20 março 2007

Países de língua portuguesa terão acesso ao Portal Domínio Público

Por Flavia Nery
em Jornal da Ciência
13 março 2007

O Ministério da Educação vai liberar as obras do Portal Domínio Público aos outros sete membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 12, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante audiência com o embaixador Luís de Matos da Fonseca, secretário executivo da CPLP. Serão oferecidas mais de 30 mil obras digitalizadas para acesso gratuito.

"Também queremos incluir no portal textos de países de língua portuguesa para diversificar o material disponível em domínio público", disse o ministro.

Lançado em novembro de 2004, o Portal Domínio Público coloca à disposição dos usuários da internet uma biblioteca virtual. Em pouco mais de dois anos, o portal registrou mais de três milhões de visitas.

Outra iniciativa anunciada durante a reunião foi o lançamento do edital do segundo concurso Literatura para Todos, ainda este mês. A competição, criada em 2006, estimula a produção de obras destinadas a estudantes que freqüentam a educação de jovens e adultos e classes de alfabetização.

A novidade este ano é a abertura do concurso para candidatos de países africanos de língua portuguesa. Serão oferecidas premiações para vencedores brasileiros, além de um prêmio especial para o escritor africano. O embaixador Luís Fonseca ficou entusiasmado em divulgar a iniciativa na CPLP.

Outra proposta apresentada durante a audiência foi a ampliação da Universidade Aberta do Brasil para a CPLP. Haddad propôs levar o projeto de formação de professores da educação básica para os membros da comunidade lusófona. A idéia é aumentar a oferta de programas de capacitação da forma como é oferecido o Proformação em São Tomé, Timor Leste e Guiné-Bissau.

CPLP - Criada há dez anos, a comunidade é integrada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Os principais objetivos da CPLP são promover o acordo político e ideológico entre os membros e entre a comunidade e outros organismos internacionais; estimular a cooperação técnica entre os países em diversas áreas; e, sobretudo, defender e promover a língua portuguesa.