20 março 2007

Todos os dados do mundo encheriam 2 bilhões de iPods

Por Associated Press
em Terra Tecnologia
6 março 2007

Um estudo que estima quanta informação digital existe no mundo chegou a conclusão de que em breve não existirá espaço de armazenamento suficiente para guardar tudo, já que a quantidade de dados cresce muito mais do que a quantidade de discos. Hoje existem dados suficientes para encher 2 bilhões de iPods de 80 GB.

O relatório, montado pela empresa de pesquisa em tecnologia IDC, buscou contar todos os zeros e uns que compõem qualquer tipo de informação digital. De acordo com a pesquisa, cada arquivo é replicado em média três vezes. O total encontrado foi de 161 exabytes, ou seja, 161 bilhões de gigabytes de informação em 2006.

Se tudo isso fosse impresso, seria o equivalente a 12 pilhas de livros que iriam da Terra ao Sol. Por outra ótica, é o mesmo que 3 milhões de vezes toda informação contida em livros durante todos os tempos, segundo a empresa. Seriam necessários 2 bilhões de iPods de última geração para armazenar tudo isso.

A estimativa anterior foi feita por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos, que totalizaram em 2003 a informação em 5 exabytes. Entretanto, os padrões da pesquisa de Berkeley diferem um pouco da realizada pela IDC. Na primeira, foi considerada também a informação não eletrônica (como ondas de rádio analógico e dados impressos) e se estimou quanto espaço esta consumiria se fosse digitalizada. Outra diferença foi que, em Berkeley, não era considerada a cópia destes arquivos.

Pesquisadores não envolvidos no estudo disseram que, como a IDC utilizou muito material interno para análise, é bastante difícil replicar ou confirmar os dados do estudo.

A IDC estima que existam no mundo 185 exabytes de espaço para armazenamento e a projeção para 2010 é de 201 exabytes. Mas a quantidade de dados, que é de 161 exabytes agora, deve saltar para 988 exabytes, se aproximando de um zettabyte. "Se nenhum dado for apagado, não teremos espaço suficiente", diz John Gantz, analista da IDC.