20 março 2007

Herbário do Museu Goeldi vai ganhar página online

Por Fernanda Engelhard
em Jornal da Ciência
8 março 2007

Até o final do mês será disponibilizado no Portal MPEG o primeiro serviço eletrônico do Herbário do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), instituição vinculada ao MCT.

A estrutura do site Herbarium MG online é fruto de um trabalho de três meses da equipe do Núcleo de Biogeoinformática (NBGI) do Programa de Pesquisa em Biodiversidade – PPBio/Amazônia Oriental e vai possibilitar a realização de pesquisas na coleção de typus que compõem o acervo do Herbário.

Segundo o curador do Herbário, Ricardo Secco, existem hoje cerca de 180 mil espécies vegetais catalogadas no acervo, mas para esta primeira versão on line serão disponibilizadas apenas 2.500 typus, ou seja, amostras básicas de espécies para os estudos da biodiversidade vegetal.

Para o curador, a criação do site Herbarium MG on line vai facilitar bastante o acesso aos dados do herbário de maneira rápida e fácil aos pesquisadores.

"A procura pelo acervo do Herbário MG é muito grande. Temos convênios com instituições do Brasil e do mundo, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus, AM, a USP, os jardins botânicos do RJ, Londres e Paris, entre outros. Com a disponibilização dos dados online será muito mais fácil o pesquisador complementar seus estudos", enfatiza Ricardo.

Segundo o coordenador do NBGI, Paulo Melo, esta primeira versão do site ainda é bastante simples, pois será publicado apenas um catálogo eletrônico dos typus, mas no futuro a idéia é sofisticar o serviço.

Para isso serão necessários estudos e avaliações de programas que substituam o atual e façam com que o site seja um sistema estável e seguro aos bancos de dados biológicos do Museu Goeldi.

"O programa usado nesta primeira versão ainda não é o ideal. Por esse motivo seu conteúdo será disponibilizado com certas restrições. O público externo, ou seja, o internauta, por exemplo, não terá acesso a todas as informações contidas no site. Algumas informações serão exclusivas para os usuários internos como o curador do herbário, botânicos, técnicos e aos pesquisadores ligados de alguma forma as pesquisas no herbário", explica Paulo Melo.