21 novembro 2006

A importância estratégica do armazenamento

Por Ethevaldo Siqueira
em O Estado de S. Paulo
19 novembro 2006

'No mundo moderno, todas as informações são reduzidas a bits. Esse processo de digitalização, aliado ao desenvolvimento das tecnologias de armazenamento de massa (mass storage), tem revolucionado a gestão empresarial. As corporações passam a depender cada dia mais de meios seguros e confiáveis de armazenamento e recuperação de dados. Até o usuário individual já ganha consciência da necessidade de assegurar backups ou redundância confiável de todos os seus dados profissionais ou pessoais. Imagine-se, então, a atenção que deve merecer o armazenamento seguro dos dados da vida de cada empresa. Storage, na expressão internacional, se transformou em condição essencial para o progresso e a competitividade não apenas das grandes corporações, mas também das pequenas e médias empresas.'

Essa é a visão de David E. Roberson, presidente e CEO da Hitachi Data Systems Corp. (HDS), empresa baseada em Santa Clara, no coração do Valedo Silício. Enfrentando gigantes como a IBM, a EMC2 e a Sun Microsystems, entre outras, a HDS integra o grupo japonês Hitachi, que fatura US$ 84,4 bilhões por ano e investe mais de US$ 3 bilhões em pesquisa.

O grupo Hitachi, ressalta David Roberson, adota uma filosofia de pesquisa e desenvolvimento bastante diferenciada, com elevados investimentos em pesquisa básica, coisa rara entre as grandes corporações, atualmente.

Por que as empresas deixaram de investir nesse campo de grande significado para o futuro da tecnologia? A resposta de David Roberson é clara e direta: 'Em geral, isso acontece por falta de recursos. As grandes empresas não estão dispostas a pagar pelo custo mais elevado e prazo e que nos permite a verdadeira inovação, a descoberta de novas tecnologias e novos caminhos, não apenas para o armazenamento mas para todas as formas de processos digitais.'

POR QUE ARMAZENAR?

Para o presidente da HDS, o armazenamento se tornou elemento estratégico na economia moderna: 'No mercado atual, os negócios dependem fundamentalmente das informações, como recurso para gerar competitividade. A disponibilidade e a confiabilidade dessas informações, por sua vez, dependem de uma infra-estrutura de armazenamento capaz de assegurar o acesso, a garantia e a proteção dos dados. É nesse mundo que atua a HDS, cuja estratégia se volta agora para a inclusão do maior número de pequenas e médias empresas'.

A tecnologia de armazenamento está evoluindo rapidamente. Embora tudo indique uma evolução de sistemas móveis como hard disks (HDs) e fitas para sistemas fixos e sólidos do tipo flash, todas essas tecnologias ainda deverão ser utilizadas por muito tempo, em função das vantagens de cada uma, seja nos custos, na velocidade de acesso ou de transferência de dados.

Na realidade, o armazenamento digital se baseia essencialmente em processos de virtualização, ou seja, no conjunto de técnicas para ocultar as características físicas dos recursos de computação. O objeto virtual se opõe ao real ou efetivo, da mesma maneira que uma imagem em espelho se diferencia da imagem real de um objeto. Tudo que se armazena é, em última instância, bits. Logo, a virtualização é uma decorrência do processo de digitalização da informação (voz, dados e imagens).

Os produtos utilizados pelas corporações são, na realidade, softwares e hardwares capazes de oferecer soluções confiáveis para o armazenamento, a segurança, a confiabilidade e a recuperação de dados e informações. No caso da HDS, seus produtos específicos são denominados Business Continuity, Gestão de Área de Armazenamento (SAM) e Gestão de Ciclo de Vida das Informações. Esses recursos tecnológicos estão disponíveis na América Latina e no Brasil, onde a HDS atua desde 1993 e tem clientes como o Banco do Brasil, Banco Central, HSBC, Unibanco, Bradesco, Petrobrás, Serpro, Nossa Caixa, Telemig, Claro, Vivo e Embraer.

DIGITALIZAÇÃO

O processo de digitalização consiste, em última instância, em transformar todas as informações em bits - ou seja, em unidades binárias de informação. Para o computador, só existem dois dígitos: o zero (0) e o um (1). As palavras ou bytes são combinações infinitas de zeros e uns 1001011001010...).

Para o usuário comum, parece algo misterioso que todo o funcionamento dos equipamentos e serviços de telecomunicações, tecnologia da informação ou de eletrônica de consumo se baseie nessa estranha linguagem de zeros e uns. No entanto, é exatamente isso que acontece como conteúdo do celular, do computador, da internet, da fotografia digital, do DVD e, em breve, do rádio e da televisão. Por isso, dizemos, o mundo da comunicação e da informação se transformou num gigantesco aglomerado de bits.

Mais interessante ainda é o processo de pacotização que se desenvolve a partir da expansão avassaladora da internet. Os bits se agrupam em pacotes, com o protocolo IP (de internet protocol), e se tornam umasegunda linguagem digital. É esse processo que vivemos hoje.

1 Comments:

At 24 outubro, 2012 10:19, Blogger Cristian said...

Eu acho que essa prática é bastante difícil, não por nada em grandes empresas ou multinacionais têm um profissionais confiáveis e bem remunerado a execução dessas tarefas, a fim de ser produtivo e de armazenamento na potência máxima.

 

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