leitura, que era de 14 milhões de pessoas em 2004.

Até 2008, as metas do PNLL incluem aumentar o número de pontos de venda e de livros em poder das pessoas e zerar o número de cidades sem bibliotecas no país que, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2004, era de 1,3 mil municípios – quase um quarto do total de municípios brasileiros.

Site de navegação anônima entra na luta contra censura na Internet

Por Julio Preuss
em WNews
7 abril 2006

O mais conhecido serviço de navegação anônima da Internet, o Anonymizer acaba de anunciar a Operação Anti-Censura, uma iniciativa para ajudar os habitantes de países como a China e o Irã, onde as liberdades individuais são limitadas, a superar a censura imposta pelos seus governos ao conteúdo que acessam pela Internet.

O software, que mascara o endereço IP do usuário, verifica a segurança de redes sem fio e ainda protege de phishing, pharming e sites maliciosos, pode ser baixado gratuitamente, desde que se saiba onde encontra-lo. Quando este texto foi escrito, o endereço era http://www.xifuchun.com/, mas será alterado regularmente para dificultar o bloqueio pelas autoridades de países autoritários.

Discovery disponibiliza informações históricas no Google Earth

Por Alexandre Barbosa
em Estadão.com
7 abril 2006

Uma parceria entre o site de buscas Google e a Discovery Communications, empresa por trás dos documentários e do Discovery Channel, levará camadas de informação sobre história para o programa de localização Google Earth.

Agora, quando os usuários navegarem sobre locais com relevância histórica ou cultural, aparecerá um ponto, que, se clicado, abre uma janela pop-up com links para vídeos e informações mais detalhadas do local e sua importância.

Inicialmente, serão 10 pontos históricos nos EUA, e nos próximos meses, mais 50 localidades ao redor do globo serão acrescentadas. As informações serão oferecidas tanto na versão gratuita do Google Earth como na edição paga, que inclui funcionalidades de posicionamento com base na tecnologia GPS.

Palavras do Brasil colonial

Por Thiago Romero
em Agência FAPESP
10 abril 2006

O projeto é ambicioso: montar uma base de dados a partir de manuscritos que retratam a linguagem usada no início da formação do Brasil. A professora aposentada Maria Tereza Camargo Biderman, ligada à Faculdade de Ciências e Letras (FCL) da Universidade Estadual Paulista ( Unesp), em Araraquara, pretende, dentro de três anos, lançar um dicionário com aproximadamente 10 mil palavras.

"A proposta é recuperar a história do nosso vocabulário e analisar como ele se formou. Isso é importante, uma vez que o Brasil é composto por numerosas culturas e por uma diversidade étnica enorme. E a língua portuguesa registra todo esse universo brasileiro desde a colonização", disse Maria Tereza à Agência FAPESP.

Os textos impressos usados na obra são de autoria de brasileiros ou de portugueses radicados no país. "Estamos analisando documentos de toda a natureza, como cartas pessoais e públicas, relatórios, tratados e obras literárias", explica Maria Tereza. "Desde janeiro, quando começamos a pesquisa, realizamos uma intensa varredura em arquivos e bibliotecas de São Paulo. Já temos uma grande quantidade de material digitalizado em nossa base de dados."

O novo dicionário deverá ser um pouco diferente do padrão tradicional. Maria Tereza explica que, a partir da grafia contemporânea de cada palavra, serão descritos todos os significados e usos que a palavra teve durante o período analisado. "A ortografia da língua portuguesa só se estabilizou no Brasil em 1942. Antes disso, tínhamos uma verdadeira anarquia gráfica", lembra.

A palavra "inhame" é um dos exemplos que ilustram bem o espírito da obra. "Nos manuscritos do período analisado, encontramos diferentes grafias para essa mesma palavra. Isso porque os portugueses não entendiam a pronúncia dos indígenas e acabavam escrevendo de formas distintas", conta Maria Tereza, que é autora de outras obras de referência: Dicionário Contemporâneo de Português (Editora Vozes, 1982), Dicionário Didático de Português (Editora Ática, 1998), Dicionário Ilustrado de Português (Editora Ática, 2005) e Dicionário do Estudante (Editora Globo, 2005).

O projeto de pesquisa "Dicionário histórico do português do Brasil – séculos XVI, XVII e XVIII", aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no âmbito do Programa Instituto do Milênio, está orçado em R$ 1 milhão.

Participam da iniciativa organizada por Maria Tereza pesquisadores da Unesp de Araraquara, da Universidade de São Paulo, Universidade Federal de São Carlos , Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de Uberlândia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Ceará e da Universidade de Évora, em Portugal.

08 abril 2006

Satélite sino-brasileiro libera imagens para América do Sul

Por Agência CT
de WNews
7 abril 2006

As imagens do CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) estão disponíveis gratuitamente para os países da América do Sul: Guiana Francesa, Suriname, Guiana Inglesa, Colômbia, Equador, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Argentina, Chile, Peru e Venezuela.

Para ter acesso às imagens, antes restritas ao território nacional, o usuário interessado deve acessar o Catálogo de Imagens via Internet e preencher o formulário com informações de latitude e longitude da área de interesse. As imagens solicitadas serão enviadas online em poucos minutos.

O Brasil é atualmente o maior distribuidor de imagens de satélite do mundo, graças à política de distribuição gratuita implantada em junho de 2004. Até março deste ano, haviam sido distribuídas 190 mil imagens a usuários do território brasileiro. Mais de 1.500 instituições, entre órgãos públicos, universidades, centros de pesquisas e ONGs, além da iniciativa privada, utilizam as imagens do satélite sino-brasileiro.

Galeria de Arte Virtual aceita obras de internauta

da WNews
07 abril 2006

O novo site Galeria de Arte Virtual aceita trabalhos de qualquer artista que quiser expor na Web. Os interessados devem enviar suas obras que serão avaliadas por uma comissão, se forem aprovadas ganham uma sala exclusiva na página.

São aceitas manifestações artísticas de qualquer tipo, de poesias a quadros. No mesmo espaço estão expostas obras de artistas famosos como Picasso, Tarcila do Amaral, Van Gogh e Frida Kahlo com links para seus sites oficiais. Para participar, o artista deve enviar seu currículo, histórico dos projetos e imagens de algumas obras, caso sejam visuais. O projeto foi desenvolvido pela agência e21.

Rio de Janeiro amplia projeto "Município Digital"

Por Larissa Januário
da WNews
07 abril 2006

O projeto Município Digital, iniciado em 2005 na cidade fluminense de Piraí (RJ) e que já foi estendido para mais seis municípios, será ampliado mais uma vez. Segundo Franklin Monteiro, coordenador da idéia, a iniciativa levará acesso à Internet banda larga sem fio para mais 13 municípios a noroeste do estado ainda este ano.

Franklin conta que atualmente o programa atende à 1,5 milhão de pessoas nas cidades de Piraí, Rio Claro, Vassouras, Barra do Piraí, Rio das Flores e Nova Iguaçu, região batizada de corredor digital, que está em fase de conclusão. "Com a inclusão dos 13 municípios da região noroeste mais 1,5 milhão de cidadãos devem ganhar acesso à Web sem fio", antecipa Rezende.

Atualmente o Município Digital conta com o apoio do Governo do Estado do Rio e da APREMERJ (Associação dos Prefeitos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro), além de parcerias com empresas privadas como Intel e com a CNM (Confederação Nacional dos Municípios). "O Governo Federal por meio do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) e do Ministério das Comunicações deverá liberar recursos que estão pré-aprovados", informa.

07 abril 2006

A incerteza do amanhã

da Agência FAPESP
15 abril 2004

Dos milhares de artigos publicados anualmente em revistas científicas de todo o mundo grande parte ganha, além da versão em papel, um espaço na internet. Com a popularização da rede mundial de computadores, muitos são inclusive publicados apenas na versão eletrônica. Até aí, nenhuma novidade. O problema é que essa inclusão digital não significa permanência – e muito menos perenidade.

Um estudo feito pelo norte-americano Jonathan Wren, do Centro Avançado de Tecnologia Genômica da Universidade de Oklahoma, mostrou que grande parte dos artigos publicados na internet acabam em um limbo digital e os endereços onde deveriam estar retornam apenas as infames mensagens de "página não encontrada" no programa de navegação.

Após longa análise, Wren descobriu que, por exemplo, quase um quinto de todos os endereços mencionados na última década em resumos da Medline, um serviço do governo norte-americano extremamente popular entre a comunidade científica, simplesmente desapareceu. Segundo a revista Nature, Wren decidiu investigar o problema depois que encontrou um endereço não existente mencionado na Medline para um dos artigos que escreveu.

Outro cientista preocupado com o problema é Robert Dellavalle, da Faculdade de Dermatologia da Universidade do Colorado que, em outra pesquisa, verificou que cerca de 12% dos endereços de internet mencionados nos importantes periódicos The New England Journal of Medicine, The Journal of the American Medical Association e Science sumiram apenas dois anos após a publicação.

Dellavalle sugere o desenvolvimento de sistemas aprimorados de catalogação eletrônica, pois considera "inadequada" a resposta das editoras ao problema. "Os periódicos não estão fazendo coisa alguma para amenizar a situação. É impressionante o que tem desaparecido. Até mesmo um artigo que escrevi sobre preservação digital não se encontra mais onde deveria estar", disse à Nature.

O pesquisador da Universidade do Colorado acredita que, se os responsáveis pelas publicações solicitassem aos autores o envio das referências do artigo ao Internet Archive, um projeto da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, além de manter cópias escritas do trabalho, o problema poderia diminuir. Pelo menos um periódico, o PLoS Biology está pedindo aos autores para usarem o Internet Archive.

Enquanto isso, outros editores estão trabalhando em uma iniciativa chamada CrossRef, que pretende fornecer códigos numéricos permanentes para documentos eletrônicos, de modo que eles não se percam, mesmo com a mudança dos endereços de internet.

Registro de domínio ".eu" recebem 390 mil pedidos em menos de duas horas

Por Paul Miller
em IDG Now!
7 abril 2006

O registro de domínios .eu para residentes e companhias da União Européia, que foi iniciado às 11h00 desta sexta-feira (07/04), ultrapassou mais de 390 mil pedidos nos primeiros 100 minutos de vendas, segundo a Comissária para Mídia e Sociedade da Informação da EU, Viviane Reding.

"Neste ritmo, o .eu vai se tornar um forte competidor para o .com", ponderou Viviane, em uma apresentação à imprensa nesta sexta. A Eurid vzw, operadora dos registros .eu, autorizou uma série de entidades registradoras na União Européia a receber as solicitações.

Viviane disse que os preços de registros do .eu vão variar e aconselhou os residentes europeus a procurar pelo melhor negócio. "Eu vi o domínio sendo vendido pelo preço de 15 euros, mas um colega meu encontrou por 12 euros em uma entidade de registro da República Tcheca", relatou a Comissionaria. "O sistema é baseado em competição livre entre os registradores", completou.

Durante um período de abertura para empresas detentoras de marca registradas, que comçou em 7 de dezembro, foram registradas 340 mil solicitações para domínios .eu, mas apenas 25 mil foram concedidas, segundo Viviane.

Rússia e China são os maiores piratas de produtos, direitos autorais e serviços

Por Grant Gross
em IDG Now!
7 abril 2006

Um grupo de juízes norte-americanos divulgou o nome de seis países, incluindo China e Rússia, que serão monitorados de perto por problemas com pirataria e desrespeito a direitos autorais.

Na lista do Conselho Internacional do Congresso AntiPirataria de 2006 constam ainda o México, Canadá, Índia e Malásia. O anúncio da lista de observação é uma tentativa de chamar a atenção para a pirataria em países onde se atingiu "níveis alarmantes", disse o grupo em um anúncio.

"A pirataria internacional é apenas um jeito barato de se roubar em uma escala global", disse o senador Gordon Smith, co-presidente do grupo, em um documento. "Governos têm a obrigação de quebrar o roubo sistemático de propriedade intelectual dentro de suas fronteiras. Estancar a hemorragia nas finanças norte-americanas é crítico para relacionamentos econômicos de sucesso com outros países".

O grupo político se focará na pirataria de conteúdo protegido na China e na Rússia, graças ao "escopo e profundidade" do problema nestes países. A pirataria em ambos os países custam cerca de quatro bilhões de dólares às companhias norte-americanas, e tem como causa "uma grande falta de políticas que confrontem o problema", continuou o documento.

O anúncio da lista de observação chega quando o governo dos Estados Unidos planeja fechar negociações com a China a partir da próxima terça-feira. A pirataria será um dos tópicos discutidos.

Uma porta-voz da embaixada chinesa em Washington não retornou imediatamente uma ligação atrás de comentários.

A Rússia está trabalhando duro para consertar problemas com quebra de direitos, e o parlamento russo trabalhou em combater a pirataria em audiências neste ano, disse uma porta-voz da embaixada russa. "Nosso governo considera o problema da pirataria muito sério", disse Yevgenniy Khorishko. "Sabemos do problema, e estamos fazendo o possível".

O grupo do congresso afirma que a China está "afogada" em bens pirateados. Quando depósitos ou ambientes de armazenamento para material pirateado são encontrados pela polícia, os produtos são destruídos, mas os donos recebem apenas pequenas multas, disse o grupo. Alguns provedores de internet chineses se tornaram depósitos online para materiais digitais pirateados, acrescentou o documento.

A Rússia conta com 47 plantas de manufatura de discos ópticos que têm material pirateado, acusa o grupo. O país também é responsável, talvez, pelo maior site pirata da web, com investigação negada pelas autoridades russa, continuou o grupo.

No Canadá, a pirataria está crescendo, com camelôs vendendo bens falsificados. O país está se tornando a principal fonte de filmes pirateados pelo uso de câmeras digitais em cinemas, disse os advogados. Software piratas estão amplamente disponíveis em lojas de venda, e as leis de comércio do Canadá permitem que bens pirateados chegam de outros países.

04 abril 2006

Biblioteca pública digital do brasileira chega a 14 mil títulos

Por Larissa Januário
em WNews
04 abril 2006

O Portal Domínio Público, biblioteca digital da Seed (Secretaria de Educação a Distância) do MEC (Ministério da Educação e Cultura), chegou aos 14 mil títulos em seu acervo em 2006. São 10 mil em arquivos de texto e 4 mil em outras mídias. Todo o acervo da biblioteca é constituído por obras de domínio público ou devidamente cedidas pelos autores ou detentores dos direitos autorais.

Atualmente, o portal conta com média de 41,4 mil visitas por mês, tem se consolidado como importante ferramenta educativa e de pesquisa. O acesso para consulta ao acervo pode ser feito por critérios tabelados (mídia, categoria, autor, título e idioma), nome do autor e por palavras.

No ar desde novembro de 2004, o portal é um ambiente virtual que permite a coleta, integração, preservação e compartilhamento de conhecimento. O objetivo é fornecer acesso às obras literárias, artísticas e científicas em textos, sons, imagens e vídeos. Paralelamente, o portal tem procurado reproduzir artigos e trabalhos acadêmicos relacionados à educação à distância.

Organizações internacionais, como o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), têm permitido a reprodução de seus estudos, artigos e publicações.

Além do Domínio Público, o MEC dispõe de outras ferramentas, como o Portal de Periódicos da Capes , com 9,5 mil títulos de textos completos, 105 bases referenciais e bases de patentes, e o Portal de Acesso Livre , que coloca à disposição de qualquer internauta a 1,05 mil publicações científicas brasileiras e internacionais de diferentes áreas do conhecimento, resumos de bases referenciais e de patentes, um banco com resumos de 175 mil teses e dissertações defendidas desde 1987 em instituições brasileiras ou por pesquisadores e estudantes brasileiros em universidades estrangeiras.

Google quer digitalizar arquivo da Biblioteca Nacional

Por Guilherme Felitti
em IDG Now!
04 abril 2006

O Google fez proposta, considerada informal, para digitalizar o acervo da Fundação da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, para ser usada no serviço Google Book Search. A Fundação Biblioteca Nacional é a maior do América Latina e a sétima do mundo. Ela conta com alguns tesouros, entre eles a Bíblia de Mogúncia, uma das obras impressas mais antiga do mundo.

O presidente da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré, em entrevista por e-mail ao IDG Now!, revelou que a instituição não havia recebido proposta formal do Google para a digitalização dos seus 1,7 milhão de livros.

Em uma reunião com representantes estrangeiros do serviço dois meses antes, porém, o Google sugeriu realizar a digitalização de 2 milhões de livros gratuitamente para a Biblioteca - o que economizaria um gasto de 10 milhões de dólares para o órgão. A Biblioteca Nacional, porém, não recebeu uma proposta formal para a realização da digitalização. Já o Google afirma que tem interesse "em colaborar com bibliotecas" pelo programa, mas não cita nomes de instituições ou a forma de colaboração.

Aos poucos, editoras vão revelando as ações do buscador no mercado editorial do Brasil. Além das editoras Contexto, Callis e Senac, que já assumiram a parceria com o serviço, fontes de mercado afirmam que outras empresas, como a carioca Record, também estão em negociação com o Google.


POLÊMICA

A discussão sobre a legalidade da digitalização de livros para consulta online será o foco do colóquio Bibliotecas Digitais, que começa nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro. O evento, organizado pela Embaixada da França e pelo Instituto Goethe, com participação da Biblioteca Nacional e do Conselho Regional de Biblioteconomia, não deverá se focar, teoricamente, no principal motivo de discussão no setor: o Google Book Search, polêmico serviço de digitalização de obras oferecido pelo buscador.Um fator, porém, contribui para que o Book Search esteja no olho do furacão, durante os debates gratuitos no Teatro da Maison de France, no Rio de Janeiro. Enquanto autoridades francesas, alemãs e brasileiras debatem questões técnicas da digitalização e citam bibliotecas européias com a tecnologia, o Google se esforça para fechar contrato com editoras nacionais para oferecer seus acervos no serviço.

03 abril 2006

MEC lança observatório acadêmico na Internet

Por Larissa Januário
da WNews
03 abril 2006

Começa a funcionar a partir deste mês o projeto-piloto do Observatório da Inclusão Educacional e Tecnologias Digitais, que oferecerá aos internautas acesso gratuito a conteúdos desenvolvidos por universidades públicas brasileiras. O projeto permite ainda que professores universitários publiquem outros conteúdos acadêmicos na Web. O portal já está liberado para acesso, mas o lançamento oficial está previsto para maio.

A partir desta segunda-feira (03/04), a SESu (Secretaria de Educação Superior) do MEC enviará, via Web, o kit de software a cada um dos técnicos selecionados pelas universidades para o cadastramento dos professores interessados em colocar seus conteúdos no projeto. O professor será cadastrado por meio do CPF e poderá deixar à disposição, em sua página virtual, ligada ao observatório, currículos, jornais, cursos, artigos e livros.

Também conhecido como Portal Mundo Acadêmico o projeto foi desenvolvido ao longo de dez anos pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) e pela UnB (Universidade de Brasília) em software livre. Assim, o código do portal de publicação será aberto a adaptações pelo usuário. Agora, o portal está sob o comando da SESu, em parceria com a Seed (Secretaria de Educação a Distância) e a Unesco.

Segundo o MEC, o projeto é dividido nos módulos Portal de Busca, Sistema de Publicação e Padrão de Indexação. O Portal de Busca traz resultados de pesquisa de conteúdos desenvolvidos em instituições de educação superior. O Sistema de Publicação fornece infra-estrutura para que os professores criem páginas acadêmicas. Já o Padrão de Indexação permitirá tornar os conteúdos já existentes disponíveis a partir do portal de busca.

A iniciativa contará inicialmente com a participação de 15 universidades federais: de Brasília, Paraná, Rondônia, São Carlos (SP), Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pelotas e Santa Maria (RS), Goiás, Amazonas, Piauí, Amapá, Pará, Fluminense (RJ) e Rural do Rio de Janeiro

Google é o segundo em buscas na China

da EFE
04 abril 2006

Apesar de ser a ferramenta de busca na internet mais usada no mundo, na China o Google perde para o sistema de busca Baidu. A China é segundo país em número de internautas, segundo dados divulgados pela agência "Xinhua".

Confirmando os números publicados em meados de 2005, um estudo do instituto de pesquisa de internet iResearch assinalou que o Baidu é atualmente o sistema de busca usado por 56,6% dos 111 milhões de internautas chineses, enquanto que apenas 32,8% deles usam o Google. O Google e o Baidu acumulam 90% das buscas do total de internautas chineses.

O grande perdedor no mercado chinês é o Yahoo!, com menos de 5% da cota de mercado, e muito criticado no ano passado por ter fornecido ao Governo comunista dados de um de seus usuários de e-mail, que levaram a sua detenção por publicar um texto contrário aos interesses governamentais.

Em 2004, o Google era a ferramenta de busca mais usada na China, mas o lançamento do Baidu em 2005 fez com que perdesse uma grande cota de mercado, principalmente porque o sistema chinês oferece serviços de busca de música em formato MP3. Apesar de o Baidu ter tido em 2005 problemas judiciais com grandes companhias fonográficas de todo o mundo, acusado de fornecer gratuitamente músicas cujos direitos estão registrados, o sistema continua a ser muito usado na China.

O Baidu e o Google decidiram se unir no fim de 2005 no mercado chinês através do buscador "Baigoo", embora continuem oferecendo seus serviços separadamente em suas respectivas páginas. O estudo do iResearch revelou também que 87% dos internautas chineses usam sistemas de busca na internet.

As palavras "MP3" e "Super Girl" (o título do "reality show" mais popular da televisão chinesa) foram as mais procuradas pelos internautas chineses em 2005, segundo um estudo do Baidu.

Google têm quase metade das buscas na web

Por Rodrigo Martin de Macedo
da MAGNET
03 abril 2006

De acordo com pesquisa realizada pela Nielsen NetRatings , só em fevereiro de 2006, o Google foi utilizado para 48,5% das 5,3 bilhões de buscas efetuadas na internet. Em segundo lugar veio o antigo campeão, Yahoo!, com 22,5% e em terceiro o MSN, com 10,7%.

Comparado com o mesmo período do ano passado, as buscas aumentaram de 3,8 para 5,3 bilhões, cerca de 38%. Segundo a empresa de pesquisas, isto está relacionado ao aumento de buscas de imagens e de itens para compras.

Alguns governos e até a própria Microsoft, dona do sistema de busca MSN, estão investindo alto em soluções que tirem o Google do topo do pódio. No começo de março, a empresa de Bill Gates anunciou que espera ultrapassar a gigante das buscas em até seis meses. A pesquisa pode ser vista no site da empresa, em http://snurl.com/olmr

Encontro discute processo de levar acervos à web

Por Beatriz Coelho Silva
03 abril 2006
A promessa do site de buscas Google de difundir 15 milhões de livros na internet mexe com os brios das bibliotecas nacionais de vários países, especialmente os que não são de língua inglesa. Para debater a questão, os presidentes dessas instituições na França, Jean-Noel Jeanneney, Alemanha, Elizabet Niggemann, e Brasil, Muniz Sodré, reúnem-se hoje e amanhã no Rio para discutir os processos de passar seus acervos para suportes virtuais e a validade dessa iniciativa. Na Biblioteca Nacional, no Rio, a digitalização começou em 2001 e já atingiu as obras raras (também chamadas de tesouros), a coleção de mapas, os clássicos da literatura e, em breve, a coleção de fotos Tereza Cristina, que pertenceu ao imperador dom Pedro II, seu marido.

"A digitalização é fundamental para a preservação e segurança dos acervos, pois o pesquisador acessa o documento sem manuseá-lo. Mas é preciso selecionar o que vai para a internet, pois a profusão de informação pode levar ao caos", diz Muniz Sodré. "Na Europa, as discussões são técnicas, em torno dos procedimentos da digitalização e difusão na internet. O foco, no entanto, é o próprio livro como fonte de conhecimento. Esse monopólio acabou, pois as pessoas buscam a informação no cinema, televisão, internet, etc. O acesso à informação é uma liberdade, cujo valor precisa ser debatido. É claro que as barreiras à informação devem acabar, mas os níveis são indispensáveis. Sem eles, não se chega ao conhecimento."
Sodré conta que recebeu uma oferta do próprio Google para digitalizar 2 milhões de itens da Biblioteca Nacional (um quarto de seu acervo), um investimento de US$ 10 milhões, que sairia de graça para a instituição. "É interessante, mas é preciso analisar bem as implicações políticas dessa doação, especialmente num ano eleitoral", comenta o presidente da BN. "Nosso processo de digitalização e difusão do acervo já caminha por suas próprias pernas e, com os equipamentos de que dispomos e os que acabamos de adquirir, vamos num bom ritmo."
A coordenadora de Informação Bibliográfica da instituição, Ângela Bittencourt, explica que, na América Latina, o ritmo do crescimento do acervo da BN na internet é avançado, mas é lento comparado aos Estados Unidos e à Europa. "Hoje temos capacidade de digitalizar 10 mil imagens, ou páginas de livro, por mês, um processo que implica tratamento imagem, sua encadernação virtual e catalogação, para tornar fácil a localização na internet", explica ela. "Na França, a capacidade é de 20 mil imagens, mas eles terceirizam o processo. Só as obras que, por lei, estão impedidas de sair fisicamente da Biblioteca Nacional de lá, são digitalizadas por eles."
Atualmente, a Biblioteca Nacional tem 4 mil itens digitalizados e disponíveis na internet. Obras raras como a Bíblia de Mogúncia (editada por Johann Gutenberg), a primeira edição de Os Lusíadas, de Luís de Camões, a Gramática, de João de Barros (a primeira brasileira, de 1539), e a História da Província de Santa Cruz, de Gandavo (o primeiro livro que faz referências ao Brasil, no início do século 16), já estão na rede, assim como a coleção de mapas que vai do século 16 a 18 e a documentação sobre a escravidão no Brasil. A obra de Machado de Assis, José de Alencar, Joaquim Nabuco, Euclides da Cunha e outros clássicos brasileiros também estão lá.
Quatro mil itens pode parecer pouco, mas Ângela lembra que só a Bíblia de Mogúncia, considerada um único item, tem dois volumes e mais de mil páginas. Para ela, o problema não é a digitalização e difusão, patrocinada por outras instituições como Unesco, Congresso Americano, Finep ou a Fundação Getty, que financiará o processo com metade das 23 mil fotos da Coleção Teresa Cristina. "Nossa meta agora é facilitar o acesso do público em geral, seja o pesquisador nas universidades ou o estudante de nível fundamental", ressalta Ângela. "Nosso site ainda apresenta problemas de localização das obras e, em alguns casos, exige que o computador tenha programas específicos. Mas a solução já está a caminho, com a inauguração do novo portal da BN em maio.